quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A virtude

Raphael Reys

Segundo a reflexão de Sócrates a virtude não é uma ciência que possa ser ensinada. Ela é um atributo natural de alma, daqueles a quem a providência divina, por escolha, dotou.
Assim, se o ser encarnado nesse mundo de aprendizados e expiações, não apresenta em suas ações essa prática, deve exercer a sua missão com o que lhe foi concedido pelo Criador.
Cada qual com o seu cada qual, cada um com a sua sentença!
A alma e o corpo formam um veículo de experiência. Um instrumento impactante para instrumentar a realidade divina. Buscando se fizer pleno em compreensão o lado divino se manifesta por seu intermédio.
As práticas virtuosas, entretanto, podem e devem ser assimiladas por aqueles que não apresentam a presença da virtude em seu estado original. Através de exercícios espirituais, disciplina, observância de um código doutrinário e de conduta.
Escusado está, quando a busca de tais propósitos, se turvam pelo chumbo do preconceito religioso ou dogmático, que costuma se instalar na mente e consciência através da seletividade.
Esses buscadores, desprovidos do incondicional, terminam por provocar mais mal a se mesmo, aos que convivem com ele e o observam, como referência.
O ego, lastro atávico, tem a missão de proporcionar e manter a sobrevivência do ser encarnado. Para isso, estende e mantem os seus tentáculos, como um polvo.
Quem se encontra na trilha do espiritual deve atentar que as coisas espirituais se diferem do que é material. Ser vigilante em suas conclusões. Consultando sempre o que vem do seu próprio coração e sentimentos simples.
Quando o ser parte para a vida espiritual, o ego estende os seus tentáculos como uma cilada. Buscando voltar o missionário ao lastro original. Em sua missão de preservar, o ele toma novas configurações ardilosas.
Desestimulando a vontade e confundindo a mente.
O Apóstolo Paulo em suas missivas adverte que o amor pode tomar ou se expressar como hipocrisia. O mal toma configurações aceitáveis e relativas quando justificado. A fraternidade exercida sem honra conduz o buscador a se tornar instrumento seletivo dos seus próprios propósitos e de grupos.
A perseverança deve ser encontrada na oração e a esperança vista com regozijo. As práticas espirituais recebidas devem ser compartilhadas com outros. O exercício e prática do perdão para que os que nos ferem não se tornem instrumentos do nosso aprendizado, somente pela dor.

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