sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

AS MARCAS DE BATOM NO BANHEIRO



Numa escola pública no centro de Belo Horizonte, estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 15,16,17 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom. O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora. No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram.
No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!
 
 Moral da história: Há professores e há educadores... Comunicar é sempre um desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.
Por quê?
Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Compaixão e perseverança amenizam dores

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Jesus (Mateus, 11:29-30.)

Início dos anos cinquenta do século passado. Mediana cidade do Triângulo Mineiro. Ruas de ladeiras variadas, calçadas de paralelepípedos. Uma carroça transporta pesadas vigotas, rua acima. Sobre a carga, já de si enorme, ia o condutor a fustigar o cavalo, que fraquejava no aclive acentuado e escorregadio.
Após ingentes esforços, o pobre animal para, a bufar, incapaz de prosseguir a marcha, embora os gritos e reiterados açoites do carroceiro, jovem ignorante e impiedoso. Furioso, desceu da carroça, redobrando xingamentos e chicotadas vigorosas! Também ele uma alimária, embora de outra espécie (racional?), mas, na verdade, cruel, inclemente!
Por sorte, passava por ali outro jovem. Só que este sensato. E – inspirado em Francisco de Assis, pleno de compaixão –, usou de misericórdia para com ambos, cavalo e condutor.
Com humildade, propôs ao carroceiro:
– Posso ajudá-lo? Empurro a carroça e você puxa o cavalo.
– Esse desgraçado ‘tá’ com moleza! Não levanta porque é manhoso!
– Ele está cansado. Vamos ajudá-lo, que ele dá conta de subir.
– ‘Tá’ certo. Pode empurrar.
Mas o cavalo não aceitou nem a presença do condutor, recusando-se a segui-lo, seja pelo cansaço, seja por antipatia.
– Espera um pouco, uns cinco minutos. Está muito cansado. E vamos inverter as posições: você empurra a carroça e eu guio o cavalo.
Proposta aceita a contragosto, nosso personagem pôs-se a conversar com o animal, ainda muito assustado. Com serenidade e palavras amorosas ganhou-lhe a confiança, acariciando-lhe a crina, enquanto, aos poucos, descansava. Disse-lhe, em tom de voz amigável: – São Francisco vai te ajudar, meu amigo!
Impaciente, o outro propunha retomar a caminhada. Nosso amigo, sob o amparo de Francisco de Assis, e a força moral que a humildade e a paciência lhe favoreciam, respondeu-lhe: – Espera mais um pouco, um minutinho só! Ele subirá com a carga.
Passado tempo razoável, o companheiro convidou o cavalo a se levantar, dizendo-lhe com carinho: – Nós vamos ajudá-lo. Vem comigo!
O bichinho atendeu ao chamado, trôpego a princípio, mas, firmando-se, venceu a íngreme ladeira até a esquina próxima, onde a rua transversal amenizava a subida, em busca do destino visado.
 Neste ponto, nosso amigo despediu-se de ambos, com palavras amistosas para um e de bons conselhos para o outro, para que experimentasse a paciência sempre com seu companheiro de trabalho, que o ajudava a ganhar o pão de cada dia.
*
O fato singelo, mas real, leva-nos a refletir sobre o convite de Jesus com a promessa do jugo leve!
Perdemos todos os esforços se desanimamos, quando o fim da prova poderia estar à vista (quem sabe, na próxima esquina?). Ao seguir, encorajados pelo auxílio invisível, que não falta, vencemos os aclives do caminho que nos cabe percorrer, ainda que a passos trôpegos!
Quando nos surgem sofrimentos, ao invés de nos desesperarmos, indaguemos ao Mestre quais lições devemos aprender com a Dor, essa Sublime Mensageira!
Amigos espirituais, em nome dEle, acorrem aos nossos apelos, quando aprendemos a buscá-lO nas asas da prece, revestida de humildade e confiança!
Agostinho, Espírito – Cap. XXVII, item 23 de O Evangelho segundo o Espiritismo –, afirma-nos:
“(...) A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus”.
Os bons Espíritos, quais samaritanos, não eliminam nossas provas, mas encorajam-nos, inspiram-nos, quando a eles recorremos.
Ainda que distantes da fé ardente, se cultivamos a prece sincera, buscando compreender as mensagens que as dores nos trazem, ela cresce, a pouco e pouco, em nosso íntimo, pelas respostas que nos oferece.
Se recorremos à oração sinceramente, cumprindo nossos pequeninos deveres, e buscamos vivenciar as lições do Evangelho, as respostas sempre nos vêm.
E assim nosso jugo vai se tornando leve, suportável. Indispensável, para isso, aviar as receitas de amor do Divino Mestre, buscando, por nossa vez, suavizar provas de outros irmãos de caminhada!
Com paciência e resignação ativas, reduzimos nossas dores, sem aflição e desespero dispensáveis, que as reações desequilibradas favorecem.
A dor fustiga, inclemente, mas o “orvalho divino” nos conduz ao jugo leve, prometido por Jesus.
         Gebaldo José de Sousa



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Libere o Amor que existe em Você!



Reflexão...

Abra seu coração e olhe para a dor da humanidade.
Do seu lado pode estar alguém que sofre em silêncio.
Não se feche, nem retenhas as coisas boas...
Há muitas mãos estendidas, há muitos rostos chorando, há muitas vidas precisando de você...
No mundo, há fome, há luta, há dor sobretudo na ALMA das pessoas.
Faça algo neste dia...
Pode ser que amanhã a sua palavra fique presa na garganta porque a morte se sobrepõe a vida.
Não retenha um gesto de amor, a sua solidariedade, a sua amizade, o seu melhor sentimento.
Não sabemos o que nos espera no próximo minuto.
Uma existência toda se esvai num segundo determinante.
Faça a sua parte no mundo!
Não silencie, não se omita!
Alguma alma ferida precisa das suas palavras, um amigo espera seu gesto, um faminto espera o pão, um doente a cura, alguém que você nem conhece, deseja intensamente estar no seu lugar.
Deus habita no meio daquele que tem o maior sentimento do universo: O AMOR!


(autoria desconhecida)



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ligar-se a Deus



  “… A forma não é nada, o pensamento é tudo. Orai, cada um, segundo as vossas convicções e o modo que mais vos toca; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras estranhas ao coração…” – (Capítulo 28, item 1.)
▬  No passado buscávamos Deus entre os:
  Cultos,
   Cantos,
  Incensos, 
  Oferendas,
  E holocaustos.
Era necessária uma repre­sentação semi material, apropriada ao nosso estado de adiantamento e à nossa capacidade de entendimento espiritual.
  Desde os velhos tempos do monoteísmo do grande Amenhotep 4º ou Akhnaton e o do iluminado Moisés.
▬  Até as numerosas e antigas religiões politeístas, como a dos:
  Hindus,
  Gregos,
  Egípcios,
  Romanos, 
  Germanos,
  E babilônios...
... A criatura humana atravessou uma longa fase de ama­durecimento espiritual. Atualmente, as nossas relações com a Divindade têm caráter introspectivo.
  Se antes a nossa busca se concretizava na exterio­ridade das coisas, hoje, porém, a fazemos em “Espírito e em Verda­de”, (1) ou seja, na essência de nós mesmos.
A introspecção: processo pelo qual prestamos atenção a nos­sos próprios estados e atividades internas, conduz as criaturas a se identificar com a maior de todas as fontes de poder do Universo:
  Deus – manifestação onipresente em todas as suas criações.
Voltar-se para dentro de si mesmo talvez não seja uma atitu­de:
  Constante,
  Espontânea,
  E natural na maioria dos seres humanos...
... Por possuírem o hábito de ocupar mais seus sentidos com as impres­sões externas do que com as realidades interiores das coisas.
▬  Muitos indivíduos vivem dentro de um círculo vicioso, na ân­sia desmedida:
  De estímulos aparentes,
  Com as impressões de fora,
  Mantendo-se constantemente ocupados,
  Nutrindo-se energeticamente só desses estímulos físicos.

Contudo, não podemos ignorar ou des­valorizar as fases evolutivas do homem, pois viver para fora é ainda uma necessidade existencial de muitos na atualidade.
  E é dessa for­ma que farão pontes ou conexões entre o mundo interno e o exter­no, entendendo gradativamente que a vida exterior é um reflexo da vida interior.

▬  A busca às fontes de crescimento e renovação espiritual:

  Ini­cia-se vivendo para fora e aos poucos,
  Tomando consciência da vida em si mesmo,
  Portanto, tudo está perfeito na criação universal.

Viver exteriormente não exclui viver interiormente. São etapas in­terligadas de um longo processo de aprendizagem evolucional.
 Perceber, no entanto, a verdadeira realidade do mundo que nos rodeia é fator imprescindível para vivermos bem na intimidade de nós mesmos.

▬  Nossa vida:
  Mais lúcida,
  Mais Íntegra,
  Mais prazerosa,
  Mais criativa e indissolúvel...

... Se desenvolve dentro de nós mesmos, nas atividades recônditas dos pensamentos, dos sentimentos, da imagi­nação produtiva e da consciência profunda.

  Interiorizar-nos na oração, vivendo cada vez mais a pleni­tude da vida por dentro.

▬  Faculta-nos observar:
  O que somos,
  Quem somos,
  E o que realmente está acontecendo em nossas vidas.

Faci­lita também nossa percepção entre o “real” e o “imaginário”, dimi­nuindo as possibilidades de iludir-nos ou fantasiarmos fatos e ocorrências.

▬  “Não sabeis que sois um templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (2)

Tomar contato com “Deus em nós” possibilita trazer à nossa visão atual uma translúcida consciência, que nos permite reavaliá-la convenientemente.
  Faculta igualmente localizar os enganos e reformular percepções, para que possamos identificar a realidade tal qual é, pois viver ignorando o significado de nossos atos e im­pulsos é desvalorizar o nosso processo evolutivo, passando pela vida na inconsciência.

Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos escutar a ver­dade que Deus reservou para cada uma de suas criaturas.

▬  Também no cultivo desse reino aprendemos que a felicidade não é determi­nada por eventos ou forças externas:
  Mas no silêncio da alma,
  Onde a inspiração divina vibra intensamente.

Paulo de Tarso escreve aos Efésios:
“… Que Ele ilumine os olhos dos vossos corações, para saberdes qual é a esperança que o Seu chamado encerra…” (3)

▬  Buscar a Deus com os “olhos do coração”, na expressão paulina é reconhecer que:

  Somente olhando para dentro de nós mesmos,
  Descobrindo o que Deus escreveu em todos os cora­ções,
  É que conseguiremos alcançar a plenitude da vida abundan­te.

E entregarmo-nos a partir daí a Sua Orientação e Sabedoria, sem restringir-nos a “resultados esperados”.
Essa a forma mais consciente de orar.
 O mais alto sistema de intercâmbio com a Vida em nós e fora de nós é a oração, escutar a Deus no âmago da própria alma.


Pelo espírito Hammed.
Da Obra Renovando Atitudes.
Psicografado por Francisco do Espírito Santo Neto.