quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dia do Escritor

O dia 25 de julho é um dia dedicado ao escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos ou textos literários, divididos em vários gêneros, como romance, comédia, suspense, poemas, poesias, biografias, músicas, novelas, obras de arte, literatura de cordel, histórias infantis, histórias em quadrinhos, dentre vários outros.

O surgimento da data se deu na década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente.

Mas, de alguns anos para cá, as dificuldades dos escritores tem sido muito grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. Despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam volumes que garantem retorno econômico à empresa. Outro fator que causa prejuízos aos autores é a publicação, na íntegra, de obras nos meios de comunicação virtual,
sem considerar os respectivos direitos autorais.

Devido ao mundo virtual, jovens e crianças perdem o contato com os livros, passando grande tempo na frente do computador ou da televisão. Como o acesso ao mundo letrado tem diminuído consideravelmente, também caíram as vendas dos artigos literários.

Ler é importante para o desenvolvimento do raciocínio, para desenvolver o aspecto crítico do leitor, criando novas opiniões e estimulando sua criatividade. Quando lemos, nos reportamos para outros lugares, como se estivéssemos viajando no tempo e no espaço.
Uma pesquisa realizada em 2001 comprovou que cerca de 61% dos adultos alfabetizados do país mantém pouco contato com livros, enquanto que a camada mais baixa da população, cerca de seis milhões e meio de pessoas, alegam não ter condições de adquirir livros.

Escritores de Feira
Dizer que Feira de Santana não tem produção cultural é incorrer em injustiça. Escrever é uma arte. E como arte, cada um tem seu estilo próprio, quer no romance, conto, poesia ou crônica. Feira de Santana deu origem a muitos escritores. Não temos como citar todos. Lembramos aqui alguns mais conhecidos como Godofredo Filho; Alberto Alves Boaventura; Antônio Alves Lopes; Dival da Silva Pitombo; Eurico Alves Boaventura; Hilário Bispo de Azevedo; LeonídioRocha; Osvaldo Sales; Manoel de Cristo Planzo; Edvaldo Boaventura.
Mais próximos do nosso convívio temos Eduardo Kruschewsky; Franklin Machado; Herivelton Figuerêdo; Juraci Dórea; Sandro Penelú; Roberval Pereyr; Luiz Almeida; Osvaldo Ventura de Cerqueira; Outran Borges e Cristóvam Aguiar.
Temos também muitas mulheres feirenses como Edite Mendes da Gama e Abreu, a primeira mulher a adentrar na Academia de Letras da Bahia; Anne Cerqueira; Ana Maria Pires; Helena Conserva; Marinaide; Neide Sampaio e Lélia Victor, dentre outras.
Como não podemos homenagear todos, até porque não temos espaço para tanto, vamos publicar um poema inédito de Cristóvam Aguiar, embora ele se intitule apenas um contador de 'causos'. A final tenho que puxar a brasa para minha sardinha.

Um rosto desnudo




Um dia eu vi o teu verdadeiro rosto
Era uma coisa feia, maligna, assustadora.
Mas como todo apaixonado, fiz de conta que não vi
O que realmente vi.

Acreditei no poder do amor para matar aquele monstro.
Acreditei no poder do teu amor, para vencer o mal.
Nosso amor faria coisas incríveis.
Juntos, seríamos invencíveis.

Ledo engano o meu.
Tu tinhas o meu amor, mas eu não tinha o teu.
O rosto maligno prevaleceu
E o bicho feio venceu.

Juntei os cacos do meu coração e parti.
Raiva? Ódio? Desespero? Nada disso senti.
Meu amor se transformou em dó e desprezo.
E até nojo senti de ti.
(25/05/2011)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fome de amor



Relendo hoje um artigo de Arnaldo Jabor intitulado "Estamos com fome de amor" refleti e vi que ele realmente está certo. Ele diz que "o que temos visto por aí são mulheres lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, com suas danças em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, mas, que chegam sozinhas e saem sozinhas das baladas.

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos... E não é só sexo! Se fosse, era resolvido fácil. Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!" diz ele.

Jabor afirma, e eu concordo com ele, que "estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho. Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção... Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós..."

Eu e meu marido sempre andamos de mãos dadas, desde o início do nosso relacionamento, há 31 anos, e ainda andamos assim nas ruas ou em qualquer lugar. A gente se abraça, se beija e diz eu te amo em qualquer hora ou lugar, basta sentirmos vontade. Trocar um afago, se abraçar, parece coisa do outro mundo. Percebo que as pessoas estranham esse nosso jeito. Olham pra gente como se estivéssemos cometendo um crime.

Jabor diz ainda que vivemos cada vez mais, retardamos o envelhecimento mas, percebemos a cada dia pessoas com caras de bonecos, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhas.

"Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas..."

Emoções como felicidade, amor, fazem-nos parecer ridículos, abobalhados... continua Jabor - Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado... "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Mais adiante ele diz que é possível ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e/ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
"O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso".

Para finalizar ele aconselha: "Queira do seu lado a mulher inteligente: Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso? Porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"? Então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz! Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!"

Pois é. Estou com Arnaldo Jabor e todos os idiotas que dizem eu te amo e não têm medo de ser feliz.
Eu tenho um grande homem ao meu lado, e digo (e escuto) eu te amo sempre que tenho vontade e sou muito feliz!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O essencial faz a vida valer a pena!


Remexendo meus arquivos deparei-me com um texto intitulado "Tempo Mágico" e quando li percebi nele a minha verdade. Sim , a minha verdade, porque cada um tem a sua, não é mesmo? Depois de ter passado por um momento em minha vida que jamais pensei passar e de ter recebido a luz de Jesus Cristo para sair dela sem para isso machucar pessoas que nada tinham a ver com o caso, sinto exatamente o que está contido no texto, do qual desconheço o autor.

Tendo vivido mais de meio século, sei que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. E assim me vejo como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas quando percebeu que restam poucas, rói o caroço. 

Pois é. Eu também já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. 

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos, como ganhar sozinha o prêmio da Mega Sena e sair por ai desbravando o mundo. Não participarei de campanhas que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero ser convidada para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. 

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo". Nem fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Como disse Mário de Andrade: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Eu aprendi que são aqueles pequenos acontecimentos diários que fazem a vida tão espetacular.

Com poucas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus. 

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. Aliás, amar de verdade, sem interesses outros, sem esperar recompensas, sem causar dor a outras pessoas, é o essencial.

E o essencial faz a vida valer a pena!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tocando em frente - Almir Sater

Tocando em frente - Almir Sater

Para refletir no final de semana.
Vencedores e perdedores

Li um texto em um site desses de mensagens com o título "vencedores e perdedores" que me levou a refletir. Diz que quando se fala em vencedor, vem a imagem de alguém muito competitivo, sem ética e, invariavelmente, solitário. Mas, na verdade, vencedor é quem consegue atingir seus objetivos. Mais do que vencer os outros, vence suas próprias fraquezas, inseguranças e inabilidade.

A pessoa vencedora tem consciência de que a derrota é uma possibilidade e se prepara adequadamente para que ela não aconteça. E mesmo assim, concentra sua atenção em alcançar suas metas e não em evitar derrotas. A postura diante da derrota é um dos principais aspectos que diferenciam um vencedor de um perdedor.

O perdedor diante da derrota só tem duas atitudes: o pessimismo e o menosprezo. Faz pouco caso do adversário e não tem consciência de suas limitações. E assim é pego de surpresa com frequencia. Ele acredita que nasceu marcado e entra na disputa, já preparando uma desculpa para a derrota.

O vencedor? este sabe que não conseguir algo faz parte das possibilidades da vida. E, no lugar de ficar se culpando e se torturando, procura refletir sobre sua conduta para aprender a crescer. O vencedor tem um prazer constante em aprimorar-se!

Diante dessas reflexões percebi que posso dizer, sem falsa modéstia, que hoje sou uma pessoa vencedora. Aprendi a não mais dizer "eu não vou conseguir" e ir a luta. A não reclamar ou reclamar menos quando algo não sai do jeito que planejei, porque tenho consciência de que se isso aconteceu é porque não era o melhor pra mim ou não era o momento de acontecer.

Aprendi também que não devo deixar nada pra depois, que o momento é aqui e agora, desde que não faça nada que venha a prejudicar alguém. Descobri que tenho um amor infinito e que devo cultivá-lo para que continue crescendo nesta e em outras dimensões. Que nada, nem ninguém, além de mim mesma, pode mudar esta realidade, pois Deus nos deu o livre arbítrio e não nos impedirá de agir desta ou daquela maneira.

Contudo, foi necessário passar por momentos de sofrimento, insegurança, medo, chegando até ao desespero para compreender tudo isso. Continuo exercitando a cada segundo para ser uma vencedora. Procuro viver cada momento dando o melhor de mim. As frases "Um desses dias", "Algum dia", estão sendo eliminadas do meu vocabulário.

Procuro não protelar nada daquilo que somaria à minha vida sorrisos e alegria. Cada dia, hora e minuto são especiais... e não sabemos se será o último.