sábado, 20 de junho de 2015

Bodas de Coral

Meu amor,
A cada ano que passa, nosso carinho cresce. As bodas de prata passaram e as de ouro estão se aproximando, mas nosso amor parece que é cada vez mais forte. Celebrando hoje nossas bodas de coral, sinto a necessidade de relembrar os caminhos de paz que percorremos juntos, vivendo nosso romance, em capítulos quase sempre felizes. Nossa vida conjugal encerra uma história de amor repleta de carinho, com lances de paixão e tempos de paz e tranquilidade.
Na verdade, momentos ruins também aconteceram. Tivemos muitas brigas. Mas essas tempestades de verão passavam, e a bonança logo vinha, trazendo novamente a paz para nossas vidas. Temos muito mais lembranças de bons momentos destas três décadas e meia de convivência do que momentos ruins.
Onde o amor é plantado com carinho, as raízes crescem fortes e vigorosas, resistindo as maiores tempestades. É o nosso caso. Fomos jovens apaixonados e nossos tórridos momentos se tornaram inesquecíveis. Com o tempo veio a paz, a serenidade deste amor maduro, que continua sendo baliza a assinalar o caminho de nossas vidas rumo a felicidade eterna.
Curto muito as madrugadas em que acordamos e ficamos ali juntinhos lembrando de episódios engraçados, bonitos, ou mesmo tristes que vivenciamos juntos. Afinal se não tivéssemos atravessado algumas tempestades como saberíamos dar valor aos momentos de calmaria?
Nosso amor é muito grande. Um amor compartilhado durante 35 anos e fortalecido nas alegrias e desafios do dia a dia. Vivemos juntos, mudamos juntos, crescemos juntos, e eu te amo muito por isto.
Que ao fim, eu, você, nós, sejamos lembrados, não pelas bodas de prata, coral ou ouro. Nem pelos anos dispensados um ao outro, mas sim pela intensidade do amor que nos uniu.
Estamos comemorando 35 anos de união e mais apaixonados do que nunca. Passamos a maior parte do nosso tempo um ao lado do outro. Trocamos caricias a qualquer hora do dia ou da noite, saímos sempre juntos para reuniões, encontros, e não cansamos disso. Sabe por que? Porque entre nós existe um amor puro e verdadeiro. Um amor que não é só dessa vida. É um amor infinito. O que Deus uniu, o homem não separa. Portanto, somente o Supremo Arquiteto do Universo pode nos separar. Como eu acredito que a vida não é só aqui, creio que nem a morte vai nos separar.



quarta-feira, 17 de junho de 2015

O Egoísmo

O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta.
Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos.
O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros.
Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão.
Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha.
Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações.
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Emmanuel (Paris, 1861.)
Do Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo XI – Item 11


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Ante os Outros

Senhor! ...
Ensina-nos a compreender a importância dos outros.
Em verdade, recolhemos de alguns as dificuldades e os problemas, no entanto, de inúmeros outros obtemos as alegrias e as bênçãos que nos enobrecem a vida.
Entre alguns outros, surpreendemos os adversários gratuitos que, por vezes, buscam entravar-nos os passos; faze-nos entender, porém, que entre muitos outros, encontramos os amigos e os benfeitores, os companheiros de ideal e trabalho, os que colaboram conosco, em nossas realizações, e os que nos aliviam nas tribulações do caminho.
De alguns, temos a censura, mas de outros, procedem os estímulos ao desempenho das tarefas que nos confiaste.
Alguns nos inclinam ao pessimismo, entretanto, outros muitos nos estendem cooperação e esperança, encorajamento e carinho.
Das mãos de alguns, recebemos obstáculos que nos alarmam por momentos, no entanto, de muitos outros recebemos consolo e incentivo, apreço e aprovação para muito tempo nas trilhas do cotidiano.
Quando a nuvem da provação nos alcance, induze-nos a buscar, com humildade, o socorro dos corações que se nos fazem doadores da paz e da segurança de que todos necessitamos para viver, segundo os teus desígnios.
Senhor, haja o que houver da parte de alguns para que se nos enfraqueçam as energias na estrada do próprio aperfeiçoamento, auxilia-nos a procurar o concurso dos outros com a aceitação de nossa pequenez, para que não nos faltem as oportunidades de serviço e aprimoramento, aprendizado e renovação, hoje e sempre.
Assim seja.

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Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito MEIMEI