A Páscoa é uma das mais tradicionais
comemorações das comunidade Cristã, que o dicionário da língua portuguesa
define como sendo: s.f. Festa anual dos hebreus em memória da sua saída do
Egito; festa anual dos cristãos em memória da ressurreição de Cristo.
Por este motivo, irmãos de diversas
correntes do Cristianismo estarão comemorando a volta de Jesus à vida, que se
deu justamente na páscoa judaica no ano 33 da nossa era. A Páscoa em verdade,
nas interpretações dadas pelas religiões tradicionais, está envolta num
injustificado conceito de "culpa", pois segundo ensinam, Jesus teria
padecido os tormentos porque passou, "para nos salvar", em razão dos
nossos pecados, que teriam se iniciado com a desobediência de Adão e Eva no
paraíso.
Nós Espíritas, embora sendo também
Cristãos, não celebramos a páscoa dessa forma, por entendê-la de maneira bem
diferente no que concerne à morte e à "ressurreição" de Jesus, pois
sabemos que a aparição do Mestre de Nazaré a Maria de Magdala e aos seus
Discípulos não foi uma derrogação das Leis naturais do nosso Planeta, pois, uma
ressurreição significaria a volta à vida de um corpo já morto, o que sabemos
ser cientificamente impossível.
A Doutrina Espírita não proíbe, nem
condena a forma como a páscoa é comemorada pelos nossos irmãos em humanidade,
se levarmos em conta o seu simbolismo; para nós espíritas, a páscoa pode muito
bem representar a libertação da ignorância pelo conhecimento, a vitória da vida
sobre a "morte", a renovação dos nossos propósitos mais nobres no
engrandecimento do espírito imortal, a nossa renovação moral na transformação
do homem velho que sempre fomos e no crescimento em
nosso interior do homem novo, renovado em seus princípios éticos-morais.
nosso interior do homem novo, renovado em seus princípios éticos-morais.
Duas figuras se destacam na comemoração
da Páscoa:
1. O COELHO, por ser animal rápido, esperto, e transmitir a idéia de alegria, representa o divulgador da notícia da ressurreição do Cristo.
2. O OVO, que já era utilizado antigamente para comemorar a páscoa judaica, onde as pessoas presenteavam-se com ovos verdadeiros, cuja casca pintavam com muito carinho para servir de enfeite e como lembranças para a pessoa a quem se ofertava, porém tinham como desvantagem a facilidade com que se quebravam e estragavam. Com o passar dos anos, o homem teve a idéia de comercializar a maneira de se presentear na páscoa, e então passou a produzir os ovos de chocolate, de açúcar, porcelana, alumínio e diversos outros materiais, que serviram para sustentar a idéia de presentear com o ovo na páscoa e ainda auferir vantagens financeiras, a tal ponto que em nossos dias, o que mais importa não é o real motivo da comemoração da páscoa, que muitos não sabem o que representa, e sim o tamanho e o valor do ovo de chocolate que sonham em receber.
Entendemos a páscoa como uma divina
lição que Jesus nos deu, vencendo as iniquidades do mundo, e retornando
triunfante para confirmar o que já havia afirmado antes; "que a morte não
existe como a entendemos; e cumprir sua promessa de 'ficar eternamente
conosco'", servindo-nos de bússola apontando a direção certa a todos
quantos sinceramente desejarem segui-lo e encontrá-lo.
Fonte: Correio Espírita - Abril de 2006
Por: Francisco Rebouças
Por: Francisco Rebouças
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