quarta-feira, 30 de abril de 2014

Baixa estima e seus perigos

O complexo de inferioridade consiste em um conjunto de ideias que foram recalcadas no inconsciente da criatura em tenra idade, associadas às já existentes pelas experiências obtidas em vidas pretéritas.
Ele age sobre a conduta humana, provocando sentimentos gratuitos de culpa, excessiva carga emotiva relacionada a pensamentos de baixa estima, frequente sensação de inadequação e constante frustração em decorrência da desvalorização da capacidade e habilidade pessoal.
O sentimento de autopiedade pode nos tornar doentes fisicamente.
Uma espécie de “invalidez psíquica” envolve-nos a existência e, a partir daí, sentimo-nos inferiores e incapazes, levados a uma perda total da confiança em nós mesmos.
A piedade aqui referenciada, é o sofrimento moral de pesar ou aflição que sentimos por autopunição. Ter pena ou dó, em muitas circunstâncias, pode não ser um sentimento verdadeiro, mas sim uma obrigação social aprendida, a ser demonstrada diante do infortúnio alheio.
No entanto, a sensação que experimentamos de amor, permeada de respeito e afeição pelos outros, revela-nos os reais sentimentos denominados de benevolência e compaixão. A baixa estima ou autopiedade, pode nos levar a ser vítimas de nós mesmos, pois estaremos somatizando essas emoções negativas em forma de doenças.
Os sintomas da enfermidade podem ser considerados a forma física de expressar uma atitude interna, ou mesmo um conflito.
Portanto, doentes não são somente as vítimas inocentes de algum desarranjo da natureza, mas também os facilitadores de sua própria moléstia.
O acontecimento em si mesmo, nunca tem muito sentido; precisamos aprender a discernir o que há por trás do aspecto físico, ou seja, atingir o conteúdo metafísico das coisas. A importância e a mensagem de um fato ou de um acontecimento somente aparecem clarificadas, quando interpretados em sua significação; é isso que nos permite a compreensão completa de seu sentido.
Quando deixamos de interpretar as ocorrências da vida e o segmento natural que implicará seu destino, nossa existência mergulhará numa total falta de sentido.
A doença sempre tem uma intencionalidade e um objetivo, surgindo nas criaturas de baixa estima a fim de alertá-las de que existe uma descompensação psíquica (seu sentimento de inferioridade) e da necessidade de harmonizá-la.
O sentimento de inferioridade ou de baixa estima associa as criaturas a uma resignação exagerada, a um autodesleixo ou descuido das coisas pessoais.
A perda do senso de autovalorização é também consequência do sentimento de inferioridade, que remete os indivíduos à vivência entre “hábitos cronometrados” e a uma “mecanização dos costumes”.
Aqui estão algumas afirmações, que, se observadas com atenção, poderão nos ajudar a reconquistar a autoconfiança perdida:
- somos potencialmente capazes de tomar decisões sem ter que recorrer a intermináveis conselhos;
- possuímos uma individualidade divina completamente distinta da dos outros;
- fazemos as coisas porque gostamos, não para agradar as pessoas;
- encontraremos sempre novos relacionamentos; por isso não temos medo de ser abandonados;
- usaremos, constantemente, de nosso bom senso; portanto, as críticas e as desaprovações não nos atingirão com facilidade;
- tomaremos nossas próprias decisões, respeitando, porém, a dos outros.
É essencial lembrar-nos de que sempre é possível alterar ou transformar nosso “estilo de vida”.
Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações naturais, nem questionaremos, sistematicamente, nossas forças interiores.
Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos, valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.

Hammed

sábado, 19 de abril de 2014

Feliz Páscoa

Páscoa significa renascimento, renascer. 
Desejo que neste dia, em que nós cristãos, comemoremos o seu renascimento para a vida eterna, possamos renascer também em nossos corações. 
Que neste momento tão especial de reflexão, possamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças. Possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais, porque perderam a fé em um novo recomeçar, pois esqueceram que a vida e um eterno ressurgir. 
Não nos deixe esquecer que mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho, tu estas conosco em nossos corações, porque mesmo que já tenhamos esquecido de ti, você jamais o faz. Pois, padeceste o martírio da cruz em nome do Pai e pela humanidade, que muitas e muitas vezes esquece disso. 
Esquecem de ti e do teu sacrifício 
Quando agridem seu irmão, 
Quando ignoram aqueles que passam fome, 
Quando ignoram os que sofrem a dor da perda e da separação, 
Quando usam a força do poder para dominar e maltratar o próximo, 
Quando não lembram que uma palavra de carinho, um sorriso, um afago, um gesto podem fazer o mundo melhor. 
Jesus... 
Conceda-me a graça de ser menos egoísta, e mais solidário para com aqueles que precisam. 
Que jamais esqueça de ti e de que sempre estarás comigo não importa quão difícil seja meu caminhar. Obrigado Senhor, pelo muito que tenho e pelo pouco que possa vir a ter. 
 Por minha vida e por minha alma imortal. 
Obrigado Senhor! 
Amém.
Feliz Páscoa!

O espiritismo e a Páscoa


A Páscoa é uma das mais tradicionais comemorações das comunidade Cristã, que o dicionário da língua portuguesa define como sendo: s.f. Festa anual dos hebreus em memória da sua saída do Egito; festa anual dos cristãos em memória da ressurreição de Cristo.
Por este motivo, irmãos de diversas correntes do Cristianismo estarão comemorando a volta de Jesus à vida, que se deu justamente na páscoa judaica no ano 33 da nossa era. A Páscoa em verdade, nas interpretações dadas pelas religiões tradicionais, está envolta num injustificado conceito de "culpa", pois segundo ensinam, Jesus teria padecido os tormentos porque passou, "para nos salvar", em razão dos nossos pecados, que teriam se iniciado com a desobediência de Adão e Eva no paraíso.
Nós Espíritas, embora sendo também Cristãos, não celebramos a páscoa dessa forma, por entendê-la de maneira bem diferente no que concerne à morte e à "ressurreição" de Jesus, pois sabemos que a aparição do Mestre de Nazaré a Maria de Magdala e aos seus Discípulos não foi uma derrogação das Leis naturais do nosso Planeta, pois, uma ressurreição significaria a volta à vida de um corpo já morto, o que sabemos ser cientificamente impossível.
A Doutrina Espírita não proíbe, nem condena a forma como a páscoa é comemorada pelos nossos irmãos em humanidade, se levarmos em conta o seu simbolismo; para nós espíritas, a páscoa pode muito bem representar a libertação da ignorância pelo conhecimento, a vitória da vida sobre a "morte", a renovação dos nossos propósitos mais nobres no engrandecimento do espírito imortal, a nossa renovação moral na transformação do homem velho que sempre fomos e no crescimento em
nosso interior do homem novo, renovado em seus princípios éticos-morais.

Duas figuras se destacam na comemoração da Páscoa:

1. O COELHO, por ser animal rápido, esperto, e transmitir a idéia de alegria, representa o divulgador da notícia da ressurreição do Cristo.

2. O OVO, que já era utilizado antigamente para comemorar a páscoa judaica, onde as pessoas presenteavam-se com ovos verdadeiros, cuja casca pintavam com muito carinho para servir de enfeite e como lembranças para a pessoa a quem se ofertava, porém tinham como desvantagem a facilidade com que se quebravam e estragavam. Com o passar dos anos, o homem teve a idéia de comercializar a maneira de se presentear na páscoa, e então passou a produzir os ovos de chocolate, de açúcar, porcelana, alumínio e diversos outros materiais, que serviram para sustentar a idéia de presentear com o ovo na páscoa e ainda auferir vantagens financeiras, a tal ponto que em nossos dias, o que mais importa não é o real motivo da comemoração da páscoa, que muitos não sabem o que representa, e sim o tamanho e o valor do ovo de chocolate que sonham em receber.
Entendemos a páscoa como uma divina lição que Jesus nos deu, vencendo as iniquidades do mundo, e retornando triunfante para confirmar o que já havia afirmado antes; "que a morte não existe como a entendemos; e cumprir sua promessa de 'ficar eternamente conosco'", servindo-nos de bússola apontando a direção certa a todos quantos sinceramente desejarem segui-lo e encontrá-lo.

Fonte: Correio Espírita - Abril de 2006
Por: Francisco Rebouças


terça-feira, 15 de abril de 2014

REFLEXÃO SOBRE A SEMANA SANTA



A Igreja Romana designou a semana santa, rememorando os últimos passos do mestre Jesus em Jerusalém, desde a sua entrada triunfal, no domingo de ramos, até sua morte, na sexta-feira, e a ressurreição, no domingo de Páscoa, mas muitos tem desvirtuado o verdadeiro sentido de tal período, fazendo do mesmo um momento de comemoração, quando na verdade, tal data deveria servir como um momento de reflexão, pois o símbolo vivo da vida foi martirizado em prol da humanidade, e no entanto, a maioria tem se utilizado desses dias somente como mais uma oportunidade para saciar seus desejos materialistas, e viajarem para lugares inóspitos ou frívolos em busca do prazer fácil, da alcoolatria , do sensualismo e do sexualismo, esquecendo a sacralidade que a data representa para todas as religiões Cristãs.
 
Não se deve ocorrer comemoração nesta data, deve haver reflexão na morte do mestre que abriu as portas para a vida além da vida.
 
Reflexão sobre as responsabilidades de cada um na árdua tarefa terrena, reflexão sobre as fraquezas e defeitos que assolam as almas do mundo, partindo de si próprio.
 
É pedante a irresponsabilidade humana, mesmo com os avisos da espiritualidade.
 
É necessário mudar, é necessário conscientizar cada um de suas tarefas, embora o embotamento moral, nesse momento pelo qual a humanidade passa, ainda não permita muitas expectativas, mas a evolução flui e nada pode impedi-la, ademais, Deus e o mestre Jesus ainda se encontram, hodiernamente, em planos acessórios no seio da consciência da humanidade, a espiritualização ainda não se encontra entre as prioridades humanas, pois o homo sapiens, se encontra ainda com as suas mentes afundadas no pântano do materialismo, dessa forma as consequências de tais atitudes refletirão nas gerações vindouras, de maneira lastimável, se não houver mudança urgente, e os corações humanos não forem tocados pelo Evangelho Cristão.
 
Somente uma minoria, habitante do orbe terreno, tem representado e tem dado ao Espírito o significado que lhe cabe dentro do planejamento e da organização Divina, a esses seareiros a tarefa é árdua, mas dignificante e prazerosa, pois, para eles é preparado o banquete Divino, cada um receberá o pagamento multiplicado em progressão geométrica, pelos atos no bem que praticarem em prol da humanidade, pois a misericórdia e a generosidade Divinas são imensuráveis para aqueles que trabalham no bem e pelo bem do planeta e do próximo.
 
No entanto, muita dor e sofrimento advirá para aqueles que relutam em assumir sua charrua e seus postos planejados anteriormente nas hostes Divinais, dores essas, causadas pela negligência, pela insensatez, pela covardia e pela própria sombra que recobre cada alma que se desvia do caminho.
 
Avisos são dados, mas são ignorados, chamadas são feitas, mas não são ouvidas, o que se pode fazer mais???
 
Assim venho, mais uma vez, vos alertar para que contribuam com Jesus e consequentemente consigo mesmos, pois, caso não façam as suas atribuições e cumpram seus compromissos para com a espiritualidade voluntariamente, cada um, segundo seu merecimento, sofrerá as consequências da lei de ação e reação e “haverá prantos e ranger de dentes” como está descrito no Evangelho Cristão.
 
Mais uma vez deixo a vós, a nossa palavra, para reflexão, nessa Semana Santa, que cada vez mais, só se afigura “Santa” no nome, e que sirva para a apreciação e reflexão do grupo e da comunidade espírita que faz parte dessa singela casa de oração.


Cordiais Abraços

Mauro(Espírito)

(Psicografado no Centro Espírita Francisco de Assis – Jussara-Go na data de 05 de abril de 2012).

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Se todos perdoassem



Imaginemos, por um minuto, que mundo maravilhoso seria a Terra, se todos perdoassem!...
Se todos perdoassem, a ventura celeste começaria de casa, onde todo companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na *vida é diferente para cada um e, por isso mesmo, teria suficiente disposição para agir em apoio dos associados da edificação em família, a fim de que venham a encontrar o tipo de felicidade pessoal e correta a que se dirigem.
Se todos perdoassem, cada grupo na comunidade terrestre alcançaria o máximo de eficiência na produção do bem comum, porquanto, em toda parte, existiria entendimento bastante para que a inveja e o despeito, o azedume e a crítica destrutiva fossem banidos para sempre do convívio social.
Se todos perdoassem, o espírito de competição, no progresso das ciências e na efetivação dos negócios, subiria constantemente de nível moral, suscitando as mais belas empresas de aprimoramento do mundo, porque o golpe e a vingança desapareceriam do intercâmbio entre pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestindo de lealdade os menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.
Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida no Planeta, de vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação do socorro aos mais fracos, não mais se verificando a corrida de armamentos e sim a emulação incessante à fraternidade entre os povos.
Se todos perdoassem, a saúde humana atingiria prodígios de equilíbrio e longevidade, porquanto a compreensão recíproca extinguiria o ressentimento e o ciúme, que deixariam, por fim assegurar, entre as criaturas, terreno propício à obsessão e à loucura, à enfermidade e à morte.
Quando todos aprendermos a perdoar, o amor entoará hosanas, de polo a polo da Terra, e então o Reino de Deus fulgirá em nós e junto de nós para sempre.


Emmanuel (Espírito) / Francisco C. Xavier