segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Conheça o bioconcreto, material que fecha as próprias rachaduras

A ideia soa tão atraente quanto a ficção científica: edifícios que fecham suas próprias rachaduras, como seres vivos curando suas feridas.
Para o cientista holandês Henk Jonkers, não se trata de um projeto fantástico, mas uma realidade muito concreta - literalmente.
Pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, desenvolveram o que chamaram de bioconcreto, um material literalmente vivo e capaz de regenerar construções desgastadas.
"Nosso concreto vai revolucionar a maneira como construímos, pois nos inspiramos na natureza", disse Jonkers, por ocasião de receber o prêmio de melhor europeu inventor em 2015 .
Mais do que inspirado na natureza, o bioconcreto é feito dela. É que as propriedades extraordinárias domaterial se devem à presença de bactérias.

Duras de matar
Para preparar o bioconcreto, os cientistas misturam concreto tradicional com colônias da bactéria Bacillus pseudofirmus, que em seu estado natural pode habitar ambientes tão hostis quando crateras de vulcões ativos.
"O surpreendente é que essas bactérias formam esporos e podem sobreviver por mais de 200 anos nos edifícios", diz Jonkers.
A essa mistura acrescenta-se lactato de cálcio - alimento das bactérias - e o material está pronto. (BBCBrasil) 

Estudantes da UEFS são destaque com projetos de responsabilidade social

Neste mês de agosto, aconteceu na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a 8ª edição do Workshop Internacionalização Universitária (WIU). Durante a programação, três estudantes da Uefs foram premiados pelos projetos de responsabilidade social elaborados, a partir das experiências vividas no intercâmbio.
O estudante de Engenharia da Computação, Emanuel de Jesus Lima, ex-intercambista do Programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos, desenvolveu o projeto “Myohand: mão mioelétrica acionada por atuadores elétricos”. O estudo prevê a fabricação de mãos, com baixo custo, para pessoas amputadas.
Diminuir o desperdício de frutas típicas da região é o objetivo principal do projeto desenvolvido por Edinara Lacerda Queiroz, aluna de Engenharia de Alimentos e ex-intercambista pelo Programa Ciência sem Fronteiras. A experiência na Irlanda a motivou a desenvolver o trabalho intitulado de: “Aproveitamento de recursos regionais através da mobilidade estudantil: estudo da produção de irish cream liqueur”.
Já o aluno de Agronomia, Daniel Lima Martins, que fez intercâmbio na Espanha, pelo Programa Santander, desenvolveu o projeto “Solidariedade: do velho continente à Feira de Santana”. Atualmente, o estudante participa do grupo “Sou Ubuntu”, que direciona as ações para as pessoas mais necessitadas aqui no Brasil, carentes não só no aspecto material, como também no emocional.

O Workshop teve como tema central  "Um Convite à Responsabilidade Social", foi promovido pela Assessoria Especial de Relações Interinstitucionais (Aeri) da Uefs, e reuniu representantes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade de Santa Cruz (Uesc). 

Destralhe-se

por Carlos Solano


-Bom dia, como tá a alegria?
Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
-Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!
E ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar.
Falando nisso, vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada. Já ouviu falar em toxinas da casa? Pois são:
Objetos que você não usa; roupas que você não gosta ou não usa há um ano; coisas feias; coisas quebradas, lascadas ou rachadas; velhas cartas, bilhetes; plantas mortas ou doentes; recibos/jornais/revistas, antigos; remédios vencidos; meias velhas, furadas; sapatos estragados.
Ufa, que peso! O que está fora está dentro e isso afeta a saúde, aprendi com dona Francisca. Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa! Ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa. O 'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias.
Com o destralhamento:
- A saúde melhora.
- A criatividade cresce.
- Os relacionamentos se aprimoram.
É comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos.
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado
- fracassado
- limitado
- aumento de peso
- apegado ao passado
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; Na entrada, restringem o fluxo da vida; Empilhadas no chão, nos puxam para baixo; Acima de nós, são dores de cabeça; Sob a cama, poluem o sono. Oito horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar.
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?
E vá fazendo pilhas separadas.
- Para doar
- Para jogar fora

Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos
- das luzes fortes
- das cores berrantes
- dos odores químicos
- dos revestimentos sintéticos...
e também...
- libere mágoas
- pare de fumar
- diminua o uso da carne
- termine projetos inacabados.
“Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé. “Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente”, diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta que “as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo”. A gente deveria de ser assim, ela diz: “Destralhar ajuda a adocicar”.
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar.
“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar”.