Todos querem a liberdade, a
dignidade, a honra e a felicidade. É um anseio bastante natural de
auto-realização. Vai muito além do viver e do sobreviver, e parece-me ser o
mandamento número 1 entre os humanos. Chamo de mandamento porque se eu chamasse
de “direito” eu poderia ser mal entendida, porque um mandamento é um direito e
um dever ao mesmo tempo.
Pois bem, a tal auto-realização só
pode ser conquistada quando compreendo “quem sou eu” e tenho a coragem de viver
de acordo com isso. Se ainda não sei responder à primeira questão eu posso sim
ter muitas realizações, mas não posso chamá-las de auto-realização.
Com isso devo alertá-los que muitos
realizam muitas coisas e nem por isso encontram a terra prometida da
felicidade. Esse é o prêmio dos que seguem o próprio caminho. Por isso todo
cuidado é pouco, pois errar o percurso é mais fácil do que encontrá-lo. Estamos
acostumados à imitar caminhos alheios, a servir ideais e valores que pouco tem
a ver com a nossa essência. Todos estes ideais coletivos de perfeição estética,
financeira, profissional, sexual, amoroso e por aí vai tendem a nos desviar do
nosso próprio.
Quem é o seu mestre? Ao que e a quem
você serve? Se tiver sorte de encontrar um mestre de verdade este vai te
ensinar a escutar seu mestre interior. Se tiver azar e encontrar um mestre que
julga deter a única verdade aplicável seu caminho será desviado. Mas se a
angústia fizer seu trabalho direitinho e abrir seus olhos, ainda dá tempo de
olhar para si e encontrar seu próprio norte.
Muita atenção, olhos e ouvidos bem
abertos, percebam quais são as coisas que endossam em você o direito e o dever
de viver com honra e dignidade, este princípio universal que com certeza habita
cada um de nós…
Ana Luisa Testa é psicóloga clínica, professora
de pós graduação no Ichthys Instituto. Formada pela Universidade Estadual de
Londrina, com especialização em psicoterapia corporal e também em psicologia
analítica.
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