sexta-feira, 25 de março de 2016

O sentido espiritual da Páscoa

Com a aproximação das festas religiosas da Páscoa, é preciso lembrar que muito mais do que a fixação das imagens de suplício e de dor, do Mestre na cruz, devem prevalecer em nossas mentes os exemplos de amor que Ele deixou. Sua figura calma e serena e suas lições de felicidade e esperança, essas sim, devem fazer parte das nossas lembranças, convidando-nos à nossa renovação constante de todos os dias e não apenas nas datas comemorativas.
A verdade é que fazemos parte de uma história, cujas tradições e hábitos ainda estão fortemente arraigados em nós, que já passamos entre idas e vindas por tantas fases de despertar e conhecimento espiritual. Por isso é bom saber sobre os feriados “santos” de que desfrutamos.

Afinal, o que é a Páscoa?
De acordo com a Torá, os judeus preparavam todos os anos a ceia tradicional da Páscoa, relembrando o êxodo do Egito de seus antepassados em busca da Terra Prometida. Vinda da palavra hebraica pesach, Páscoa quer dizer passagem, podendo significar passagem da escravidão para a liberdade, passagem da morte para a vida, do velho para o novo.
Para algumas escolas religiosas, a Páscoa encerra o sentido de ressurreição, isto é, a passagem da libertação do espírito para a Terra Prometida. Como preparo para essa época, há um período de 40 dias (quaresma), caracterizado por jejuns, penitências e reflexões; tristeza, dor e luto, abstnência de carne e longas orações.
Bastante suavizadas pela Igreja a partir dos anos 1960, por ocasião do Concílio Vaticano II, essas práticas aos poucos vão senso substituídas pela maior preocupação de se passar aos fiéis o sentido de transformação da morte em vida, como verdadeiro símbolo da Páscoa, a ressurreição do amor universal.


A ressurreição de Jesus


Como espíritas, sabemos que a ressurreição de Jesus se refere apenas ao seu aparecimento através de seu perispírito (corpo espiritual), materializado ou não, após a morte de seu corpo físico, afinal ele mesmo dissera que não teria vindo para derrogar as leis, no caso as divinas, eternas e imutáveis. A Páscoa para nós representaria, então, o retorno de Jesus à vida espiritual, interessando-nos muito mais as lições que Ele deixara através de tantos exemplos, do que as festas, cerimônias e rituais que foram instituídos para recordar sua passagem terrena.
Diante das comemorações da Semana Santa, vale a pena salientar, contudo, algumas considerações oportunas sobre o assunto, à luz da doutrina espírita.
Praticar o jejum ou aplicar uma mancha de cinza no corpo, por exemplo, de forma alguma apagarão “pecados” ou outorgarão virtudes, algo que é de teor interno, do espírito, e que somente nós mesmos conseguiremos no decorrer de nossas várias experiências, com muito amor, esforço e trabalho.
Os apóstolos de Jesus, também, por exemplo, não eram adeptos do jejum, como estabelecia a tradição judaica da época, tendo o Mestre inclusive comentado que o que de fora entra no homem não pode contaminá-lo, porque não entraria no seu coração, mas no seu ventre, e de lá seria portanto lançado fora, nada lhe restando na essência espiritual.
Jesus ensinou mesmo que é o que sai do coração do homem que contamina e não o que entra pela boca. É que do interior do coração saem os maus pensamentos, as avarezas, a idolatria, a inveja, a blasfemia, a soberba e a loucura, afastando-o de Deus. (Leia-se Marcos 7:13-23)

Jesus vitorioso
É bom lembrar ainda que Jesus sabia, durante a realização da última ceia com os apóstolos, por ocasião das comemorações da Páscoa judaica, que se aproximava o momento de seu retorno à patria espiritutal. Como Jesus poderia anunciar sua despedida com tanta segurança? Somente um espírito muito evoluído poderia ter passado por tantos suplícios físicos e morais com tamanha coragem, fé e serenidade, dando incansavelmente seu testemunho de amor e fraternidade, exemplos de quem sabia verdadeiramente amar.
Ciente de sua vitória espiritual, da sua missão cumprida através de sua vinda à Terra, não lhe cabia o papel de derrotado, de decepções e mágoas como numa relação familiar comum entre espíritos menos evoluídos, que vemos todos os dias pela própria necessidade de nosos aprendizados.
Jesus não tinha o que aprender. Por isso, embora açoitado e crucficado, contava com a resignação dos que confiam, dos que têm o conhecimento da verdade e da justa medida do bem-sofrer. “Não se turbe o vosso coração; na casa do meu Pai há muitas moradas; vou prepará-los e vos levarei comigo; orai e vigiai pra não entrardes em tentação; minha paz vos dou; se eu não for, o Consolador não virá” foram algumas dessas lições de sabedoria que ele deixou, por amar e conhecer em identidade com o Pai.
Daí outras belas lições; “eu e o Pai somos um”, “podeis fazer o que eu faço e muito mais”, “não sou eu que faço, mas o Pai que vive em mim”.
Sem a interpretação espiritual da letra, impossível compreender a profundidade de tantos ensinamentos.

A beleza das lições
Inúmeros exemplos. Mas que não foram suficientes para que a figura de Jesus não fosse senão lembrada e relembrada na Terra como sinônimo de chagas, espinhos, sangue, desilusão, sofrimento.
Se analisarmos sua tarefa terrena, ficaremos emocionados, sim, mas muito mais tocados pela beleza da imensa lição de amor e de sabedoria que representou sua vinda até nós, da sua verdadeira comunhão com Deus por compartilhar, pelo seu grau evolutivo, das Suas ideias. Passagens que trazem a alegria da fé, a esperança, o consolo e a coragem dos que sabem amar.
Essa visão mais positiva – bem oposta, aliás, àquela que nos tem sido passada, principalmente nos tradicionais filmes reprisados nessa época da chamada Semana Santa, de dor, tristeza, lamento, traição e desilusão –, faria com que toda a Humanidade aprendesse a ver realmente o período da Páscoa como mais uma oportunidade de reflexão e renovação, de estímulo para se cultivar as virtudes, porém sem culpas ou remorsos; muito mais com a certeza de incentivo para que participemos ativamente dessa passagem, no esforço de cada dia nesse banquete íntimo de renovação de nós mesmos.
Esta foi a verdadeira misão de Jesus na Terra: exemplificar, mostrar não somente a Lei, mas vivenciá-la em sua plenitude, indicando os caminhos para melhor cumpri-la e sermos mais felizes. Uma felicidade que não é deste mundo, dirão alguns mais afoitos, desanimando-se, por não entenderem que esse mundo não se refere somente à morada terrena, mas ao mundo das coisas puramente materiais, às quais espíritos ainda imperfeitos que somos estão sujeitos em seu caminho evolutivo, como o livro adequado que têm à disposição para seu aprendizado.
A felicidade de que Jesus nos fala se relaciona às aquisições espirituais. E isso é Páscoa, é renovação. Tem por base o desenvolvimento do amor e do conhecimento, que exigem trabalho, observação, dedicação, estudo e prática no exercício do Bem, por amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. E esse é o nosso desafio, base da lei para começarmos a compreender o que seria afinal ser feliz e não estar feliz.
Essa mudança requer renovação interior e pode até mesmo começar na Páscoa, por que não? É olhar para dentro de si mesmo e reconhecer-se, esforçando-se para arrumar o que ainda nos faz sofrer.

O perdão de Jesus
Outro ponto importante a considerar é que Jesus não perdeu uma única oportunidade para nos auxiliar na busca dessa felicidade. Não vai trilhar por nós, e deixou isso claro. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Sigamo-lo, então.
Ciente das nossas imperfeições, compreendendo o nosso estado evolutivo, não haveria motivo para nos culpar pela sua condenação e morte, para passarmos depois a adorá-lo num mea culpa sem fim como símbolo da nossa rebeldia. Não. Ele não falou da Boa Nova para nos conquistar pela culpa, deixando nossos corações amargurados e apertados, sofrendo o remorso até o fim de nossos dias, reservados à tristeza e à monotonia de uma fé imatura de pedidos e mais pedidos de perdão. Isso não seria segui-lo.
De que serviriam tantas clemências com tão poucas oportunidades de reformulação? Tanto Jesus sabia da nossa inferioridade e da nossa necessidade de amor e discernimento, crianças espirituais, tolas ainda, que ele mesmo pediu: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”
O Mestre veio, assim, nos salvar da ignorância, mostrando o amor, como a outra face para a solução dos nossos problemas. Trouxe uma nova ordem, para atingirmos a felicidade, que se prendia muito mais às coisas do espírito. E ensinou que a misericórdia divina está justamente na dádiva das inúmeras oportunidadesque nos são concedidas para aprender e amar.
Que aproveitemos, assim, então mais uma delas. Boa reflexão, boa renovação, boa Páscoa a todos!

Escrito por Eliana Ferrer Haddad
Publicado em http://www.correiofraterno.com.br


quarta-feira, 23 de março de 2016

O Espírita e a Páscoa

Jesus, quando esteve na terra, trouxe uma mensagem totalmente inovadora, baseada no perdão, no amor e na caridade.
Para aquele povo ainda tão materialista e primitivo foi difícil aceitar um novo Messias manso e pacífico, quando esperava um líder guerreiro e libertador da escravidão.
Os governantes da época temeram ser ele um revolucionário que ameaçaria o poder por eles constituído.
Por esses motivos, Jesus foi condenado à morte, crucificado, maneira pela qual os criminosos eram executados. Como um ser de elevada evolução reapareceu em espírito - não em corpo material - aos apóstolos e a várias pessoas.
Assim ele comprovou a existência do espírito, bem como a sobrevivência após a morte física e incentivou a continuidade da divulgação de sua mensagem, missão essa desempenhada pelos apóstolos e seus seguidores.  
A ciência já comprovou a impossibilidade da ressurreição, ou seja, voltar a viver no mesmo corpo físico após a morte deste, pois poucos minutos após a morte os danos causados ao cérebro são irreversíveis, já se iniciando o processo de decomposição da matéria.
Jesus, portanto, só se mostrou com o seu corpo perispirítico, o que explica o fato de só ter sido visto pelos que ele quis que o vissem. Se ele ressuscitasse em seu corpo carnal estaria contrariando as leis naturais, criadas por Deus.
Sabemos que para Deus nada é impossível, portanto poderia Ele executar milagres.
Mas iria Ele derrogar as leis que Dele próprio emanaram?
Seria para atestar seus poderes?
O poder de Deus se manifesta de maneira muito mais imponente pelo grandioso conjunto de obras da criação e pela sábia previdência que essa criação revela, desde as partes mais gigantescas às mínimas, como a harmonia das leis que regem o universo.
Através do Espiritismo compreendemos que não existem milagres, nem fatos sobrenaturais.
A Doutrina codificada por Allan Kardec não possui dogmas, rituais, não institui abstinências alimentares, nem possui comemorações vinculadas a datas comerciais e cívicas. Por isso os espíritas não comemoram a morte nem o reaparecimento de Jesus.
O Espiritismo nos ajuda a entender os acontecimentos da passagem de Jesus no plano terra e esclarece que a Páscoa é uma festividade do calendário adotada em nossa sociedade por algumas religiões.
Para os espíritas a Páscoa, como qualquer outro período do ano, deve ser um momento de reflexão, estudos e reafirmação do compromisso com os ensinamentos do mestre, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.
O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente atesta a sua superioridade, foi a revolução que os seus ensinamentos produziram no mundo, apesar da exiguidade dos seus meios de ação.


Texto de Ivan Bottion - Publicado no Boletim informativo do Grupo Espírita Seara do Mestre

domingo, 20 de março de 2016

Empresa oferece vaga para viajar e beber cerveja com salário de R$ 48 mil

Já pensou ser pago para viajar, comer e beber cerveja? Isso já é a realidade na empresa World of Beer que está com inscrições abertas. Segundo o site 'Thrillisttrês', a multinacional procura três estagiários para visitar cervejarias do Estados Unidos e do exterior, degustar todos os tipos da bebida e escrever sobre a aventura em um blog. Tudo isso com uma bolsa-auxílio de 12 mil dólares, cerca de R$ 48 mil, além de alimentação e hospedagem. 
 As inscrições podem ser feitas por americanos e pessoas de todo o mundo que tenham autorização para trabalhar no país. O prazo vai até dia 26 de março, e para concorrer a vaga você deve ir até o site fazer a inscrição, gravar um vídeo dizendo porque você é a pessoa certa para o trabalho e divulgá-lo nas redes sociais.
A empresa fará entrevistas com os interessados nos Estados Unidos. Os três estagiários serão contratados em abril, e o trabalho será realizado durante o Verão norte-americano.


A Preparação

A fim de ser preservado e mantido, o corpo exige cuidados vários, desde a higiene à conservação das peças que o constituem, sem o que inumeráveis males lhe perturbam o equilíbrio, interrompendo-lhe a existência.
Assim também a alma. Responsável pela organização somática, é a geradora de forças que facultam a vida física, exigindo, por consequência, atendimento especial, sem o que se lhe desarticulam os equipamentos sutis, fazendo-a tombar no desfalecimento ou na alucinação com todos os prejuízos disso decorrentes.
Desse modo, antes de qualquer atividade, ao iniciar-se o dia, reserva-lhe alguns minutos para a sua sustentação.
Faze uma pequena leitura de página otimista e consoladora, que te fixe clichês mentais positivos e agradáveis.
Medita um pouco no seu conteúdo valioso, como a imprimi-lo nas telas delicadas da memória, de modo que dele te impregnes, estabelecendo uma disposição favorável às lutas que enfrentarás.
Encerra esses minutos com uma prece, através da qual intentes sintonizar com o pensamento da sabedoria universal, haurindo inspiração e forças no amor de Deus.
Equipado com estas energias, terás atendido, em terapia preventiva, a tua realidade eterna – o eu espiritual – podendo, então, partir para os primeiros confrontos da experiência do teu novo dia.
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Divaldo Pereira Franco Pelo Espírito JOANNA DE ÂNGELIS