sábado, 30 de março de 2013

Feliz Páscoa



         Nesta época em que se comemora o aniversário da ressurreição de Jesus, sob a influencia do capitalismo, troca-se chocolates das mais variadas formas e sabores, paga-se caro pelo típico bacalhau presente na ceia das famílias mais abastadas e comete-se, então, o pecado capital da gula.
         A imagem do Cristo morto é associada às conveniências do egoísmo de uma sociedade que se preocupa em lucrar em todas as oportunidades e esquece-se que Jesus nasceu e tem nascido todos os dias, em diferentes épocas e lugares, nos corações dos homens que descobrem o seu amor.
         As pessoas se comovem com as encenações da via sacra de Jesus, malham indignados a figura de Judas, o traidor, sem se lembrarem que o próprio Cristo, traído, nos ensinou o perdão.
         Infelizmente, a cada ano nos distanciamos mais dos ensinamentos do Mestre, descrentes, talvez pelas consequências de nossas próprias atitudes e ignorando que o homem interior é capaz de se renovar sempre. É preciso promovermos a mudança de nossas atitudes. Como disse Chico Xavier, Jesus não nos exigiu nada, não nos impôs grandes sacrifícios, Ele pediu apenas para nos amarmos uns aos outros.

         Por que então não deixamos a imagem do Cristo crucificado e morto e damos lugar ao Cristo vivo? Ele está sempre de braços abertos para nos acolher em todos os momentos de nossas vidas. Ele não quer ser idolatrado. Quer sim que vivamos seguindo o Seu exemplo, sem apegos, amando a tudo e a todos igualmente, sem distinções.

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a Lei" (Allan Kardec)

Que tenhamos uma Páscoa com muita luz e sabedoria!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Páscoa



         Vinda da palavra hebraica 'pesach', Páscoa quer dizer passagem, podendo significar passagem da escravidão para a liberdade, passagem da morte para a vida, do velho para o novo.
         A Páscoa é a última lição de Jesus, que vence as injustiças, que retorna triunfante para garantir que permaneceria eternamente conosco, na direção de nossos passos.
         Que nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Cristo, possamos encarar a Páscoa como o momento de transformação, a verdadeira evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar coordenando o processo depurativo de nosso planeta.
         Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
         Que nesta Páscoa quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, de sermos deuses, fazendo brilhar a nossa luz.
         Comemore pois a sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.
Feliz Páscoa!

Mensagem de Páscoa



Recebi a mensagem a seguir do irmão Edson Rheim, e quero compartilhar com todos, desejando uma Feliz Páscoa!

            O sentido de renovação da Páscoa para os cristãos espíritas se concretiza na renovação de si mesmo, na melhoria íntima e evolução espiritual, sendo esta a única forma de transformação das relações humanas e da vivência mundana, levando-nos a atingir a verdadeira felicidade, através da Lei Divina da Evolução, à qual todos estamos fadados a seguir. Os símbolos do coelho, dos ovinhos de páscoa, o vinho, o peixe, são, à luz da Doutrina, apenas formas concretas e materializadas encontradas pelo homem para representar o seu desejo de vida, de renovação, de resignação e fé em Deus, nosso pai, e Cristo, nosso irmão, modelo e mestre.
            No entanto, se essa foi uma forma que a humanidade encontrou de fazer uma pausa para reflexão acerca da moral de Jesus e de amar aos seus semelhantes... Pois que todos os dias possam ser de Páscoa e todas as religiões a preguem com a santidade que o seu verdadeiro significado merece. E sobretudo, que todo indivíduo, filho de Deus que é, possa corresponder às oportunidades da reencarnação e de cada dia que lhe é concebido para transformar-se num homem novo, buscando compreender e seguir a moral cristã que nos foi ensinada pessoalmente por nosso irmão maior, concretizando-se em sua Lei de Amor. Que desta forma todos possam receber nesta época, como em todas as outras, muita luz e muita paz de Jesus Cristo e de nosso Pai Celestial.
Abraços fraternos
Edson

quarta-feira, 27 de março de 2013

Helene Fischer - Ave Maria

Dispensa comentários. Simplesmente espetacular.

A FÉ SEM OBRAS É A CONTRÁRIA À RAZÃO, A RACIOCINADA LEVA-NOS À AÇÃO



São Tiago escreveu apenas uma carta, mas ela vale ouro. Ele disse que a fé sem obras é morta. (São Tiago 2: 26).  E o que é a fé sem obras?
       Fé (pistis do grego e fides do latim), além de significar crer, quer dizer fiel, ter fidelidade. E a própria fé inabalável pode significar também fidelidade, pois quem crê mesmo em Deus e no Nazareno é fiel a Eles. Assim, quando na Bíblia se diz que quem tem fé ou crê em Jesus, se salva, é mais certa a tradução: Quem tem fidelidade para com Jesus, se salva, pois crer Nele até os demônios maus (espíritos humanos ainda impuros) creem e, às vezes, até creem mais do que nós espíritos encarnados.
        E como a religião segura o indivíduo na prática do bem, qualquer que seja ela, se a fé for verdadeira, sólida, ela mantém  o seu fiel no bem e no amor a Deus e aos seus semelhantes. Mas quando a fé é fraca, ela se torna quase inútil, pois ela não consegue segurar o seu adepto na prática do bem. E a fé é fraca para nós ocidentais, de um modo geral, quando ela não está de acordo com a razão e a Bíblia. São Tomás de Aquino ensinou que a fé não pode violentar a razão, e é exatamente o que vem acontecendo com o cristianismo, principalmente a Igreja. A fé em doutrinas misteriosas, como o próprio adjetivo misterioso nos diz, é obscura, confusa. E essa fé, como se diz, é pra inglês ver. E é obvio que ela não produz obras e é realmente uma fé morta na citada expressão sábia de são Tiago. E quanto mais fraca ela for, ela vai perdendo totalmente o seu sentido, principalmente se num texto bíblico ela quer dizer fidelidade. Esse tipo de fé é mesmo como se o fiel não tivesse religião. E é isso que está acontecendo com muitos cristãos que estão engrossando o número de pessoas sem religião e até, infelizmente, o número dos materialistas.
      Até meados do século 20, os católicos, protestantes e evangélicos chamavam os espíritas de macumbeiros, charlatões, doentes mentais e de terem contato não com os espíritos dos mortos, mas com os demônios no sentido que eles interpretavam essa palavra, ou seja, uma categoria de espíritos diferentes de alma, quando na Bíblia demônio (do grego “Daimon”) significa alma, espírito humano, gênio, lembrando que os evangelhos foram escritos em grego.
       A Igreja parou de agredir a doutrina dos espíritos com essas aberrações, o que ainda fazem os nossos irmãos evangélicos. Mas os teólogos católicos estão recorrendo a outro tipo de difamação dos espíritas, dizendo que eles não crêem que Jesus é outro Deus e que, por isso, não são cristãos. Será que isso é verdade? Jesus disse que se conheceriam seus discípulos por se amarem uns aos outro, não, pois, por crerem ou não em determinada doutrina. Aliás, Ele disse isso também porque Ele sabia que os teólogos iriam criar no futuro muitas doutrinas polêmicas que Ele não ensinou.
       E é pelos ensinos não bíblicos e não racionais que parte do cristianismo está com sua fé em crise e, pois, sem obras!

José Reis Chaves (Belo Horizonte/SP) estudou para padre na Congregação dos Redentoristas, é formado em Comunicação e Expressão na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É Escritor, durante vários anos lecionou Português, Literatura, História, Geografia e Latim. É Teósofo, parapsicólogo, biblista, e ao longo de toda a sua vida, o autor vem desenvolvendo pesquisas sobre a Bíblia, as religiões e a Parapsicologia. Por último, passou a estudar o Espiritismo, Doutrina que assimilou com facilidade, tendo em vista o seu longo tempo de estudo da Bíblia, da História e da Teologia Cristãs. Aposentado, atualmente dedica-se ao trabalho de escrever e proferir palestras na área espiritualista, mas principalmente Espírita, por todo o Brasil.
É autor dos livros, entre outros:  “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”,
“Quando chega a Verdade” e "A Face Oculta das Religiões. 

Publicado em http://www.redeamigoespirita.com.br

terça-feira, 26 de março de 2013

Quem é o seu mestre?



            Todos querem a liberdade, a dignidade, a honra e a felicidade. É um anseio bastante natural de auto-realização. Vai muito além do viver e do sobreviver, e parece-me ser o mandamento número 1 entre os humanos. Chamo de mandamento porque se eu chamasse de “direito” eu poderia ser mal entendida, porque um mandamento é um direito e um dever ao mesmo tempo.
            Pois bem, a tal auto-realização só pode ser conquistada quando compreendo “quem sou eu” e tenho a coragem de viver de acordo com isso. Se ainda não sei responder à primeira questão eu posso sim ter muitas realizações, mas não posso chamá-las de auto-realização.
            Com isso devo alertá-los que muitos realizam muitas coisas e nem por isso encontram a terra prometida da felicidade. Esse é o prêmio dos que seguem o próprio caminho. Por isso todo cuidado é pouco, pois errar o percurso é mais fácil do que encontrá-lo. Estamos acostumados à imitar caminhos alheios, a servir ideais e valores que pouco tem a ver com a nossa essência. Todos estes ideais coletivos de perfeição estética, financeira, profissional, sexual, amoroso e por aí vai tendem a nos desviar do nosso próprio.
            Quem é o seu mestre? Ao que e a quem você serve? Se tiver sorte de encontrar um mestre de verdade este vai te ensinar a escutar seu mestre interior. Se tiver azar e encontrar um mestre que julga deter a única verdade aplicável seu caminho será desviado. Mas se a angústia fizer seu trabalho direitinho e abrir seus olhos, ainda dá tempo de olhar para si e encontrar seu próprio norte.
            Muita atenção, olhos e ouvidos bem abertos, percebam quais são as coisas que endossam em você o direito e o dever de viver com honra e dignidade, este princípio universal que com certeza habita cada um de nós…

Ana Luisa Testa é psicóloga clínica, professora de pós graduação no Ichthys Instituto. Formada pela Universidade Estadual de Londrina, com especialização em psicoterapia corporal e também em psicologia analítica.