quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Alamar e Dom Aldo Pagotto, em notável entrevista

"Os meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem". Assim disse Jesus. E Dom Aldo de Cillo Pagotto, hoje Arcebispo de João Pessoa, na Paraíba, entendeu muito bem esta máxima, praticando o amor a todas as criaturas, independentemente do rótulo religioso. Como bispo diocesano de Sobral, no Ceará, deu esta entrevista ao Alamar. Veja que homem digno e extraordinário.

Poema de Gibran



“Vós nascestes juntos e juntos permanecereis para todo o sempre.
Sim, juntos estareis até a memória silenciosa de Deus.
Mas que haja espaço na vossa junção.
E que os ventos do céu dancem entre vós.
Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão.
Que haja antes um mar ondulante entre as praias das vossas almas.
Enchei  a taça um do outro, mas não bebais da mesma taça.
Daí do vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai  e dançai juntos, mas deixai cada um de vós  estar  sozinho.
Assim como as cordas da lira são separadas e,  no entanto,  vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações,  mas não confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter vossos corações
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A morte do Espírito...



Wellington Balbo* – Bauru SP

Atualmente discute-se muito sobre segurança, mortes no trânsito, drogas, balas perdidas e tantas outras formas de violência.
São assuntos que, claro, devem ser sempre debatidos pela sociedade em geral para que os números diminuam e possa o Homem peregrinar por este planeta da maneira mais tranquila possível.
Entretanto, não obstante à violência que elimina o corpo físico do indivíduo, há outro tipo de violência que a meu ver é mais maléfica à criatura: a violência espiritual, a que mata o Espírito, a que arrebenta vidas por séculos e séculos.
Por conta de minha atividade profissional venho percebendo: o que mais mata as pessoas não é a violência física (claro, ela também mata), mas a violência espiritual que pode ser resumida numa palavra: Crueldade.
Sim, se um tiro mata o corpo, se um motorista embriagado ceifa vidas, não se pode esquecer que a crueldade mata o espírito.
A palavra cruel dita à uma criança sucessivas vezes, por exemplo, pode matar seu espírito para muitas existências...
Vocês dirão: O Espírito não morre!
É? Tem certeza que o Espírito não morre? Claro que morre; morre de crueldade.
Não podemos ser matadores de Espíritos!
A questão de número 208 de O livro dos Espíritos afirma que os pais exercem uma influência muito grande sobre a alma infantil, sendo, pois, responsáveis por educá-la nos caminhos do bem.
Ampliando um pouco mais compreende-se que a influência entre os Espíritos não se dá apenas na relação pais e filhos, mas de forma geral e sistêmica.
Estamos todos conectados neste Universo real e virtual!
Ou seja, ao estabelecermos contato com outras pessoas estamos influenciando e sendo influenciados, independentemente da idade biológica.
Gozações e piadas de mau gosto, por exemplo, feitas sucessivas vezes com um amigo adulto pode, obviamente, influenciá-lo a considerar-se um ser a parte na criação.
Muitos suicídios começam por ai. E, não pense que exagero, caro leitor, basta pesquisar o que se encontra por trás do autoextermínio e verificará o que aqui afirmo.
Portanto, jamais joguemos lama nos outros, isto é cruel de nossa parte.
Melhor a palavra que dá vida, que anima o espírito de disposição, que incentiva o outro a prosseguir em sua jornada, se possível feliz...
Porém, voltando às crianças, eu lido com elas diariamente e tenho visto a importância do reforço positivo em seus desenvolvimentos.
É necessário dar vida ao Espírito e não tirar-lhe o brilho nos olhos e a vontade de viver com alegria.
Percebo que, naquelas pequeninas almas velhas, a falta de brilho nos olhos é em decorrência de uma frase absurda ou um comentário maldoso dito sucessivas vezes à elas.
E isto, claro, vem aos poucos matando o seu espírito, a sua vontade de viver.
E, infelizmente, muitos pequenos crescem doentes, enfermos da alma, repletos de traumas, sem brilho nos olhos, sem vontade de viver por conta da violência que ficou impressa em seu espírito.
Por isso digo que o Espírito morre, não no sentido literal da morte, mas morre para a vida ao levar uma existência apática, sem brilho, sem cor.
Ah, se tivéssemos ideia real da força das palavras pensaríamos muito antes de “matar o Espírito”.
E, sejamos sinceros, para o Espírito retomar a vida depois de ser morto pela crueldade humana vai um tempo grande, mas muito grande mesmo, não raro, leva várias existências para tornar a viver...
Pensemos nisto com carinho...

*Wellington Balbo - Membro da Rede Amigo Espírita
Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tenha paciência



Ficamos muitas vezes intrigados com fatos e acontecimentos na nossa vida. Estamos o tempo todo achando porquês e justificativas. Quebramos a cabeça, procuramos ajuda em outros planos e, com frequência, nosso consciente vem com aquela famosa pergunta: Por que eu? Isto só acontece comigo mesmo.

Em primeiro lugar, saiba que o universo é rico em mistérios e para muitos deles, não estamos devidamente preparados para compreendê-los. Nestes casos será preciso alcançar um processo de evolução maior, ou seja, uma nova procura interior.

O famoso “isto só acontece comigo” é um julgamento antecipado dos seus pensamentos, como forma de justificar sua culpa por um erro incompreendido. Quando encontramos dificuldades na compreensão das coisas que nos cercam, a primeira medida a ser tomada é saber que para tudo há uma resposta, mesmo que naquele momento ela não seja tão evidente.

Quando isto acontecer, viva a vida plenamente sem olhar para trás, pois mais cedo ou mais tarde tudo se resolverá. Basta saber esperar!

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