quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Passos para o perdão

" Quando focalizamos nossa atenção em quem nos feriu,
ficamos sem condições de perceber quem nos ama ".

- Saiba exatamente como você se sente sobre o que aconteceu. Aprenda a articular sobre o que não está bem na situação. Então, conte para duas pessoas confiáveis a sua experiência.

- Comprometa-se consigo mesmo a fazer o que for possível para se sentir melhor. Perdão é para você e ninguém mais.

- Perdão não significa reconciliação com a pessoa que o aborreceu ou uma compensação. O que você busca é a paz. O perdão pode ser definido como a "paz e a compreensão que vem de culpar menos aquilo que o machucou, tomar a experiência de vida de forma menos pessoal e mudar seu histórico de sofrimento, desgosto e injustiça".

- Escolha a melhor perspectiva sobre o que lhe acontece. Reconheça que sua principal agonia vem de sentimentos, pensamentos e preocupações que o afligem agora, e não daquilo que o ofendeu ou feriu há dois minutos ou dez anos.

- No momento em que se sentir preocupado pratique uma técnica simples de gerenciamento de estresse para acalmar o vôo do pensamento ou a resposta do corpo.

- Desista de esperar atitudes das outras pessoas, se eles não escolheram realizá-las. Reconheça quando você impõe as regras de como você e outras pessoas devem se comportar, mesmo que esses procedimentos não correspondam à realidade imaginada pelos outros. Lembre-se que você pode esperar de si mesmo saúde, amor, amizade e prosperidade e trabalhar duro para consegui-las.

- Gaste sua energia em procurar outra forma de chegar a seus objetivos, que vá além da experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente suas feridas, procure outras maneiras de chegar onde você quer.

- Lembre-se que uma vida bem vivida é a melhor vingança. Em vez de focar em seus sentimentos machucados e atribuir um grande poder à pessoa que causou essa dor, aprenda a olhar para o amor, a beleza, a gentileza ao seu redor.

-Mude o mote da sua história de rancor para heroísmo ao se lembrar da sua escolha por perdoar e seguir adiante com uma vida plena.
Frederic Lusckin

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Perdoa-te

A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.
Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Da Obra Filho de Deus
Médium Divaldo Pereira Franco
Pelo Espírito Joanna de Angelis

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Promessas matrimoniais



Lendo o artigo a seguir publicado no blog Momento Espírita, fiz uma reflexão e decidi publicar para que outras pessoas também possam refletir. Acredito que esta é uma receita básica para um relacionamento duradouro.

No ato do casamento, os cônjuges realizam algumas promessas: prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.


Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro e o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos, acaba em rompimento dos laços, em meio a muita mágoa.
 

Onde ficam as promessas do casamento?  Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas decidem se casar e de forma mais explícita, entender o que é amar e respeitar um ao outro.

Eis algumas delas:
Promete não desejar assumir o controle da vida do outro?

Promete ter em mente que ele é um ser que, antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?

Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não aprecie o tipo de música que a pessoa gosta?
Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.

Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?
Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos, mas sempre há possibilidades de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.

Promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?

Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?

Você promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do  mundo, você agradecerá a que foi feita?

Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?

Você promete que amará os filhos que gerarem ou que adotarem, sem jamais deixar de amar ao outro?

Você promete jamais esquecer de dizer “eu te amo ?”

E também “você é importante em minha vida”?

Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?

Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão for embora?

Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem marcando o rosto do outro?

Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?

Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento, tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?

Você promete, enfim, ser eterno namorado, mesmo que não haja lua ou estrelas brilhando no céu?

Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?

Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas promessas?
Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.
Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes. E, cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.
Um incentivará o outro naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá “por favor, me ajude”, quando precisar. E dirá obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.
Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.

NE: Nós (eu e Cristóvam) não nos casamos formalmente, nem no civil, nem no religioso. Mas, quando decidimos viver juntos, não fizemos promessas um ao outro. Apenas assumimos o compromisso de nos respeitar e não mentir. Se um dia deixarmos de nos amar, percebermos que não dá mais para continuarmos juntos, vamos ser sinceros e, sem briga, cada um procurar viver sua vida. Claro que tivemos nossas brigas, nos desentendemos algumas vezes. É humanamente impossível um casal viver junto durante décadas e não se desentender. 

Mas, durante os 33 anos de convivência posso afirmar sem medo de errar, que os desentendimentos foram muito poucos diante dos momentos felizes. Nestas três décadas de casamento, dois filhos, e três netas, experimentamos crises comuns aos longos relacionamentos. Porém, sempre procurei honrar o compromisso que assumi e digo que não foi tão difícil, pois nossos gostos são muito parecidos em tudo, até mesmo a profissão que abraçamos é a mesma. Não tive que abri mão de muita coisa para ter uma vida a dois. E acredito que essa cumplicidade, além do amor e companheirismo,  faz com que hoje, mais  maduros, mais experientes, e mais apaixonados, possamos nos prometer sim: Só Deus vai nos separar. Eu acredito firmemente que nosso amor não é só deste mundo. Nossa união é literalmente de corpo e alma.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Corpos com recheio

Por Claudia Penteado

 Outro dia assistia a um episódio de Two and a Half Men (série americana) que mostrava uma mulher reatando com o ex-marido aliviada, ávida por poder voltar a simplesmente deitar e dormir ao lado de um homem, despreocupadamente. Durante o período em que estivera separada, ela teve um namorado uns 20 anos mais novo. Aos quarenta e tantos, chegara ao ponto da absoluta exaustão de uma série de rituais que, segundo ela, vinham no pacote das delícias carnais do relacionamento com o rapaz. Um deles era acordar meia hora antes dele para se maquiar. Outra regra essencial para o bom andamento da relação: nunca, jamais, usar o banheiro com ele por perto ou produzir quaisquer sons intestinais desagradáveis. Isso costuma ser uma regra geral em qualquer casório, mas perdoa-se alguns deslizes eventuais num casamento longevo. No namoro com o gato esculpido em aulas de power ioga e escalada, nem pensar.
Outra tensão permanente: jamais deixa-lo vê-la caminhando de costas, despudoradamente, revelando o bumbum já não tão durinho de mulher madura. Ao relatar o drama ao seu ex-recém-resgatado-marido-maduro, ele, saudoso da mulher que considera linda, reage: “mas o que há de errado com seu traseiro?”. Ela se convence ainda mais da saudade que sentia do ex-marido, olhos marejados. E fazer sexo todos os dias? “Há mulheres que fariam qualquer coisa por isso, mas…havia dias em que tudo o que eu queria era vestir uma calcinha bem velha, um moleton surrado, deitar e dormir”, queixou-se.
A graça desse episódio é não só reconhecer a dor e a delícia dos relacionamentos, em que o equilíbrio é uma medida utópica, mas também a grande loucura que se apossa de nós, mulheres, na busca enlouquecida pela juventude eterna. Muitas vezes nos enjaulamos nos modelos pré-concebidos daquilo que provoca ou mata o tesão nos homens. Simplesmente não conseguimos ver encanto algum nos defeitinhos e nas imperfeições que estamos cansadas de avistar, porque não, em nossos próprios parceiros. Neles, não nos incomodam. Estamos convencidas de que nossos homens – tenham eles a idade que tiverem – contarão os furinhos da nossa pele, as marquinhas das estrias,  as ruguinhas que despontam ao redor dos nossos olhos ou aquelas benditas gordurinhas que não conseguimos enxugar na malhação.
A vida pode ser mais simples. E é. O mais provável é que eles – nossos parceiros ou parceiras – amem nossos corpos profundamente, simplesmente porque eles nos pertencem e não a qualquer outra mulher, e são parte do que nos torna únicas, insubstituíveis. E que não se importem se não sabemos sambar, não temos 1,70m ou o cabelo esvoaçante da Gisele Bünchen. E fiquem loucos com um certo jeito de beijar a nuca, massagear os pés, preparar um sanduíche no meio da madrugada, contar como foi o dia. Corpos têm recheios essenciais: nós mesmas. O mais importante é, sempre, respeitar o próprio desejo e não se deixar violentar somente para agradar o outro. E não esquecer, jamais, que relacionamentos são construções delicadas e que demandam muito carinho e sobretudo respeito mútuo. Não importa o que se diga, ando mesmo defendendo que cuidemos bem mais do recheio. Sem esquecer, claro, do bumbum, nem pensar deixá-lo despencar deliberadamente! 
 
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7

domingo, 19 de agosto de 2012

Efeito do Perdão

Dentre os ângulos do perdão, um existe dos mais importantes,
que nos cabe salientar: os resultados dele sobre nós mesmos,
quando temos a felicidade de desculpar.
Muito frequentemente interpretamos o perdão como sendo
simples ato de virtude e generosidade, em auxílio do ofensor,
que passaria a contar com a absoluta magnanimidade da vítima;
acontece, porém, que a vítima nem sempre conhece até que ponto
se beneficiará o agressor da liberalidade que flui do comportamento,
porquanto não nos é dado penetrar no íntimo mais íntimo dos outros
e, por outro lado, determina a bondade
se relegue ao esquecimento os detritos de todo mal.

Urge perceber, no entanto, que, quando conseguimos desculpar
o erro ou a provocação de alguém contra nós,
exoneramos o mal de qualquer compromisso para conosco,
ao mesmo tempo que nos desvencilhamos
de todos os laços suscetíveis de apresar-nos a ele.
Pondera semelhante realidade e não te admitas carregando
os explosivos do ódio ou os venenos da mágoa que destroem a existência
ou corroem as forças orgânicas, arremessando a criatura
para a vala da enfermidade ou da morte sem razão de ser.

Efetivamente, conhecerás muitas vezes
a intromissão do mal em teu caminho, mormente se te consagras
com diligência e decisão à seara do bem, mas não te permitas
a leviandade de acolhê-lo e transportá-lo contigo,
à maneira de lâmina enterrada por ti mesmo no próprio coração.
Ante ofensas quaisquer, defende-te, pacifica-te e restaura-te, perdoando sempre.
Nas trilhas da vida, somos nós próprios quem acolhe em primeiro lugar
e mais intensivamente os resultados da intolerância,
quando nos entrincheiramos na dureza de alma.

Sem dúvida, é impossível saber, quando venhamos a articular o perdão
em favor dos outros, se ele foi corretamente aceito
ou se produziu as vantagens que desejávamos; entretanto,
sempre que olvidemos o mal que se nos faça, podemos reconhecer,
de pronto, os benéficos efeitos do perdão conosco,
em forma de equilíbrio e de paz agindo em nós.


Chico Xavier / Emmanuel (espírito)

Deus

Passei tanto tempo te procurando.
Não sabia onde estavas, olhava para o infinito,
não te via.
E, pensava comigo mesmo, será que tu existe?
Não me contentava na busca e prosseguia.
Tentara te encontrar nas religiões e nos templos.
Tu também não estavas.
Te busquei através dos sarcedotes e pastores,
também não encontrei.
Senti-me só, vazio, desesperado descri.
E na descrença te ofendi.
E na ofensa tropecei.
E na queda senti-me fraco.
Fraco procurei socorro.
No socorro encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho eu vi nascer o amor.
Com amor eu vi um mundo novo.
E no mundo mundo novo resolvi viver.
O que recebi resolvi doar.
Doando alguma coisa muito recebi.
E em recebendo senti-me feliz.
E ao ser feliz encontrei a paz.
E tendo paz foi que enxerguei.
Que dentro de mim é que tu estavas.
E sem procurar-te
Foi que encontrei.
Chico Xavier

de

http://doutrinafilosofica.blogspot.com.br/

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Doença


 Qualquer equipamento de uso, sofre os efeitos do tempo, o desgaste dos serviços, os desajustamentos, caminhando para a superação, o abandono…
O que hoje é de relevante importância, amanhã encontra-se ultrapassado e, assim, sucessivamente.

O corpo humano, da mesma forma, não pode permanecer indene às injunções naturais da sua aplicação e das finalidades a que se destina.
Elaborado pelos atos pretéritos é resistente ou frágil, conforme o material com que foi constituído em razão dos valores pertinentes a cada ser.
Muito justo, portanto, que enferme, se estropie, se desgaste e morra.
Transitório, em razão da própria junção, é, todavia, abençoado instrumento do progresso para o Espírito na sua marcha ascensional.
*
Chamado à reflexão, por esta ou aquela enfermidade, mantém-te sereno.
Vitimado por uma ou outra mutilação, aprofunda o exame dos teus valores íntimos e busca retirar da experiência as vantagens indispensáveis.
Surpreendido pelos distúrbios da roupagem física ou da tecelagem no sistema eletrônico do psiquismo, tenta controlá-los e, mesmo lutando pela recuperação, mantém-te confiante.
*
Não te deixes sucumbir sob as injunções das doenças.
Através da mente sã reconquistarás o equilíbrio da situação. E se fores atingido na área da razão, desde hoje entrega-te a Deus e confia n’Ele.
A doença faz parte do processo normal da vida como parcela integrante do fenômeno da saúde.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 21

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Uma Importante Lição

Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de dez anos entrou numa lanchonete e se sentou a uma mesa.

Uma garçonete colocou um copo d'água na frente dele.

Quanto custa um sundae? Ele perguntou.

Cincoenta centavos, respondeu a garçonete.

O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.

Bem, quanto custa o sorvete simples? Perguntou outra vez.

A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa. A garçonete foi se irritando. De maneira brusca, respondeu: Trinta e cinco centavos.

O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: Eu vou querer, então, o sorvete simples.

Depressa, a moça trouxe o sorvete simples e a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.

Quando a garçonete voltou e começou a limpar a mesa, não pôde deixar de chorar. Ali, do lado do prato, havia duas moedas de cinco centavos e cinco moedas de um centavo. Ou seja, o menino não pôde pedir o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete.

* * *

Ser grato aos que nos servem é um dever tanto quanto servir com alegria.

Quem serve, deve mostrar gratidão pela oportunidade do trabalho. Quem é servido deve demonstrar gratidão pelo serviço do outro, de que necessita.

Afinal, todos somos, na Terra, dependentes uns dos outros. (*)

Já imaginou em que se transformaria o panorama do mundo sem a contribuição de faxineiros, pedreiros, carpinteiros, jardineiros?

O que seria do hospital, com médicos, enfermeiras e gente especializada nos laboratórios, se faltasse a faxina para garantir a limpeza?

Como poderia garantir a qualidade dos seus pães e doces, o padeiro, sem o concurso do produtor que lhe entregasse a farinha de boa qualidade?

De que valeria o trabalho muito bem pensado e estruturado de engenheiros e arquitetos, se faltasse a preciosa mão de obra de serventes e carpinteiros?

Em todo lugar, sempre, dependemos uns dos outros. O que abre a loja e expõe a mercadoria, necessita do cliente que observe, goste e compre.

Clientes e vendedores, patrões e empregados, superiores e subordinados, necessitamos e muito uns dos outros. Não podemos sobreviver, muito menos viver uns sem os outros.

Por isso, a melhor técnica é nos unir, dar as mãos, valorizarmo-nos uns aos outros e sermos gratos pela oportunidade de servir e receber serviços.

* * *

O comércio é também uma escola de fraternidade. Realmente, precisamos da atenção do vendedor, mas o vendedor espera de nós a mesma atitude.

Sempre que nos sintamos no direito de reclamar, não façamos do nosso verbo um instrumento de agressão.

Por vezes, a pessoa mal-humorada, em seus contatos públicos, carrega um pesado fardo de inquietação e doença.

Acostumemo-nos a pedir por favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas, lanchonetes e hotéis.

Antes de serem empregados à disposição de clientes, são seres humanos que sentem alegria, dor, têm seus problemas e esperam compreensão dos demais seres humanos.

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada e no cap. 11 do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Kiss - Dublado e Legendado


Analisem esse video pela ótica espírita do amor, não importando se o clipe fala de um amor entre homem e mulher e nem para uma possivel inverossimilhança, mas atentem para a mensagem maior de amor ao proximo e respondam:

O verdadeiro amor é assim?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Estou de passagem.

Esse mundo não é meu,
não é nosso, não é seu...
Quanto a mim?
estou de passagem!
Não guardo rancores, mágoas,
amores, dou um fim às minhas dores...
Procuro sempre me lembrar que:
Estou de passagem por esse lugar...
Nada posso guardar, pois,
bagagem não poderei levar...
Cheguei sòzinha,
assim também partirei...
De onde vim trago relapsos,
de lembranças que desde criança,
estão comigo...
Pra onde vou?
Só tenho esperança,
na fé que possuo, que me faz sentir,
que é um lugar seguro,
onde finalmente me sentirei em casa...

(Valquíria Cordeiro)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Razão da Dor

Raquel, antiga servidora da residência de Cusa, ergueu a voz para indagar do Mestre por que motivo a dor se convertia em aflição nos caminhos do mundo.
Não era o homem criação de Deus? Não dispõe a criatura do abençoado concurso dos anjos? Não vela o Céu sobre os destinos da Humanidade? Jesus fitou na interlocutora o olhar firme e considerou: — A razão da dor humana procede da proteção divina.
Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são chamados ao Aprisco do Alto.
A Terra é o caminho.
A luta que ensina e edifica é a marcha.
O sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verdadeira.
Alguns instantes se escoaram mudos e o Mestre voltou a ponderar: — O excesso de poder favorece o abuso, a demasia de conforto, não raro, traz o relaxamento, e o pão que se amontoa, de sobra, costuma servir de pasto aos vermes que se alegram no mofo…
Reparando, porém, que a assembléia de amigos lhe reclamava explicação mais ampla, elucidou fraternalmente:
- Um anjo, por ordem do Eterno Pai, tomou à própria conta um homem comum, desde o nascimento.
Ensinou-lhe a alimentar-se, a mover os membros e os músculos, a sorrir, a repousar e a asilar-se nos braços maternos.
Sem afastar-se do protegido, dia e noite, deu-lhe as primeiras lições da palavra e, em seguida, orientou-lhe os impulsos novos, favorecendo-lhe o ensejo de aprender a raciocinar, a ler, a escrever e a contar.
Afastava-o, hora a hora, de influências perniciosas ou mortíferas de Espíritos infelizes que o arrebatariam, por certo para o sorvedouro da morte.
Soprando-lhe ao pensamento idéias iluminadas aos clarões do Infinito Bem, através de mil modos de socorro imperceptível, garantiu-lhe a saúde e o equilíbrio do corpo.
Dava-lhe medicamentos invisíveis, por intermédio do ar e da água, da vestimenta e das plantas.
Vezes sem conta, salvou-o do erro, do crime e dos males sem remédio que atormentam os pecadores.
Ao amanhecer, o Pajem Celestial acorria, atento, preparando-lhe dia calmo e proveitoso, defendendo-lhe a respiração, a alimentação e o pensamento, vigiando-lhe os passos, com amor, para melhor preservar-lhe os dons; ao anoitecer, postava-se-lhe à cabeceira, amparando- lhe o corpo contra o ataque de gênios infernais, aguardando-o, com maternal cuidado, para as doces instruções espirituais nos momentos de sono.
No transcurso da vida, guiou-lhe os ideais, auxiliou-o a selecionar as emoções e a situar-se em trabalho digno e respeitável; clareou- lhe o cérebro jovem, insuflou-lhe entusiasmo santo, rumo à vida superior, e estimulou-o a formar um reino de santificação e serviço, progresso e aperfeiçoamento, num lar…
O homem, todavia, que nunca se lembrara de agradecer as bênçãos que o cercavam, fez-se orgulhoso e cruel, diante dos interesses alheios.
Ele, que retinha tamanhas graças do Céu, jamais se animou a estendê-las na Terra e passou simplesmente a humilhar os outros com a glória de que fora revestido por seu devotado e invisível benfeitor.
Quando experimentou o primeiro desgosto, que ele mesmo provocou menosprezando a lei do amor universal, que determina a fraternidade e o respeito aos semelhantes, gesticulou, revoltado, contra o Céu, acusando o Supremo Senhor de injusto e indiferente.
Aflito, o anjo guardião procurava levantar-lhe o ideal de bondade, quando um Anjo Maior se aproximou dele e ordenou que o primeiro dissabor do tutelado endurecido por excesso de regalias se convertesse em aflição.
Rolando, mentalmente, de aflição em aflição, o homem começou a recolher os valores da paciência, da humildade, do amor e da paz com todos, fazendo-se, então, precioso colaborador do Pai, na Criação.
Finda a historieta, esperou Jesus que Raquel expusesse alguma dúvida, mas emudecendo a servidora, dominada pela meditação que os ensinamentos da noite lhe sugeriam, o culto da Boa Nova foi encerrado com ardente oração de júbilo indefinível.

http://blog.forumespirita.net