sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fome de amor



Relendo hoje um artigo de Arnaldo Jabor intitulado "Estamos com fome de amor" refleti e vi que ele realmente está certo. Ele diz que "o que temos visto por aí são mulheres lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, com suas danças em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, mas, que chegam sozinhas e saem sozinhas das baladas.

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos... E não é só sexo! Se fosse, era resolvido fácil. Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!" diz ele.

Jabor afirma, e eu concordo com ele, que "estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho. Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção... Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós..."

Eu e meu marido sempre andamos de mãos dadas, desde o início do nosso relacionamento, há 31 anos, e ainda andamos assim nas ruas ou em qualquer lugar. A gente se abraça, se beija e diz eu te amo em qualquer hora ou lugar, basta sentirmos vontade. Trocar um afago, se abraçar, parece coisa do outro mundo. Percebo que as pessoas estranham esse nosso jeito. Olham pra gente como se estivéssemos cometendo um crime.

Jabor diz ainda que vivemos cada vez mais, retardamos o envelhecimento mas, percebemos a cada dia pessoas com caras de bonecos, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhas.

"Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas..."

Emoções como felicidade, amor, fazem-nos parecer ridículos, abobalhados... continua Jabor - Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado... "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Mais adiante ele diz que é possível ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e/ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
"O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso".

Para finalizar ele aconselha: "Queira do seu lado a mulher inteligente: Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso? Porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"? Então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz! Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!"

Pois é. Estou com Arnaldo Jabor e todos os idiotas que dizem eu te amo e não têm medo de ser feliz.
Eu tenho um grande homem ao meu lado, e digo (e escuto) eu te amo sempre que tenho vontade e sou muito feliz!

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