segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Promessas matrimoniais



Lendo o artigo a seguir publicado no blog Momento Espírita, fiz uma reflexão e decidi publicar para que outras pessoas também possam refletir. Acredito que esta é uma receita básica para um relacionamento duradouro.

No ato do casamento, os cônjuges realizam algumas promessas: prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.


Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro e o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos, acaba em rompimento dos laços, em meio a muita mágoa.
 

Onde ficam as promessas do casamento?  Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas decidem se casar e de forma mais explícita, entender o que é amar e respeitar um ao outro.

Eis algumas delas:
Promete não desejar assumir o controle da vida do outro?

Promete ter em mente que ele é um ser que, antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?

Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não aprecie o tipo de música que a pessoa gosta?
Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.

Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?
Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos, mas sempre há possibilidades de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.

Promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?

Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?

Você promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do  mundo, você agradecerá a que foi feita?

Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?

Você promete que amará os filhos que gerarem ou que adotarem, sem jamais deixar de amar ao outro?

Você promete jamais esquecer de dizer “eu te amo ?”

E também “você é importante em minha vida”?

Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?

Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão for embora?

Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem marcando o rosto do outro?

Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?

Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento, tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?

Você promete, enfim, ser eterno namorado, mesmo que não haja lua ou estrelas brilhando no céu?

Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?

Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas promessas?
Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.
Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes. E, cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.
Um incentivará o outro naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá “por favor, me ajude”, quando precisar. E dirá obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.
Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.

NE: Nós (eu e Cristóvam) não nos casamos formalmente, nem no civil, nem no religioso. Mas, quando decidimos viver juntos, não fizemos promessas um ao outro. Apenas assumimos o compromisso de nos respeitar e não mentir. Se um dia deixarmos de nos amar, percebermos que não dá mais para continuarmos juntos, vamos ser sinceros e, sem briga, cada um procurar viver sua vida. Claro que tivemos nossas brigas, nos desentendemos algumas vezes. É humanamente impossível um casal viver junto durante décadas e não se desentender. 

Mas, durante os 33 anos de convivência posso afirmar sem medo de errar, que os desentendimentos foram muito poucos diante dos momentos felizes. Nestas três décadas de casamento, dois filhos, e três netas, experimentamos crises comuns aos longos relacionamentos. Porém, sempre procurei honrar o compromisso que assumi e digo que não foi tão difícil, pois nossos gostos são muito parecidos em tudo, até mesmo a profissão que abraçamos é a mesma. Não tive que abri mão de muita coisa para ter uma vida a dois. E acredito que essa cumplicidade, além do amor e companheirismo,  faz com que hoje, mais  maduros, mais experientes, e mais apaixonados, possamos nos prometer sim: Só Deus vai nos separar. Eu acredito firmemente que nosso amor não é só deste mundo. Nossa união é literalmente de corpo e alma.

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