sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O Amor que tenho é o que dou



"...No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior..." (Cap XI item 8) - O Evangelho segundo o Espiritismo

Somente se dá aquilo que se possui. Como, pois, exigir amor de alguém que ainda não sabe amar?
Como requisitar respeito e consideração de criaturas que não atingiram o ponto delicado do sentimento que é o amor?
Quem dá afeto recolhe a felicidade de ver multiplicado aquilo que deu, mas somente damos de conformidade com aquilo de que podemos dispor no ato da doação.
Há diversidades de evolução no planeta. Homens mal saídos da primitividade campeiam na sociedade moderna, ensaiando os primeiros passos do instinto natural para a sensibilidade amorosa.
Eis aqui uma breve relação de sintomas comportamentais que aparecem nas criaturas, confundindo o amor que liberta e deseja o bem da outra pessoa com a atração egoísta que toma posse e simplesmente deseja:

- Há indivíduos que, para conquistar os outros e convencê-los de suas habilidades e valores, contam vantagens, persuadindo também a si mesmo, pois acreditam que para amar é preciso apresentar credenciais e louros, satisfazendo assim as expectativas daqueles que podem aceitá-lo ou recusá-lo.
- Há criaturas que tentam amar comprando pessoas, omitindo e negando suas necessidades e metas existencias, abandonando tudo que lhes é mais caro e íntimo e depois, por terem aberto mão de todos os seus gostos e desejos, perdem o sentido de suas próprias vidas, terminando desastrosamente seus relacionamentos.
- Alguns delegam o controle de si mesmos aos outros, cometendo assim, em "nome do amor", o desatino de renunciar ao próprio senso de dignidade, componente vital à felicidade. Não é de surpreender que vivam vazios e torturados, pois tornaram-se "um nada" ao permitirem que isso acontecesse.
- Outros tantos usam da mentira, encobrindo realidades e escondendo conflitos. Convictos de que têm de ser perfeitos para ser amados, temem a verdade pelas supostas fraquezas que ela possa lhes expor diante dos outros. Acabam fracassados afetivamente por falta de honestidade e sinceridade.
- Certas criaturas afirmam categoricamente que amam, mas tratam o ser amado como propriedade particular. Por não confiarem em si mesmas, geram crenças cegas de que precisam cuidar e proteger, quando na realidade sufocam e manipulam criando um convívio insuportável e desgastante.

Uma das características mais tristes dos que dizem saber amar é a atitude submissa dos que nunca dizem "não", convencidos de que, sempre sendo passivos em tudo, receberão carinho e estima. Esse tipo de comportamento leva as pessoas a concordar sempre com qualquer coisa e em qualquer momento, trazendo-lhes desconsideração e uma vida insatisfatória.
Requisitar dos outros o que eles ainda não podem dar é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva.
Forçar pais, filhos, amigos e cônjuge a preencher o teu vazio interior com amor que não dás a ti mesmo, por esqueceres teus próprios recursos e possibilidades, é insensato de tua parte.

É dando que se recebe; portanto cabe a ti mesmo administrar tuas carências afetivas e fazer por ti o que gostarias que os outros te fizessem.
Não peças amor e afeto; antes de tudo, dá a ti mesmo e em seguida aos outros, sem mesmo cobrar taxas de gratidão e reconhecimento. Importante é que sigas os passos de Jesus na doação do amor abundante, sem jamais exigi-lo de ninguém e sem jamais esquecer que és responsável pelos teus sentimentos.
Quanto aos outros, sejam eles quem forem, responderão por si mesmos conforme o seu livre arbítrio e amadurecimento espiritual.


Extraído do Livro Renovando Atitudes - do espírito Hammed, pelo médium Fracisco do Espírito Santo Neto - págs 117, 118, e 119

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Soneto do Amor Total


O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
Vinicius de Moraes

segunda-feira, 23 de abril de 2018

ALMAS ANTIGAS – O AMOR TRANSFORMADOR

Existe um tipo especial de pessoa neste mundo que é, muitas vezes, incompreendido. Essas pessoas tendem a ser solitárias, espíritos livres, amantes inocentes. Elas olham o mundo como poderia ser – e como deveria ser – embora o mundo raramente as enxergue. São as almas antigas, os sonhadores, as pessoas em sintonia com a vida, tão intuitivas de emoções que nos assustam. Nos assustam não por causa de quem são, mas por causa de quem nós não somos, do que nos falta.
Almas antigas atingem profundidades que não podemos compreender. Elas têm uma conexão com o Universo, com a Natureza, e é por isso que elas são as pessoas que vão mudar o mundo. É preciso ser uma pessoa confiante para amar uma alma velha. Mas vale muito a pena. Isso irá mudar sua vida.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Seja uma pequena luz

Estamos vivendo um momento desafiador no Brasil. Na verdade creio que a onda que está revolvendo nossas entranhas é global.
A sombra veio à tona. O escondido está sendo revelado, e isso não se refere apenas à situação político-econômico-social, mas a cada um de nós.
A forma como reagimos a esse momento revela também nossas sombras. Isso não é ruim. Só podemos limpar a sujeira que enxergamos.
Mas ouça. Enquanto nos ocupamos em apontar a escuridão lá fora, nos outros, na política, naqueles que atacamos por pensarem diferente de nós, deixamos de agir e transformar o que nos cabe.
Nós mesmos.
Pense que cada um de nós tem dons e habilidades que servem ao todo. Uns tem uma mente clara e ótimas ideias, outros são ágeis em encontrar soluções criativas. Uns sabem usar agulhas para curar, outros têm o dom da oratória. Uns amam estar em grupo e iniciar movimentos que se expandam, outros preferem ficar no jardim cuidando de uma única sementinha.
O momento requer que cada um de nós descubra seu dom e o coloque a serviço do todo.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Deixei ir. Parei de comparar, parei de lamentar, parei de aceitar sobras.


Li esse texto e achei muito bom. Mas, quem o publicou não disse a autoria, dando a entender que o teria escrito. Daí dei uma busca e descobri que é de Sil Guidorizzi, visitei seu site e gostei. http://reginaguidorizzi.blogspot.com.br/   Estou compartilhando com vocês.

Quando decidi ser paz desarmei as coisas ruins. Decidi viver por conta própria. Fechei o coração para o que não deu certo, parei de me rebaixar ou implorar atenção.
Quando eu decidi ter direito à minha vida, desacorrentei o arrastar da alma, o que atrasa, o que não compreende, não vê.
Deixei ir. Parei de comparar, parei de lamentar, parei de aceitar sobras.
Quando eu decidi seguir em frente sabendo de todas as minhas responsabilidades, tratei de respirar fundo, tratei de compreender mais o meu eu.
Joguei a toalha, abri a porta da rua e coloquei para fora o que me deixava infeliz o que não refletia amor, o que não era aconchego, o que parecia ser só desespero ou medo da solidão.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Viver despenteada


Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade… O mundo é louco, definitivamente louco… O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto enruga. E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…

- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível…

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O passar do tempo traz liberdade...



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesma.
Eu me tornei minha própria amiga. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou por comprar algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu jardim.
Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas da manhã e dormindo até meio-dia?
Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60; 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido … Eu vou chorar.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A vida me ensinou...

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Melhor Parte de Amar


As declarações de amor revelam muito do que vai em nossa alma. Por vezes elas nos descrevem com perfeição.
Elas contam se somos possessivos ou ciumentos, se deixamos espaço para o outro crescer como indivíduo ou não.
Por exemplo, quando somos enfáticos demais no Eu preciso de você; no Não consigo viver sem você, revelamos, mesmo sem querer, que nosso amor é mais carência do que doação.
Amar o outro, tendo, como razão e sustento desse amor, tudo aquilo que o outro nos dá, isto é, tudo que recebemos do parceiro, é certamente um amar frágil, que pode não se manter por muito tempo.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O verdadeiro amor não morre. Se morre, não é verdadeiro.


 
Hoje me detive na releitura deste artigo de Letícia Thompson e passei a meditar sobre os meus quase 40 anos de vida a dois. Diante de tudo o que aconteceu comigo e meu marido nestas décadas concordei com o texto que diz:
"O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos.
Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. A causa? O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas... o outro já sabe!