sábado, 4 de dezembro de 2010

A (In)segurança na Bahia

As carceragens dos complexos e delegacias de polícia em todo o estado estão superlotadas, onde presos vivem em condições subumanas e fugas ocorrem com freqüência. Os presídios também estão com superlotação e as estatísticas dão conta de que o número de crimes cresce a cada dia. Não é de hoje que se bate nesta mesma tecla sobre a questão da segurança pública na Bahia.
Segundo dados oficiais, o número de homicídios na Bahia vem aumentando fortemente desde o início de 2007. Os índices de criminalidade beiram ao insuportável. Em Salvador foram 11 homicídios em cerca de 24 horas, segundo noticias veiculadas na imprensa.
Em Feira de Santana, município com cerca de 600 mil habitantes, a situação não é diferente. No mês de novembro a média de um assassinato por dia. O Complexo Policial Investigador Bandeira está com três vezes mais presos do que sua capacidade. A Justiça autorizou soltar 10 criminosos e 20 foram transferidos para a Capital do Estado para amenizar a situação. Mas, o quadro não mudou muito.
A população está assustada. As pessoas de bem estão a cada dia tendo que ficar presas em suas casas, porque os bandidos estão nas ruas. Alguma atitude drástica precisa ser tomada urgentemente. E pensar que o governador Jaques Wagner foi reeleito pelo povo exatamente porque pregava que os governos do Estado e Federal do mesmo partido tudo seria diferente. Os recursos viriam e a Bahia seria outra. Quatro anos de mandato e a Bahia é realmente outra. Mudou, sim, mas, infelizmente, para pior. Pesquisas feitas nos últimos anos apontam a falta de segurança como principal preocupação dos brasileiros, acima até mesmo do desemprego.
Há cerca de um ano o pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade da Universidade Federal de Minas Gerais (Crisp/UFMG), Robson Sávio Reis Souza afirmava que “não se pode culpar uma única questão, é um problema muito complexo. Mas se não há um investimento em política pública que melhore a qualidade da ação policial e se não criam mecanismos para diminuir as desigualdades sociais nos grandes centros urbanos, o problema tende a crescer”.
Pois então, precisamos buscar as causas disso e combatê-las. Noto que, em geral, todos têm preocupação grande com os efeitos da violência, pois todos nós temos medo de assalto, sequestro e tudo mais. Mas pouco ou nada se faz para combater a causa disso.
O que fazer então? A quem recorrer? Fica o questionamento.

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