terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz ano novo!



“Para você começar bem o novo ano LEMBRE! Tudo é uma questão de atitude e escolhas a cada momento da vida”



Quando se é criança tudo o que se deseja se torna bem mais simples do que parece. Construir o próprio patrimônio, chegar a lua, ter o emprego dos sonhos, viajar pelo mundo. A gente cresce e a maioria desses desejos permanece dentro da gente por muito tempo. Alguns vão continuar apenas como sonhos, outros podem até virar realidade. Mas, para isso é preciso que responda a uma pequena pergunta: O que você quer ser quando crescer? Médico, bombeiro, cantor, motorista...

Saber essa resposta, não será o fim das suas buscas mas, o seu ponto de partida para várias outras. É através dela que o futuro começa a ser desenhado, é ela que transforma o plano louco em algo totalmente possível. Quando criança queremos sempre o improvável, o surpreendente, o inovador, fazer o que ninguém mais seria capaz de realizar, ir tão longe que nenhuma outra pessoa possa alcançar, ser o descobridor de uma nova era, ou quem sabe, de um novo tempo.

Na verdade queremos mesmo é realizar os desejos, assim como numa brincadeira de criança, conquistar tudo aquilo que parecia improvável: o trabalho dos sonhos, a família perfeita, e porque não, viajar pelo espaço...

Quando se inicia um novo ano também é assim. Todos queremos iniciar mais um ano com esperanças renovadas, novos planos, novas promessas de que esse ano vai ser diferente... Se pararmos para analisar o que significa a passagem do ano, perceberemos que nada se modifica externamente. Tudo continua sendo como na véspera.

Nós, e somente nós podemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói. Poderemos almejar por um ano bom se desde agora começarmos um investimento sólido, já que no ano que se encerra tivemos os resultados dos investimentos do ano imediatamente anterior e assim sucessivamente. Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, repensando os nossos valores, corrigindo os nossos passos, dando uma nova direção à nossa estrada particular.
Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz.

Se pensarmos um pouco mais nas pessoas que convivem conosco, se abrirmos os olhos para ver quanta dor nos rodeia, se colocarmos nossas mãos no trabalho de construção de um mundo melhor, conquistaremos, um dia, a felicidade que tanto almejamos. Só há um caminho para se chegar à felicidade. E esse caminho foi mostrado por quem realmente tem autoridade, por já tê-lo trilhado. Esse alguém nós conhecemos como Jesus de Nazaré, o Cristo. No ensinamento "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" está a chave da felicidade verdadeira.

Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo. Importa que saibamos que o novo período de tempo que se inicia, como tantos outros que já passaram, será repleto de oportunidades. Aproveitá-las bem ou mal, depende exclusivamente de cada um de nós.


Baseado em texto da equipe de Redação do Momento Espírita, e do livro Repositório de sabedoria, verbetes: oportunidade

 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Natal


Evolução Moral e Intelectual: Estão elas juntas?

             "A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido" - (Lucas 12:42-48)
O homem de hoje, a seu mérito e desenvolvimento, tem à sua disposição todas as formas possíveis e imagináveis de se atingir o nível que desejar de conhecimento intelectual.
Conhecimento científico, filosófico e religioso.
Pode-se ir a uma faculdade e aprender muito sobre medicina, engenharia, filosofia, direito, matemática, física, odontologia, letras, administração e muitas outras dezenas e centenas de profissões as quais o acúmulo de conhecimento decreta quase que em sua grande maioria, o futuro e consequente sucesso profissional do indivíduo.
Podemos também obter conhecimento no campo filosófico da Vida, mesmo se não tivermos adentrado uma faculdade de formação profissional, através da leitura e auto conhecimento.
No campo Religioso não é diferente. Basta seguirmos uma religião e nos aprofundarmos nos estudos religiosos que o conhecimento vem à tona.
Pois bem, se levarmos a interpretação de "a quem muito foi dado, muito será exigido (...)" pelo ponto de vista Cristão, Deus, na sua infinita bondade, nos concedeu o direito à Vida nessa Orbe de Provas e Expiações para alçarmos níveis superiores de conhecimento e moral sempre no intuito do caminho evolutivo rumo à Perfeição.
Mas de que vale todo o conhecimento adquirido em uma existência se não puderes aplicar e doar aquilo que foi recebido no auxilio e bem comum daqueles menos favorecidos?
Um Físico Nuclear que despojou décadas e décadas de estudos afim de conhecer os princípios da fusão nuclear optou por direcionar tal conhecimento adquirido na confecção da bomba atômica.
Outro Físico Nuclear, com mesmas condições e conhecimentos que o anterior, preferiu dentro de suas faculdades morais desenvolver o equipamento de Raio X, tão importante no diagnóstico de inúmeras doenças nos tempos modernos.
Devemos ter consciência de todo conhecimento que adquirimos, pois à Deus devemos retribuir.
Afinal "Amar a Deus acima de todas as coisas e a Teu Próximo como a Ti mesmo" expressa mais que perfeitamente quem é o próximo e a quem esse Amor em forma de doação irá alcançar.
O nosso "Próximo" não está confinado em uma distância métrica ou de posição, mas sim Naquele em que a qualquer momento e local possa se beneficiar de um ato de doação e ajuda sem que algo possa ser cobrado em troca.
Não basta a Evolução Intelectual se a Evolução Moral não caminhar junto.
O caminho rumo à Perfeição requer que ambos sirvam de apoio e suporte para se chegar ao Pai.


                   (autor desconhecido)

domingo, 21 de dezembro de 2014

Natal de Jesus

Toda vez que o Natal retorna, Sua figura é lembrada com maior vigor. Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda.
Outros, que na Sua existência acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele verdadeiramente nasceu.
O que se sabe é que até o Século IV, os cristãos do Mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias, motivo pelo qual a Igreja optou por determinar a data de 24 de dezembro, a fim de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único coração.
Estranham alguns que tudo que se refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. Não se sabe com exatidão quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e adolescência.
Mesmo após a Sua morte, não nos legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar ignorado talvez.
Exatamente porque, desde o primeiro dia entre nós Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante do que o homem.
Contudo, algo existe em torno do qual ninguém discute, todos se irmanam. Ele legou à Humanidade o mais belo tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi.
Desde Seu nascimento na calada da noite à Sua morte infamante na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em totalidade.
Por isso mesmo é que não temos as notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. A Sua família era a Humanidade e com ela esteve em Seu messianato.
Amou a multidão e a serviu. Falou de coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então.
A Sua voz tinha especial entonação e quando se punha a declamar a poesia dos Céus, extasiava as almas. Os simples O seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas feridas morais O ouviam atenciosos.
Sua mensagem era dirigida a todos os seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades.
Dirigiu-Se à criança, convidou os moços a segui-lO, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a velhice.
Sua vida foi um contínuo servir. Ninguém antes dEle e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das ideias, semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo.
Menos de três anos...
Sua mensagem, impregnada do perfume de Sua presença, prossegue no mundo, arrebanhando as almas.
Definindo-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós.
Seu nome é Jesus. Sua mensagem é a do amor perene. Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos.
A comemoração do Seu natalício a todos nos motiva a amar, doar e perdoar. E só há Natal porque Ele veio para os Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem Divina que fala de paz, de harmonia e de belezas espirituais.
Aproveitemos os dias do Natal que estamos vivendo para meditar a respeito dos ensinos de Jesus.
Aproveitemos mais: coloquemos em prática ao menos alguns deles.
E entre os presentes e mimos que distribuiremos em nome dEle, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso coração.
Não esqueçamos: é Natal.
*****

Redação do Momento Espírita.


Disponível no CD Momento Espírita, v. 12 e no livro Momento Espírita, v.6, ed. FEP.


Em 9.1.2014.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Amar o Amor

     Amar!...Eis o único meio de sermos felizes.
     Amar com sublimidade, amar com desapego, amar o amor!...
     Direis: que significa amar o amor?
     O amor é o sentimento que traduz todos os ensinamentos de Jesus. Ele é a chave que abre todas as portas. É a luz que ilumina todas as estradas. É a bússola e o cajado do viajor. Por meio dele venceremos todas as provas, superaremos todas as situações.
     Para sentir assim o amor, muito teremos que lutar dentro de nós. Precisamos, como nas sábias lendas infantis, “vencer o dragão”.

          Em nós há um acúmulo de energias latentes. Essas energias são forças geradoras. Em estado potencial elas são cegas. Mal dirigidas, fazem-nos viver num inferno, em vida. Arrastam-nos para o caos das baixas paixões, dos sentimentos inferiores.

     E, como para se descer é muito fácil, não percebemos que estamos afundando. As trevas se nos assemelham à luz, e as consequências dessa descida é dor, desespero e angústia.

     Essas energias, no entanto, são a vida da nossa vida, quando bem dirigidas e controladas, não tendendo nem para a direita nem para a esquerda, conservando-se no fiel da balança, e desse modo equilibradas elas nos conduzem a um céu na Terra.

     Portanto, pelo amor, no seu verdadeiro sentido, pelo amor equilibrado, alcançaremos a felicidade sonhada.

     Todos amam, mas poucos são felizes, apesar de amarem. É que o amor quase sempre é interesseiro e egoísta.
     Não é fácil sentir o amor na sua vibração mais pura. O amor desinteressado, que renuncia e é enérgico, quando precisa ser. Amor que não vê barreiras nem preconceitos, raça nem família: “Minha mãe e meus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos Céus”. Assim se expressou Jesus.
     Quando conseguirmos fazer da humanidade a nossa família, e do universo a nossa pátria comum, então estaremos vivendo o Amor com A maiúsculo.

          Nesse dia, seremos todos felizes de verdade e não haverá precipícios, barreiras, empecilhos, nem trevas à nossa frente. À nossa aproximação, tudo cederá, tudo se transformará.
     Lutemos, caros irmãos, pela conquista desse sentimento que encerra toda a grandeza de Deus.
     Não percamos as oportunidades que surgirem de nos reformarmos, de transformarmos em nós tudo que seja contrário à nossa evolução. Assim estaremos amando o amor.

(De “Vem!...”, de Cenyra Pinto)

Publciada em Forum Espirita

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Para renovar-nos

Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.
Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as conseqüências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveita pedras para construção mais sólida.
Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-nos estão decepcionando a si mesmos.
Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.
Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.
Simplifique seus hábitos.
Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.
Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu benefício com discrição e bondade.
Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.
Lembre-se de que você é um Espírito Eterno e se você dispõe da Paz na Consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Coragem. Lição nº 15. Página 49.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Naturalidade


Todos nós somos águas da mesma Fonte, mas corremos
momentaneamente em leitos diferentes.


Infelizmente, a maioria de nós porta-se como um barco desgovernado, à mercê dos vendavais e dos rochedos, por não ter a âncora necessária quando os ventos sopram e as ondas se avolumam.
Não acreditamos estar nas mãos de Deus. Sentimo-nos isolados, fora do contexto universal. Não acreditamos que cada coisa permanece em seu devido lugar e que tudo tem um fim providencial. Não possuímos uma visão detalhada da sequência do desenvolvimento da vida sobre a Terra; vemos o mundo desconectado do todo, porque nossa percepção interior está desmembrada da Inteligência Cósmica.
No Universo, não há nada que esteja desvinculado da sabedoria das leis divinas ou naturais. Tudo que existe está de acordo com a Ordem Celestial, e cada um de nós faz parte de um plano específico de Deus.
Em tudo existe uma relação de coerência, uma conexão ou união; são texturas de uma única rede universal. Os fios dessa rede astral são tecidos e revigorados pela energia divina, que está em nós e em todos os lugares. Somos ainda impotentes para perceber todas as linhas invisíveis que tecem a nossa existência.
A ilusão de que vivemos separados afasta-nos da cosmovisão e nos transforma nos principais adversários da vitalidade do planeta. A separação e a fragmentação de tudo e de todos são crenças distorcidas que se disseminaram como "verdades" no seio da humanidade. Todos somos filhos da "Alma do Universo"; fazemos parte de um maravilhoso entrelaçamento divino.


Tudo é transição na Natureza, pelo fato mesmo de que nda é semelhante e que, todavia, tudo se liga. As plantas não pensam e, por conseguinte, não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos não pensam: não têm senão um instinto cego e naturl."¹

Observemos a expressão acima - "tudo se liga"; ela nos dá exatamente a ideia do Uno que se revela - o Ser, nos seres; o Invisível, no visível; o Criador, nas criaturas.

Ninguém hoje ignora que o homem é um mamífero, nem que possui um parentesco milenar com a denominada "criação animal". Até um século atrás, seria uma imperdoável heresia incluir os seres humanos na teoria da evolução das espécies.

As semelhanças entre o homem e outros mamíferos tornam-se cada vez mais evidentes à medida que a ciência os estuda e os compara com diferentes espécies. A maioria dos intelectuais reconhece hoje que somos o resultado de uma secular cadeia evolutiva que também deu origem aos demais seres vivos - animais e vegetais.

Se bem que, na atualidade, muitas pessoas ainda creiam que a Terra foi criada em seis dias e que toda a flora e toda a fauna foram feitas por Deus, em benefício físico, entretenimento e deleite espiritual da espécie humana.

No mar, podemos reconhecer a imensa "pirâmide da vida", o fio místico ou o elemento misterioso que nos envolve amorosamente com tudo. Não estamos sozinhos! Debaixo da agitada e constante movimentação do oceano reina em suas profundezas uma serena tranquilidade. É possível dirigir-nos para lá, de forma silenciosa, usando nossa vontade e nosso pensamento, a fim de restabelecermos nosso "elo perdido" ou buscarmos a nossa tão almejada paz interior. Por meio desse constante exercício de reflexão ou meditação, abandonamos a turbulenta superfície do mundo exterior e reencontramos a "ligação" com a Natureza.

Os escritos místicos de todas as eras sempre nos alertaram de que a humanidade fracassaria se não compreendesse essa realidade - somos unos, somos todos irmãos. Todos nós somos águas da mesma Fonte, mas corremos momentaneamente em leitos diferentes.

De todas as criaturas da Natureza, o ser humano é o único que se questiona ininterruptamente sobre a própria identidade. De fato, pertence à humanidade - gerada há milênios na noite dos tempos - a destinação de reconhecer a si mesma, emergindo gradativamente da inconsciência em que se encontra para a elaboração da própria consciência. Dessa forma, o grandioso destino do homem é desvendar pouco a pouco a perfeição dos ciclos naturais dos quais ele faz parte, desenvolvendo seus dons intransferíveis e tornando-se cada vez mais consciente de que não está desligado da destinação de seus semelhantes. Todas as existências são interligadas, tendo como desígnio o progresso e o bem de todos nós.

Certas plantas, tais como a sensitiva e a dionéia, por exemplo, têm movimentos que acusam uma grande sensibilidade e, em certos casos, uma espécie de vontade, como a última, cujos lóbulos apanham a mosca que vem pousar sobre ela para sugá-la, e à qual parece armar uma armadilha para em seguida matá-la. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar? Elas têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza vegetal e a natureza animal? São uma transição de uma para outra?
"Tudo é transição na Natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante e que, todavia, tudo se liga. As plantas não pensam e, por conseguinte, não têm vontade. A ostra se abre e todos os zoófitos não pensam: não têm senão um instinto cego e natural."
Nota - O organismo humano nos oferece exemplos de movimentos análogos sem a participação da vontade, como nas funções digestivas e circulatórias. O piloro se contrai ao contato de certos corpos para lhes negar passagem. Deve ser como na sensitiva, na qual os movimentos não implicam, de modo algum, na necessidade de uma percepção e ainda menos de uma vontade.


Livro: Os prazeres da alma
Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ante o Natal

 "625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?" "Jesus". O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Considerando a alta significação do Natal em tua vida, podes ouvir e atender os apelos dos pequeninos esquecidos no grabato da orfandade ou relegados às palhas da miséria, em memória de Jesus quando menino; consegues compreender as dificuldades dos que caminham pela via da amargura, experimentando opróbrio e humilhação e dás-lhes a mão em gesto de solidariedade humana, recordando Jesus nos constantes testemunhos; abres os braços em socorro aos enfermos, estendendo-lhes o medicamento salutar ou o penso balsamizante, desejando diminuir a intensidade da dor, evocando Jesus entre os doentes que O buscavam, infelizes; ofereces entendimento aos que malograram moralmente e se escondem nos recantos do desprezo social, procurando-os para os levantar, reverenciando Jesus que jamais se furtou à misericórdia para os que os foram colhidos nas malhas da criminalidade, muitas vezes sob o jugo de obsessões cruéis; preparas a mesa, decoras o lar, inundas a família de alegrias e cercas os amigos de mimos e carinho pensando em Jesus, o Excelente Amigo de todos...

Tudo isto é Natal sem dúvida, como mensagem festiva que derrama bênçãos de consolo e amparo, espalhando na Terra as promessas de um Mundo Melhor, nos padrões estabelecidos por Jesus através das linhas mestras do amor.

Há, todavia, muitos outros corações junto aos quais deverias celebrar o Natal, firmando novos propósitos em homenagem a Jesus.

Companheiros que te dilaceraram a honra e se afastaram; amigos que se voltaram contra a tua afeição e se fizeram adversários; conhecidos caprichosos que exigiram alto tributo de amizade e avinagraram tuas alegrias; irmãos na fé que mudaram o conceito a teu respeito e atiraram espinhos por onde segues; colaboradores do teu ideal, que sem motivo se levantaram contra teu devotamento, criando dissensão e rebeldia ao teu lado; inimigos de ontem que se demoram inimigos hoje; difamadores que sempre constituíram dura provação. Todos eles são oportunidade para a celebração do Natal pelo teu sentimento cristão e espírita.

Esquece os males que te fizeram e pede-lhes te perdoem as dificuldades que certamente também lhes impuseste.

Dirige-lhes um cartão colorido para esmaecer o negrume da aversão que os manteve em silêncio e à distância nos quais, talvez, inconscientemente te comprazes.

Provavelmente alguns até gostariam de reatar liames... Dá-lhes esta oportunidade por amor a Jesus, que a todo instante, embora conhecendo os inimigos os amou sem cansaço, oferecendo-lhes ensejos de recuperação.

O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.

Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos custosos e aparência cuidada. Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se consumir pela cólera que as vence implacavelmente.

Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem compreenda ou ame, entenda ou perdoe.

Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.

Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem executar. Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral, distribui, também, as jóias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.

Sentirás que Jesus, escolhendo um humílimo refúgio para viver entre os homens semeando alegrias incomparáveis, nasce, agora, no teu coração como a informar-te que todo dia é natal para quem o ama e deseja transformar-se em carta-viva para anunciá-lo às criaturas desatentas e sofredoras do mundo.

Somente assim ouvirás no imo d’alma e entenderás a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:

"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade, para com os homens" - vivendo um perene natal de bênçãos por amor a Jesus.

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 60.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Entre Cônjuges

Prossiga amando e respeitando os pais, depois da formação da própria casa, compreendendo, porém, que isso traz novas responsabilidades para o exercício das quais é imperioso cultivar independência, mas, a pretexto de liberdade, não relegar os pais ao abandono.
Não deprecie os ideais e preocupações do outro.
Selecione as relações.
Respeite as amizades do companheiro ou da companheira.
É preciso reconhecer a diversidade dos gostos e vocações daquele ou daquela que se toma para compartilhar‐nos a vida.
Antes de observar os possíveis erros ou defeitos do outro, vale mais procurar‐lhe as qualidades e dotes superiores para estimulá‐los ao desenvolvimento justo.
Jamais desprezar a importância das relações sexuais com o respeito à fidelidade nos compromissos assumidos.
Não sacrifique a paz do lar com discussões e conflitos, a pretexto de honorificar essa ou aquela causa da Humanidade, porque a dignidade de qualquer causa da Humanidade começa no reduto doméstico.
Não deixe de estudar e aprimorar‐se constantemente, sob a desculpa de haver deixado a condição de solteiro ou de solteira.
Sempre necessário compreender que a comunhão afetiva no lar deve recomeçar, todos os dias, a fim de consolidar‐se em clima de harmonia e segurança.
*****
Francisco Cândido Xavier

Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ