quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Critério de Julgamento




Há uma tendência muito grande para o indivíduo supervalorizar ou desconsiderar as tarefas que executa.
Por processo de autoafirmação, um grande número de criaturas se crê a razão pela qual o Sol se movimenta nos espaços, superestimando-se, em prosaico processo de engrandecimento pessoal.
Não se dão conta de que todos possuem critérios de avaliação e de julgamento, derrapando no ridículo que poderiam evitar.
Tornam-se, assim, desagradáveis no trato e na convivência, evitados por uns e antipatizados por outros.
Da mesma forma, encontramos larga faixa de pessoas que se subestimam e não concedem o valor que merecem às suas realizações.
Crêem-se incapazes para qualquer atividade e supõem-se dispensáveis em toda parte.
Pessimistas, por índole, fazem-se desestimulantes e arredios, caindo em frustrações desnecessárias.
Dá o valor real aos teus atos.
Se poderias fazer melhor o que te parece imperfeito, logra-o da próxima vez.
Se consideras insignificante o teu feito, menor seria sem ele.
Se outros realizam com mais eficiência qualquer coisa, exercita-te e chegarás à mesma posição dele.
Todas as ações positivas são importantes no contexto geral da vida.
Até mesmo o erro tem o sentido de ensinar como se não deve fazer o que ora resulta prejudicial.
Esforça-te um pouco mais, quando estiveres produzindo algo, e, mediante o teu critério de julgamento, valoriza sem excesso nem depreciamento o que faças, pensando na finalidade para que se destina.

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Divaldo Pereira Franco
Pelo Espírito JOANNA DE ÂNGELIS


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A virtude

Raphael Reys

Segundo a reflexão de Sócrates a virtude não é uma ciência que possa ser ensinada. Ela é um atributo natural de alma, daqueles a quem a providência divina, por escolha, dotou.
Assim, se o ser encarnado nesse mundo de aprendizados e expiações, não apresenta em suas ações essa prática, deve exercer a sua missão com o que lhe foi concedido pelo Criador.
Cada qual com o seu cada qual, cada um com a sua sentença!
A alma e o corpo formam um veículo de experiência. Um instrumento impactante para instrumentar a realidade divina. Buscando se fizer pleno em compreensão o lado divino se manifesta por seu intermédio.
As práticas virtuosas, entretanto, podem e devem ser assimiladas por aqueles que não apresentam a presença da virtude em seu estado original. Através de exercícios espirituais, disciplina, observância de um código doutrinário e de conduta.
Escusado está, quando a busca de tais propósitos, se turvam pelo chumbo do preconceito religioso ou dogmático, que costuma se instalar na mente e consciência através da seletividade.
Esses buscadores, desprovidos do incondicional, terminam por provocar mais mal a se mesmo, aos que convivem com ele e o observam, como referência.
O ego, lastro atávico, tem a missão de proporcionar e manter a sobrevivência do ser encarnado. Para isso, estende e mantem os seus tentáculos, como um polvo.
Quem se encontra na trilha do espiritual deve atentar que as coisas espirituais se diferem do que é material. Ser vigilante em suas conclusões. Consultando sempre o que vem do seu próprio coração e sentimentos simples.
Quando o ser parte para a vida espiritual, o ego estende os seus tentáculos como uma cilada. Buscando voltar o missionário ao lastro original. Em sua missão de preservar, o ele toma novas configurações ardilosas.
Desestimulando a vontade e confundindo a mente.
O Apóstolo Paulo em suas missivas adverte que o amor pode tomar ou se expressar como hipocrisia. O mal toma configurações aceitáveis e relativas quando justificado. A fraternidade exercida sem honra conduz o buscador a se tornar instrumento seletivo dos seus próprios propósitos e de grupos.
A perseverança deve ser encontrada na oração e a esperança vista com regozijo. As práticas espirituais recebidas devem ser compartilhadas com outros. O exercício e prática do perdão para que os que nos ferem não se tornem instrumentos do nosso aprendizado, somente pela dor.

Forum Espirita

domingo, 9 de agosto de 2015

Pai, você sempre estará presente...


Eu tentei passar esse domingo como todos os outros. Até porque para mim, assim como o dia das mães, das crianças, Dia dos Pais é só mais uma data comercial. A televisão, rádios, jornais e até os sites passam dias e dias chamando às compras para presentear os pais. Nas redes sociais todos postam mensagens, fotos, homenageando os pais. Dessa forma, não dá para passar despercebido. Não há como não recordar do meu pai que partiu para outra dimensão há 16 anos, mas que está cada dia mais presente em meu coração cheio de saudades. A ausência física, a ausência da voz dizendo Deus te abençoe, e do cheiro, das risadas... me enche de saudades... saudade da amizade que ficou na lembrança e em algumas poucas fotos.
“Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças? ” Eu creio que sim. A tua presença continua forte na minha lembrança, assim como os teus ensinamentos. Você está presente quando falo ou escuto as palavras amor, dignidade, honestidade, humildade e sabedoria. Escrevi aqui há uns dois anos que mesmo quando estava distante de você me sentia protegida porque sabia que você está lá pronto para me acolher a qualquer momento que precisasse.
Sei que não terei mais sua presença física, mas, hoje tenho consciência de que você continua me protegendo e me orientando, me inspirando a tomar decisões acertadas. Que você continua bem próximo de nós, que para sentir tua presença basta escutar o coração. Já não sinto remorso por não ter sido mais presente, mais carinhosa, menos teimosa, de ter tido tempo para conversar sobre futebol, política, os seus assuntos preferidos... hoje eu tenho a certeza que tudo está certo... que tudo acontece como tem que acontecer... que você sabe o quanto eu te amo e que ainda escuto os teus ensinamentos e procuro pratica-los, principalmente respeitando e amando o meu próximo, procurando não julgar, mas, compreender cada erro e cada acerto.

Obrigada Pai, por ter me dado a oportunidade de ser sua filha!  


Meu Pai, meu Herói

Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada.
Um dia, quando você me ergueu nos braços, elevando-me acima da sua cabeça, descobri que você queria que eu percebesse o mundo de um ponto de vista muito abrangente.
Quando comecei a ensaiar meus primeiros passos, com a musculatura das pernas ainda frágil, você me sustentou segurando-me a mão, e entendi que você não desejava me carregar no colo para sempre: queria que eu andasse com as próprias pernas.
Quando entrei em casa pela primeira vez, ofegante, me queixando dos amigos, você disse para eu me acertar com eles, e compreendi que deveria assumir a responsabilidade pelos meus próprios atos.
Quando trouxe para casa minha primeira lição e você se sentou ao meu lado, orientando-me, mas não fez a lição para mim, entendi que você desejava que o aprendizado fosse uma conquista minha.
No dia em que alguns objetos alheios foram parar em minha mochila escolar, você, sem me ofender, me pediu para devolver ao legítimo dono, e compreendi que você queria fazer de mim uma pessoa honesta.
Quando, um dia, meus amigos saíram da sala e tracei alguns comentários maldosos sobre eles, e você me disse que não devemos falar mal das pessoas ausentes, aprendi as lições da sinceridade e do respeito.
Nos momentos difíceis, você estava sempre ao meu lado para me apoiar, e nas horas alegres não me faltou o seu abraço para compartilhar.
Quando fraquejei diante do primeiro embate da vida, você me falou de coragem...
Quando chorei as lágrimas provocadas pelo primeiro sofrimento, você me falou de resignação...
Quando desejei fugir dos compromissos que se apresentavam, você me falou de responsabilidade...
Quando pensei em mentir para um amigo, você me falou de fidelidade...
Quando senti em minha alma os açoites dos primeiros vendavais, você me falou de flexibilidade, e aprendi a me dobrar para não quebrar, como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes do vento.
Quando você pressentiu em meu olhar a insinuação da vingança, me falou do perdão...
Quando desejei salvar o mundo, nos ardentes dias da juventude, você me ensinou a moderação e o bom senso.
Quando quis me submeter aos modismos do grupo, você me falou de liberdade.
Quando me iludi, pensando que o mundo era meu, você me falou do Criador do Universo...
Assim, meu pai, desejo dizer que você sempre foi meu herói, meu amigo, meu grande mestre, meu companheiro de caminhada...
Você foi firme, quando era de firmeza que eu precisava...
Você foi terno, quando era de ternura que eu necessitava... Você foi lúcido, quando era de lucidez que eu precisava...
Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada...
Hoje, bem, hoje eu sei claramente o que estou fazendo aqui, porque você, meu pai, fez mais que apenas me orientar, você caminhou ao meu lado muitas vezes, me seguiu de perto outras tantas, e andou à minha frente muitas outras, deixando rastros de luz, como diretrizes seguras que eu pudesse seguir.
Hoje eu sei muito bem o papel que me cabe na construção de um mundo melhor, porque isso eu aprendi com você, meu grande e admirado amigo...
E quando eu vejo tantos jovens perdidos, sem rumo e sem esperança, vagando entre a violência e a morte, eu peço a Deus por eles, porque é bem possível que não tenham tido a felicidade de ter um pai como você...
E peço a Deus por você, papai, meu grande amigo.
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Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9 e livro Momento Espírita, v. 4, ed. FEP. Em 20.11.2013.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

9 coisas que todo menino pode (e deve) aprender


É fato que o machismo é um dos principais problemas sociais que enfrentamos e ele é ruim tanto para as mulheres quanto para os homens. Mas nenhuma criança nasce com esse pensamento. Elas aprendem, muitas vezes dentro de casa, na escola, televisão ou com os amigos e reproduzem.
Você pode ensinar ao seu filho a pensar diferente e contribuir para um mundo mais justo. Conversamos com a neuropediatra do hospital Samaritano, Saada Ellovitch, mãe de Nathalia e Nicole Saada Ellovitch, para saber como as mães podem ajudar:

1. Ter empatia e solidariedade pelos outros
‘Todos precisam ter esse sentimento, independente do gênero. Mas, de acordo Saada Ellovitch, é mais fácil despertar essa consciência nas meninas. “As pessoas têm a impressão de que transmitir esses valores aos meninos pode colocá-los numa situação de fraqueza. Os pais precisam ajudar os filhos a desconstruir esse tipo de pensamento. O mundo precisa de pessoas que saibam se colocar no lugar das outras”, alerta.

2. Dar vazão aos sentimentos
As pessoas têm sentimentos, aflições, dúvidas e as vezes sentem vontade de chorar, precisam de colo e de alguém que diga que está tudo bem. Mas infelizmente há quem pense que os meninos precisam ser fortes e decididos o tempo todo. Não tem que ser assim. Portanto, mostre que ele pode ouvir seu coração e pedir ajuda quando precisar. Isso certamente fará com que ele seja mais confiante diante dos problemas.

3. Fazer serviços domésticos
Todas as pessoas são aptas a fazer trabalhos domésticos. Afinal, todo mundo gosta de estar em um ambiente limpo. E as mães podem ensinar isso aos filhos. Além disso, um dia eles terão a própria casa e talvez tenham uma família e vão precisar trocar fraldas, lavar louça, recolher brinquedos. Se esses hábitos começarem desde pequenos, melhor.

4. Meninas são tão capazes quanto os meninos
Meninos e meninas são intelectualmente capazes de obter sucesso nas tarefas que realizam. Sendo assim, você pode ensinar ao seu filho que não é o gênero que faz alguém ser bom em alguma coisa. E sim o empenho, a força de vontade e a dedicação.

5. Não precisa ser bom em tudo
A vida nos ensina que nem sempre o primeiro lugar é nosso. Mas isso pode gerar muito desconforto e frustração em uma criança. “Principalmente nos meninos, que são condicionados desde pequenos a serem competitivos e se destacarem”, diz a neuropediatra. Portanto, ao invés de incentivá-lo a ser o melhor, motive-o a dar o seu melhor.

6. Cor da roupa não define ninguém
As pessoas possuem diferentes características, preferências e opiniões. E esses pontos podem até ser evidenciados pelas roupas que elas vestem, mas não só por isso. Logo, é importante que você ensine ao seu filho que um menino pode usar camiseta rosa, azul ou amarela.

7. Não existe brincadeira só de meninos
A brincadeira é uma das melhores experiências da infância. E fica melhor quando meninos e meninas participam juntos, criam novas formas de se divertir e socializam. Essa ideia de que meninos gostam unicamente de carrinho e meninas de boneca não dá mais. Crianças gostam de brincadeiras.

8. As pessoas têm opiniões diferentes
Cada ser humano tem uma história e um jeito de olhar o mundo, que nem sempre é igual ao nosso. Entender isso desde pequeno facilita o diálogo, a compreensão e faz com que as pessoas parem de olhar unicamente para si e saibam ouvir os outros.

9. Meninos não precisam ser violentos
Ninguém precisa gritar, bater ou ameaçar para conseguir as coisas. Mas infelizmente, muitos homens acreditam que possuem esse “poder” perante os outros. Seu filho não precisa agir dessa forma e você pode ajudá-lo a ser diferente conversando com ele e explicando que o mundo não precisa de pessoas assim.

Pais e Filhos