Junho é o sexto mês do calendário gregoriano. O seu nome é derivado da deusa romana Juno, rainha do céu, mulher do deus Júpiter, senhor do universo. Em 21 de junho ou próximo a esse dia, o Sol atinge o ponto mais ao norte em sua trajetória pelo céu; é o solstício de junho, começo do verão no Hemisfério Norte e do inverno no Hemisfério Sul. O inverno é sempre muito esperado por nós sertanejos, época de fartura. Um clima gostoso, especialmente para os casais enamorados. Não foi a toa que escolheram em junho o dia dos namorados. Embora se diga que a escolha foi por ser véspera do dia de Santo Antônio, tido como santo casamenteiro.
E, como não acredito em coincidências e que nada acontece por acaso, foi justamente neste mês, no dia 20, há 32 anos, que eu e meu marido, decidimos, como diz a música de Luiz Gonzaga, "ajuntar os troços". A partir de então, assim como na música, "o que é meu, o que é teu /é só nosso". Até mesmo os problemas nunca foram apenas meu ou seu, e juntos, sempre encontramos uma saída. Estamos certos de que a nossa missão aqui é juntos, unidos, feitos um só...
Tenho a convicção de que ninguém chega até nós por simples coincidência. E ninguém permanece em nossa vida por um simples acaso. Pessoas nos encontram ou nós as encontramos sem querer, não há programação de quando as encontraremos. Assim, pensamos que existe um destino em que cada um encontra aquilo que é importante para si. As pessoas que entram em nossa vida, sempre entram por alguma razão, com algum propósito. Ainda que a pessoa que entrou em nossa vida, aparentemente, não nos ofereça nada, ela não entrou por acaso, não está passando por nós apenas por passar. O universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo umas com as outras. Essas pessoas entram em nossa vida, muitas vezes de maneira tão estranha, que nos intrigam. Mas, cada uma delas é especial, mesmo que o momento seja breve, mesmo que nos cause dor, mágoa, com certeza elas nos deixarão alguma coisa para nosso aprendizado e crescimento. Nos darão uma chance para resgatarmos alguma dívida do passado ou adquirirmos créditos para o futuro.
Nestes 32 anos de convivência, nos quais tivemos muito mais momentos felizes do que infelizes, aprendi que a felicidade na nossa vida depende de nós e não de circunstâncias externas, e que lidar com a vida poderá ser mais leve se relevarmos muitas coisas.
Conviver é também sinônimo de sabedoria, de treino de amor que oferecemos ao outro e a nós mesmos. Porque não há como amar alguém sem se aperceber de oferecer primeiro amor a nós mesmos, e que se agirmos assim com mais autoestima, com certeza, não nos magoaremos com tanta facilidade. Mas, se no caminho da vida surgirem as inevitáveis frustrações, não podemos esquecer que esta existência é um exercício para o nosso espírito que é eterno e muito maior que os nossos altos e baixos.
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