domingo, 30 de setembro de 2012

Jovens talentos We are The World Raul Gil 25 12 10


Nós Somos o Mundo

Chega o momento quando nós ouvimos uma certa chamada.
Quando o mundo deve vir junto como um.
Há pessoas a morrer..
E é tempo de dar uma mãozinha para a vida.
O maior presente de todos.
Nós não podemos continuar , fingindo todos os dias.
Alguém, nalgum lado mais tarde vai ter a mudança.
Nós somos todos da fantástica e grande familia de Deus.
E é verdade , tu sabes , amor é tudo o que precisamos.

Refrão:
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.
Enviem-lhes os vossos corações
Assim eles vão saber que alguém se importa com eles.
E as suas vidas vão ser mais fortes e livres.
Como Deus nos mostrou como tornar pedras em pão.
E então nós todos devemos emprestar uma mãozinha de ajuda.
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.
Quando estás em baixo e fora , parece que não há esperança nenhuma .
Mas se acreditares que não há maneira de nós cairmos .
Bem , bem , bem , bem deixa-nos perceber que a mudança só pode vir .
Quando nós,
aguentarmos junto como um .
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.

(Bob Dylan)
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

(Refrão)
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.

É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

(Refrão)
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.

Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.

Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.

Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

(Refrão)
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

(Refrão)
Nós somos o mundo, nós somos as crianças.
Nós somos os únicos que fazem o dia brilhante
Então vamos lá começar a doar.
Havia uma escolha que estávamos a fazer.
Estávamos a salvar as nossoas próprias vidas.
É verdade , nós vamos fazer um dia melhor.
Apenas tu e eu.

Nada na vida é por acaso

Culpa e Consciência



 “A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos. Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou através de complexos mecanismos de autopunição inconsciente.
Suas raízes podem estar fixadas no pretérito - erros e crimes ocultos que não foram justiçados - ou em passado próximo, nas ações da extravagância e da delinquência.
Geradora de graves distúrbios, a culpa deve ser liberada a fim de que os seus danos
desapareçam.
A existência terrena é toda uma oportunidade para enriquecimento contínuo. Cada instante é ensejo de nova ação propiciadora de crescimento, de conhecimento, de conquista.
Saber utilizá-lo é desafio para a criatura que anela pela evolução espiritual.
Águas passadas não movem moinhos – afirma o brocardo popular, com sabedoria -.
As lembranças negativas entorpecem o entusiasmo para as ações edificantes, únicas
portadoras de esperança para a liberação da culpa.
Desse modo, quem se detém nas sombrias paisagens da culpa ainda não descobriu a
consciência da própria responsabilidade perante a vida, negando-se à benção da libertação.
Sai da forma do arrependimento e age de maneira correta, edificante.
Reabilita-te do erro através de ações novas que representam o teu atual estado de alma.
A soma das tuas ações positivas quitará o débito moral que contraíste perante a Divina
Consciência, porquanto o importante não é a quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si mesma em relação à harmonia universal.
A culpa deve ser superada mediante ações positivas, reabilitadoras, que resultarão dos
pensamentos íntimos enobrecedores.”

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Meditação

sábado, 29 de setembro de 2012

Problemas do Amor

"... que vosso amor cresça cada vez mais no
pleno conhecimento e em todo o discernimento."
- Paulo. (Filipenses, 1:9.)
O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se "avareza"; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se  o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em "egoísmo"; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se "inveja".

Paulo, escrevendo à amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes".

Instruamo-nos, pois, para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão-somente com o "querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.




- por Emmanuel (Espírito) & Francisco C. Xavier -
Obra: Fonte Viva.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Religiosos e eleições

Muitos acham que religião não deve ser misturada com política. Há uma grande diversidade de opiniões e, inclusive, diretrizes absurdas como a determinação de que “não se pode falar em política na Casa de Deus”. E você, caro leitor, acha coerente e sensato se omitir em relação aos problemas do município, do estado e do País? Acha que não devemos ter preocupação com respeito a escolha de quem nos governará? Será que tanto faz quem vai comandar tudo isto, que não tem problema nenhum? Se sua resposta é sim, então me responda: Por que o mal prolifera na Terra? Não sabe? Então eu respondo: Por omissão dos bons.

Que a religião não se envolva em política partidária, isto sim, está correto, pois que os partidos políticos não estão preocupados com os problemas do país, estão preocupados com as suas conveniências e os interesses dos seus caciques. Aí está o julgamento do “Mensalão”, que  escancara o que a sem-vergonhice político partidária é capaz de fazer.
 
Mas daí a entender que não devemos nos envolver com a política em si, é de uma incoerência sem tamanho, porque caracteriza crime de omissão. Devemos sim, nos preocupar com coisas materiais, meu irmão. Não devemos nos preocupar  “Só” com coisas materiais, isto sim.

Eu alcancei uma época em que, por exemplo, vereadores não tinham salários. A Câmara Municipal era composta por homens dotados de espírito público, que dedicavam parte do seu tempo para debater sobre assuntos do interesse da sociedade.Todos tinham suas ocupações na lida diária, afinal, tinham que ganhar o pão de cada dia com o trabalho. Havia, é claro, políticos profissionais entre eles. Eram aqueles que estavam ali para defender os interesses dos seus caciques políticos, que geralmente lhes oferecia algumas benesses do poder.  Aproveitadores e oportunistas sempre existiram e sempre existirão.

Quando vereador passou a ter salário toda sorte de vagabundos, desonestos e oportunistas passou a disputar as eleições. Com isso, as pessoas de bem se afastaram com a frágil desculpa de que não queriam nem deveriam se misturar com aqueles. Esse foi o grande erro. O espaço ficou vago e foi ocupado porque quem não devia. Agora, as pessoas de bem são governadas por eles.

Os religiosos devem sim participar mais ativamente das eleições. Não digo que ser religioso seja ter certificado de bom caráter e honestidade. Pelo contrário. Hoje em dia os meios religiosos estão infestados de pessoas despidas de virtudes. Mas o povo certamente saberá separar o joio do trigo.
Basta que não se deixe ser manipulado, não permita que a sua consciência seja conduzida conforme conveniências de outros, não seja fantoche nem marionete de ninguém. Não vamos permanecer nesta omissão irresponsável. Vamos nos envolver na política pra valer.

Cristóvam Aguiar - jornalista

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ponto negro



Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala.
Na medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente.
O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco.

Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão:

Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?

Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas.

Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam.
 
Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom.
Se um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e, num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele até então, muda totalmente.
É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro.
Não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente.
Temos sido tão exigentes com os outros!
Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia.
Um casal completava seus 60 anos de matrimônio, e uma das netas perguntou à avó: Vózinha, como é que a senhora aguentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar.
 
A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta:
É simples, minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas.
Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional e a balança tende a pender mais para esse lado.
Vez por outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos.
Saibamos valorizar as boas ações.
Não façamos como os alunos, que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco.
Eduquemos a nossa visão para perceber melhor as coisas boas da vida. Desenvolvamos a nossa capacidade de ver e valorizar tudo o que nos acontece de bom.
 
* * *
Os benfeitores da Humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes para com nosso próximo.
Contrariando tal recomendação, a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muito severos para com os equívocos alheios.
Vale a pena meditar nos ensinos que nos chegam do Alto. Vale a pena que exercitemos o perdão aos semelhantes. E vale também a pena que sejamos mais exigentes conosco, buscando sempre melhorar nosso comportamento.

Redação do Momento Espírita

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Mandamento Maior



Tomamos conhecimento através de leitura em revistas especializadas, que “a informação científica tem sido um dos insumos básicos para o desenvolvimento científico e tecnológico de uma nação. No atual momento vivenciado pela sociedade contemporânea há um reconhecimento que a ciência, tecnologia e inovação constituem-se fatores diferenciadores do desenvolvimento social e econômico de países e regiões” (Rocha & Ferreira, 2004).

Nos dias atuais o homem já conta, entre outras coisas, com a cirurgia virtual, investigações com células-mãe, robótica, telefones por internet, televisões de plasma, viagens espaciais, prevendo-se para o futuro, computador de DNA, base permanente na Lua, energia limpa, missão tripulada para Marte, cura do câncer, transplante de cabeça, viagem para o centro da Terra, etc., etc... E tudo isto em pouco mais de 130 anos, já que no inicio do século passado, o homem ainda precisava da tração animal para se locomover, a lâmpada elétrica de Edison, apareceu no ano de 1879, e que a viagem inaugural do “14-Bis” aconteceu em setembro de 1906.

Entretanto, neste mesmo curto período, o homem já conviveu com duas grandes guerras e outras regionais, que levaram dor e lágrimas para milhões, o que nos leva a concordar que o avanço cientifico e tecnológico não foi acompanhado pelo indispensável avanço moral e espiritual. E é por esta razão que a Espiritualidade Maior vem nos advertindo (1): “Iluminemos o raciocínio sem descurar o sentimento”. Sem isto, o homem continuará a monumentalizar cidades importantes e a estabelecer engenhos para destruí-las; levantar embarcações que se alteiam como sendo palácios flutuantes e a criar o torpedo que as põe a pique; asas metálicas poderosas que, em tempo breve, transportam o homem, através de todos os continentes e aprumar os bombardeiros para destruir suas casas; alçar a cirurgia às inesperadas culminâncias e aprimorar as técnicas do aborto; realizar incursões a pleno espaço, examinando do alto os processos mais seguros para efetuar aniquilamentos em massa pelo foguete balístico.

“A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu, até hoje, frenar o poder das trevas”. Por insto é que Jesus colocou como primeiro ensinamento: “Espíritas, amai-vos!”.

(1) Emmanuel – “Livro da Esperança”.
 
Editor - O mensageiro - agosto 2012

Renato Russo- Pai Nosso.wmv

Tem gente que casa como compra apartamento: já pensando na reforma

Muitas vezes os problemas de relacionamento estão na origem: planta-se uma determinada semente, mas espera-se que cresça um outro tipo de árvore. É o assunto do post da professora e psicóloga carioca Mônica El Bayeh, em Mulher 7 X 7.

Construir um pomar é transformar terra em sabor. Escolher as sementes já com a água na boca do que se espera colher no futuro. Quem planta conta com a colheita. É fato. Espera um retorno.
Quando escolhemos um parceiro, estamos determinando uma parte do sabor do nosso pomar. Mas, inexplicavelmente, tem plantador que compra sementes de limão, na esperança de colher laranja lima. Não é que tenha comprado enganado. Apenas acha que, com o tempo, o sabor vai mudar. Planta seus limões bem feliz. Depois se espanta com o resultado da colheita. Estranha o azedume, faz cara feia. Não escolheu o limão? Esperava o que?
Vejo acontecer no consultório.  As pessoas escolhem o parceiro como se procurassem apartamento.  Já compram contando com a reforma.  A pessoa é daquele jeito.  Aceitou ou não aceitou?
Aceitam ficar com um coqueiro e passam a vida reclamando porque ele não dá manga.  O que poderia ser doce sabor é provado como água salobra.
Todos nós temos alguma coisa para dar.  Assim é também com o limão.  Limão é boa fruta.  Mas não é uma laranja lima. Nunca será. Faz limonada, caipirinha.  É rico em vitamina C.  Inigualável como tempero. Possui várias finalidades.  Tem seu próprio sabor, e pode ser ótimo.  Mas uma triste sequência de sustos e desilusões entre o que se planta e o que se espera colher desqualifica o limão, o reduz a zero.
É preciso saber receber, validar, reconhecer o valor do parceiro que está ao seu lado.  Cada um é único.  Com seus defeitos e qualidades.
Com famílias e casais muitas vezes esse mal entendido é o início do fim.
Esperar que o outro seja diferente de sua essência inviabiliza qualquer relação.  Mina a parceria.  Cria pequenas rachaduras, discretas infiltrações que vão aparecendo aqui e ali nas cobranças diárias.  Muitas vezes se acha mais prático nem notar, fingir que não vê.  Mas elas estão ali.  E tendem a aumentar.
A dinâmica é essa.  Um demonstra seu carinho, mas não exatamente da forma esperada pelo outro.  Então não é bem recebido.  Esse tipo de expectativa vai cavando um abismo entre as pessoas.  Reclamam as que presenteiam, porque se entregaram e não foram bem aceitas na forma como o fizeram.  As que recebem, porque não reconhecem como presente aquilo que lhes foi dado.  E continuam na falta, ressentidas, distantes.  Muitos relacionamentos se desfazem assim. Fica cada um de um lado, ferido, magoado.  Como se falassem línguas distintas, vão interrompendo a comunicação do amor.  O que era para ser um pomar vira terreno baldio.
A relação vai se desfazendo ponto por ponto como uma trama de tricô rasgada.  Um bordado que vai soltando a linha e desfazendo seu desenho original.  O que era figura, agora se desfigura.  O amor vai saindo aos poucos, pela porta da frente.  Sem que nada seja feito ou percebido.  Quando a porta bate, a ficha cai. 
Mas, aí já foi.  Muitas vezes, é tarde demais.
Relação é parceria.  Cada um dá o que pode, o que tem. Cada um de uma forma própria saberá de falar do seu amor.  Porque amor é rio, tem que desembocar em algum lugar.  Onde?  É preciso boa vontade em descobrir, mapear seus afluentes.  Em vez de ficar esperando que venha só como a gente quer receber.  Ou se fechar na espera vã de que o outro adivinhe nosso desejo.  É preciso saber qual é a forma que cada um tem de demonstrar o que sente.
Plantação depende de boa parceria entre a terra e a semente.  Que a terra se deixe fecundar.  Que a semente confie para se abrir. Relacionamento é assim.  É cuidado, investimento, coragem e paciência no tempo que leva para brotar.
Relação é bumerangue.  O que você recebe é o retorno do que cultivou.  É via de mão dupla.  O que vai, em algum momento volta.  É certo.
O pomar da vida funciona assim:  Plantou doce, tem doce.  Plantou cactos, tem espinho.  Plantou comigo ninguém pode, tem veneno.
Seu pomar é o espelho da alma.  Pense a respeito.  Que árvore você é?  O que você planta no seu jardim?

Deu branco

Este é um assunto que costuma povoar a mente de toda mulher. A grande maioria não consegue conviver bem com cabelos brancos. Eu brinco muito com este assunto e não me preocupo tanto, também aos 54 anos tenho ainda poucos fios brancos. Mas, acho que, pensando bem, a jornalista Ana Celia descreve bem esta situação. Pinta uma insegurança danada, sim. Mas, vamos ao texto de Ana.


Será que para assumir o grisalho a mulher tem que ser alta? Alta, descolada, rica, inteligente, bonita e ainda ter um algo a mais. Segundo o Murilo Souza, cabeleireiro do MG Hair, em São Paulo, nada de madeixas longas. Brancos pedem um corte curto, atual. Aí penso: meu Deus, eu não estou me vendo com esse visual.

 Não tenho a pinta da Meryl Streep, em “O Diabo Veste Prada” (foto abaixo) – e muito menos o poder da Christine Lagarde, diretora mundial do FMI (foto ao lado).


Melhor parar tudo. Deve ter algo de errado aqui. Esse tipo de insegurança deveria bater numa adolescente, não em uma mulher da minha idade que é dona do seu nariz e que não tem problemas com o seu corpo – não vamos falar dos pneuzinhos, ok? Pelo menos não dessa vez.

Voltando à minha vontade de arriscar uma “grisalourice”, resolvi consultar alguns especialistas no assunto para ver como fazer a passagem do momento tricolor para o gradual loiro grisalho. Em tempo, a cor natural dos meus cabelos é loiro escuro. Eis as opções:

a)   Fazer mechas mais escuras do que a coloração atual para que o cabelo vá voltando, aos poucos, à sua cor de origem. Passar henna na raiz. Se as madeixas desbotarem nas pontas, mais mechas serão aplicadas para ajudar a tapear o momento tricolor.

Depois dos óculos de grau na ponta do nariz para ler aquelas letras miúdas dos cardápios nos restaurantes, o que mais estava por vir?  Ele, claro, o cabelo branco na front, na minha front.
Toda vez que subo no elevador e me olho no espelho, percebo o quanto estou ficando tricolor. Não, não estou falando de time de futebol. Chego ao ponto de ficar com três cores no cabelo ao final do mês.
Quando li “Meus cabelos estão ficando brancos”  (Going Grey), da escritora americana Anne Kreamer, pensei que na minha hora ia ser mais fácil. Pura ilusão. Fui ficando cada vez mais loira, loira, até chegar nessa fase tricolor. E agora, o que eu faço?
Até os melhores cabeleireiros execram as mulheres que resolvem deixar à mostra seus fios brancos. Claro, ter a cliente assiduamente pagando pela coloração mensal é ganho certo.
Para quem imagina que só precisa assumir a cabeleira grisalha e o problema está automaticamente resolvido, ledo engano. Dá um trabalho danado. Vide os xampus, cremes e sei lá mais o quê que meu marido tem no box do banheiro. Ah, mas homem grisalho é outra história. Eles ficam charmosos, experientes, envolventes… Já eu, bem, ainda não estou tão certa.

Como ficarei com óculos de leitura, cabelos grisalhos e o aparelho móvel que comecei a usar para corrigir os dentes da frente depois dos 40 anos?
b)   Descolorir todo o cabelo e encarar o branco de uma vez só.
c)   Continuar tricolor e segurar a bucha!
 O que você faria no meu lugar?

Ana Celia Aschenbach - Mulher 7 X 7

domingo, 23 de setembro de 2012

Intolerância

Cristóvam Aguiar*   

Os muçulmanos estão irritados por conta de um filme veiculado na Internet por um americano, e algumas charges publicadas por uma revista francesa. Em ambos os casos o profeta Maomé, líder político e religioso do povo árabe, fundador do Islamismo, é ridicularizado. Isso despertou a fúria dos seus seguidores que pelo mundo inteiro passaram a atacar embaixadas (principalmente americanas) e matar pessoas. 
Pesquisas apontam que 80% das guerras em andamento no mundo atual, têm motivos religiosos ou financeiros. Observando a história verificamos que a religião sempre foi usada como escudo pelos senhores da guerra para esconder os seus verdadeiros interesses. Sempre se matou muito em nome de Deus.
         Eu entendo que fé é uma coisa muito intima em cada ser humano. A maior graça que o criador deu ao ser humano foi o livre arbítrio. Temos o direito de escolher o caminho que queremos seguir. Podemos até crer ou não em Deus. Podemos escolher qualquer religião também. Os Evangelhos cristãos relatam que Jesus enviou seus discípulos pelo mundo afora para anunciar a Boa Nova e buscar mais adeptos à nova religião que surgia, o Cristianismo. Mas não se tem notícia de que ele tenha dito que se deveria prender, arrebentar e matar quem não o aceitasse como o Messias.
         Esse é o problema com as religiões. Seus líderes em geral querem converter as pessoas através do uso da força e do terror. Quem não crê no seu Deus, no seu profeta, e não segue seus ensinamentos, é infiel e deve morrer. Eu acho muito engraçado quando alguém me diz que sua alma está salva porque pertence a tal religião, e que quem não seguir o mesmo caminho vai queimar no fogo eterno. Em geral são aquelas pessoas simples, que passam muito tempo nas igrejas resmungando preces mas sem ter a menor noção do que estão dizendo.
         Nos dias de hoje abrir uma igreja virou um grande negócio. E é fácil. Com menos de R$ 500 qualquer um pode dar entrada na papelada e fundar a sua igreja que é totalmente isenta de impostos, não presta conta ao governo de nada do que arrecada, compra produtos importados com isenção do IPI, os filhos do orientador espiritual estão desobrigados de prestar serviço militar, é uma baba. Negócio melhor não conheço. Basta ter algum conhecimento e conversa de camelô para ter sucesso na empresa.
         Eu não concordo com agressões em geral. Ninguém tem o direito de ridicularizar a fé alheia. Mas ninguém também tem o direito de sair matando pessoas inocentes porque algum idiota fez piadas de mau gosto. Que mal fizeram aquelas pessoas que trabalham nas embaixadas? Elas estão ali com a função de facilitar o intercambio entre países e, também, com a missão de proporcionar entendimento entre os povos.
         Como homem de fé, cristão, desperto, alijado de paixões e sectarismo, se alguém falar mal do Cristo na minha presença, no máximo poderei dizer: “Pai. Perdoa. Ele não sabe o que faz”!

*Cristóvam Aguiar é escritor, radialista e jornalista.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Oi Jesus, Eu Sou o Zé

Cada dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na igreja e, poucos minutos depois, saía. Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia, pois havia objetos de valor na igreja.
Venho rezar, respondeu o velho.
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.
Bem, retrucou o velho, eu não sei rezar aquelas orações compridas. Mas todo dia, ao meio dia, eu entro na igreja e falo:
"Oi Jesus, eu sou o Zé. Vim visitar você."
Num minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.
Alguns dias depois, Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. Na enfermaria, passou a exercer grande influência sobre todos.
Os doentes mais tristes tornaram-se alegres e, naquele ambiente onde antes só se ouviam lamentos, agora muitos risos passaram a ser ouvidos.
Um dia, a freira responsável pela enfermaria aproximou-se do Zé e comentou: Os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre, Zé...
O pobre enfermo respondeu prontamente: É verdade, irmã. Estou sempre muito alegre! E digo-lhe que é por causa daquela visita que recebo todos os dias. Ela me faz imensamente feliz.
A irmã ficou intrigada. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Aquele velho era um solitário, sem ninguém.
Quem o visita? E a que horas? Perguntou-lhe.
Bem, irmã, todos os dias, ao meio dia, Ele vem ficar ao pé da cama por alguns minutos, talvez segundos... Quando olho para Ele, Ele sorri e me diz:
"Oi Zé, eu sou Jesus, vim te visitar".
* * *
A história é singela e seu autor é desconhecido.
No entanto, o ensinamento que contém nos faz refletir profundamente.
Fala-nos da fé, da simplicidade, da dedicação e da perseverança.
Quem de nós dispõe, como o Zé, diariamente, de alguns minutos para falar com Jesus?
Muitos ainda confundimos a oração com um amontoado de palavras que vão saindo da boca, destituídas de sentimento e de humildade.
Quantos de nós temos tal perseverança, tanto nas horas de alegria quanto nas de dor, para elevar o pensamento a Jesus, confiando-lhe a nossa intimidade, com a certeza de que Ele nos ouvirá?
A oração é uma ponte que se distende da alma opressa para que o alívio possa chegar.
É o fio misterioso, que nos coloca em comunhão com as esferas divinas.
É um bálsamo que cura nossas chagas interiores.
É um templo, em cuja doce intimidade encontraremos paz e refúgio.
Enfim, para as sombras da nossa alma, a oração será sempre libertadora alvorada, repleta de renovação e luz.
É importante que cultivemos a fé inabalável nas soberanas leis que regem a vida e das quais o Sublime Galileu nos trouxe notícias.
É preciso orar, ainda que a nossa oração seja singela, mas que seja movida pelo sentimento.
* * *
Orando, chegarás ao Senhor, que te deu, na prece, um meio seguro de comunicação com a infinita bondade de Deus, em cujo seio dessedentarás o Espírito aflito...

Redação do Momento Espírita

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

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