Estamos na semana dedica a mulher. As mensagens e propagandas relacionadas a data já estão no ar nos meios de comunicação. Para mim é apenas uma data como qualquer outra, mas, ja que todas as atenções estão voltadas para o tema, vamos aproveitar para refletir um pouco sobre o assunto. Vamos começar com este artigo de Cristóvam Aguiar, publicado ha um ano:
Amélia nunca mais
No dia 08, comemora-se o “Dia Internacional da
Mulher”. A data foi escolhida para marcar o dia em que um grupo de
mulheres trabalhadoras, por terem reivindicado direitos trabalhistas,
foram trancadas num galpão de uma fábrica que foi incendiada com elas
dentro, num cruel e brutal assassinato coletivo.
A data serve também para comemorar a emancipação política e social da
mulher. Sim, porque antigamente as mulheres, às vezes ainda
adolescentes, casavam-se e tornavam-se empregadas domésticas dos seus
maridos, cuidando da casa, dos filhos, cozinhando, lavando, passando
roupa e prestando serviços sexuais ao marido. Sequer tinham direito a
voto nas eleições, pois eram consideradas incapazes.
Como sabemos, a mulher foi à luta, aos poucos conquistou seu espaço na
sociedade e na política, disputa postos de trabalho de igual para
igual com os homens, e embora ainda sejam muito discriminadas, esse
quadro parece ser irreversível.
Já vai muito longe aquele fatídico dia do massacre. Vão longe também
os dias em que Betty Friedan e suas seguidoras feministas queimaram
sutiãs em praça pública, declarando a liberdade sexual das mulheres.
Com o advento da pílula anticoncepcional, ter filhos passou a ser uma
escolha, e não uma obrigação. Casar também passou a ser uma opção.
Mas, o que a mulher ganhou em direitos, perdeu em essência. O gênero
feminino é, de certo modo, frágil. Mesmo que aparentemente. Ela precisa
dessa fragilidade para atrair o sexo oposto. O homem pode até aceitar
que ela trabalhe, que participe da vida pública, que tenha uma vida
independente. Mas não vai querer se deitar com uma mulher masculinizada,
da mesma forma que elas não gostariam de se relacionar com homens
afeminados. Existem as exceções, é claro. Mas eu estou falando de gente
normal, de uma relação entre um macho e uma fêmea.
Uma mulher tem peculiaridades que a maioria dos homens sequer supõe.
Ela é sensível ao amor, gosta de se sentir desejada, quer se fazer mais
bonita para o homem que ama. Mesmo aquelas que preferem uma vida
celibatária, em algum momento vão desejar ter um homem só pra si. E é
aí que a mulher manifesta toda a essência do seu ser.
Eu só vejo um problema em tudo isso, que é o mau uso que estão fazendo
da liberdade sexual. Quando Mary Quant lançou a minissaia, foi um
escândalo, como foi um escândalo também quando foi usado o primeiro
biquíni. O corpo de uma mulher é tão lindo que parece ser sagrado. Não
deve ser maculado com filhos indesejados, doenças venéreas,
promiscuidade, drogas, libertinagem ou qualquer outra coisa que fuja às
regras do bem viver. E um lembrete aos covardes: Em mulher não se bate!
Um beijo para todas vocês.
*Cristóvam Aguiar é escritor, radialista e jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário