sexta-feira, 3 de junho de 2011

Bom comportamento na web

Como manter um amor?

Muita gente me pergunta qual é a fórmula para manter um casamento de 31 anos e vivermos como namorados. Daí resolvi escrever sobre o assunto. Não há uma fórmula mágica para isso. Há, sim, a magia do amor. Quando temos um amor sincero, uma união sincera, as energias que se fazem são extremamente benéficas ao nosso organismo, nos rejuvenesce, e nos dá forças para enfrentar os problemas que temos aqui neste mundo. E olha que nestes 31 anos não foram poucos.

Eu e Cristóvam convivemos há 32 anos como profissionais e 31 como marido e mulher. Começamos a namorar em abril e em junho decidimos dividir também o espaço físico, já que os do coração já dividíamos desde que começamos uma amizade. Mas, dividíamos para somar. Além das despesas, dividíamos os  bons e maus momentos. Daí somávamos e as coisas boas se multiplicavam. Até hoje é assim. Não existe eu e tu, existe  nós. O meu e o teu, mas, nosso. Nossos problemas, nossas vitórias, nossos bens, filhos, netos...  

Claro que neste período tivemos crises. Brigamos como todo mundo que tem um longo relacionamento. Mas, contabilizamos muito mais momentos felizes. Foram muitas as tentativas de nos separar. Causamos inveja a algumas pessoas que não sabem amar. Pessoas egoístas, más. Porém, sempre que aconteceu algum episódio deste tipo, nós saímos mais fortalecidos em nosso amor. As pessoas não entendem porque nós, que já vivemos mais de meio século, mais de três décadas juntos, ainda andamos pelas ruas de mãos dadas, trocamos beijos em público, nos abraçamos e declaramos nosso amor a qualquer hora, em qualquer lugar, desde que tenhamos vontade. É impressionante, mas, isso incomoda as pessoas. 

Estamos comemorando 31 anos de união e estamos mais apaixonados do que nunca. Em plena lua de mel. Passamos a maior parte do nosso tempo um ao lado do outro, já que temos a mesma profissão e trabalhamos em casa. Saímos juntos sempre que possível para reuniões, encontros e não cansamos disso. Sabe por que? Porque entre nós existe um amor puro e verdadeiro. Um amor que não é só dessa vida. É um amor infinito. E nada nem ninguém vai mudar isso. O que Deus uniu, o homem não separa. Portanto, somente o Supremo Arquiteto do Universo pode nos separar. Como eu acredito que a vida não é só aqui, creio que nem a morte vai nos separar.

Mas, respondendo a pergunta de como a gente consegue se manter juntos no sentido real da palavra, eu diria que para uma união ser duradoura é preciso ter confiança, compreensão, respeito, doação, cumplicidade.  E tudo isso só é possível quando há um verdadeiro amor. Não aquele amor apenas carnal, mas, o amor espiritual. Esse sim é eterno. 'Se você quer muito alguma coisa, deixe-a livre. Se ela voltar será sua para sempre'. Com o amor também é assim. Pode acontecer idas e vindas. Mas, se é um verdadeiro amor, nunca acaba. Adormece para acordar maior e mais bonito.

Pensando assim, perseverando e, acima de tudo, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo, posso afirmar, sem medo de errar, que sou muito feliz e que tenho um amor eterno.

Eu não merecia?

"Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior. A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós". É o que diz texto intitulado Eu não merecia, do livro Renovando Atitudes, de Francisco do Espírito Santo Neto , ditado por Hammed.
Mais adiante diz que "ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva, e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo a ideia de hegemonia divina das nações. As pessoas que acreditam ser vítimas da fatalidade continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, das cargas genéticas, e pela forma como foram criadas afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: 'Eu não merecia isto', 'a vida é injusta comigo', nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.
Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: 'Meus problemas são causados por meu lar', 'os outros sempre se comportam dessa foram comigo'. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que são os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando ou maltratando alguém.
Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem nossa permissão. Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações.
Portanto precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis que reclamam e se colocam como vítimas do destino.
Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes e aceitar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existência.
Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que 'as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa e, uma vez que Deus é justo essa causa deve ser justa'."
Bom, tudo isso vem a propósito de passar uma experiência que vivi. A partir do momento que tomei consciência de que tudo que acontece comigo é reflexo dos meus atos, passei a em vez de me lamentar, e dizer que "parece que joguei pedra na cruz", e procurar a razão para que aquilo tivesse acontecendo. A agradecer mais a Jesus Cristo em vez de pedir e quando quiser conquistar algo pedir sabedoria e luz para alcançar com meus próprios esforços, a minha vida começou a mudar para melhor. Porém, isso não foi fácil, nem de um dia para o outro. Foram anos de muita luta - já vivi meio século - e só recentemente, quando vivi uma situação em que qualquer pessoa teria chutado o pau da barraca, eu me resignei, pedi sabedoria e luz ao Criador. Pedi a Ele para que, se é preciso viver esta realidade que eu possa fazê-lo com dignidade. Sem sentimentos mesquinhos no coração.
Não estou aqui querendo passar uma imagem de heroína. Não. Estou querendo passar uma lição que estou aprendendo e dizer que nenhum sentimento bom pode existir sem o amor no coração. Não apenas o amor de um homem e uma mulher (desse tenho um pouquinho de experiência, a final são 31 anos de convivência. De crises, quedas, labutas e muitas vitórias). Mas falo do amor pela vida, pelas pessoas. Um amor desinteressado, verdadeiro. Penso que se não posso sentir amor, que também não sinta ódio, nem desprezo por ninguém. Aprendi que em qualquer situação, boa ou ruim, devemos agradecer a Deus pela oportunidade que nos oferece de crescer espiritualmente. Aprendi e sempre repito, em todas as situações, Jesus, luz!
Uma última coisa: eu agora só quero 'amar, amar, amar, amar, amar e querer bem'... como diz a música. Sou muito feliz. Nada vai mudar isso.

Maura Sérgia

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Como tornar possível o perdão?


Saber-se traída na confiança que deposita em alguém, é algo muito difícil de aceitar. Mas, é preciso superar essa vivência e tirar dela aprendizados. Praticar o perdão é algo tão difícil quanto necessário. Necessário porque através dele nos libertamos das algemas invisíveis do ódio, da culpa destrutiva, da mágoa e de todo sentimento que neurotiza a alma. Difícil pela nossa condição de espíritos em evolução moral, ainda prisioneiros de sentimentos inferiores como o orgulho e o egoísmo.
A lei de ação e reação, ensinada pelo Espiritismo, nos ajuda a compreender que colheremos aquilo que plantarmos. Assim, por mais doloridas e amargas que sejam as decepções pelas quais passamos, são sempre fruto das escolhas equivocadas que fizemos no passado, retornando como oportunidade de reparação.
Refletindo com sinceridade, vemos que também cometemos erros, de maior ou menor gravidade, mas erramos. Faz parte do processo de amadurecimento espiritual. Então quando o perdão vem, é como bálsamo numa ferida, acalmando e dando ânimo para recomeçar.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar e construir um novo fim. A vida é repleta de oportunidades para construção de novos fins.
Erros e acertos fazem parte do processo. Assim, somos professores e alunos uns dos outros. Ora erramos e aprendemos, ora aprendemos e ensinamos. Mas algumas escolhas que fazemos nos levam por rumos inesperados e de início causam alvoroço íntimo. Estas são dificuldades a que estamos sujeitos por termos o poder de escolha sobre os caminhos que queremos seguir. É o que Allan Kardec definiu como livre arbítrio.
Porém, se as experiências difíceis parecem enfraquecer a coragem, por outro lado são através delas que exercitamos a imensa força interior e capacidade de superação que todos temos. Jesus, ao dizer que se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda nada nos seria impossível, afirmava todo o poder que tem a fé. Fé em Deus e fé em nossas próprias forças.
É justamente por essa fé, que temos condições de exercer o auto-perdão às nossas faltas. Arrependimento e remorso são coisas diferentes, apesar da gente geralmente vincular um ao outro.
O arrependimento é primordial para a reparação, mas o remorso destrói todo desejo de melhora; um induz à correção, o outro à punição; o primeiro trás alívio à alma errante, o segundo é punitivo, desespera, deprime e revolta, nada se vê além da própria dor.
Neste contexto, por mais paradoxal que possa parecer, necessitamos aprender a amar a nós mesmos, para nos permitirmos o arrependimento sincero e construtivo. Amar-se não deve ser confundido com o egoísmo.
O auto-amor é de uma importância tão grande que Jesus o classificou como o segundo maior dos mandamentos, vinculado ao amor ao próximo e somente abaixo do mandamento maior, que é o amor a Deus. Amar-se e perdoar-se é tão necessário quanto seguir em frente, transformando o erro com os melhores esforços no bem.
Os amores que vivemos na Terra, estão bem distante ainda do amor universal que teremos um dia uns pelos outros. Mas o que já possuímos é uma sementinha que deve ser cultivada com carinho, compreensão e respeito.
Dessas afinidades entre almas que se querem bem, que se fortalecem na companhia umas das outras tornando mais fácil a jornada, nasceu a teoria das almas gêmeas.
(Adaptado de textos do Blog Espírita Celeiro de Luz)

"Coragem não é revidar, nem cair na exibição de poder.
A coragem verdadeira ergue-se da compreensão e da bênção, quando o desequilíbrio tenta assaltar-te.
Em qualquer circunstância, escora-te no esforço de resguardar o bem.
Quando estiveres a ponto de pronunciar qualquer frase irrefletida ou de empreender a mínima ação contra os outros, ora e silencia, porque o Céu te ouve e Deus te sustentará." (Pelo Espírito MEIMEI. Psicografia de Chico Xavier)