quinta-feira, 19 de abril de 2012

Conduta cristã


(Parte 1)

O Cristo, em nenhuma hipótese, deixou de conviver com as pessoas, mesmo aquelas que eram desprezadas em sua época
 
Na atualidade, há um grupo considerável de pessoas que ainda não descobriram o verdadeiro sentido da vida e, por consequência, vivem por viver, sem qualquer meta moral, uns buscando incessantemente o prazer e o gozo, enquanto outros derrapam no conflito do vazio existencial, que procuram anestesiar com o uso de substâncias entorpecentes, quando não buscam o suicídio direto.

Com o objetivo de nos esclarecer sobre essa questão, o eminente codificador Allan Kardec indaga aos Espíritos superiores acerca do objetivo da encarnação e estes respondem que Deus a impõe com a finalidade de fazer a criatura humana chegar à perfeição (questão 132 d’ O Livro dos Espíritos).

Dessa forma, passamos a entender que a vida no corpo tem um caráter educativo, visando ao progresso intelecto-moral, mas como avaliar se temos efetivamente realizado esse crescimento espiritual?

Allan Kardec, revelando sua pedagogia incomparável, explora esse ponto ao perguntar, na questão 918 d’ O Livro dos Espíritos, sobre os sinais pelos quais se pode aquilatar o progresso real.

Os nobres guias da humanidade ensinam que o Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida corpórea compõem a prática da lei de Deus e quando compreende, por antecipação, a vida espiritual.

A segunda parte da resposta refere-se ao progresso intelectual, que é mais fácil de ser concretizado, porquanto basta a leitura para que o aprendizado se faça quase que instantaneamente. As obras espíritas facilitam essa compreensão da vida espiritual, a nos induzir à prática da primeira parte da resposta, que diz respeito ao progresso moral.

Ajustar ou renovar a nossa conduta diária à prática da lei de Deus, cujo mandamento maior é o amor, é o grande desafio de nossas vidas.

O benfeitor espiritual Camilo, por intermédio do médium Raul Teixeira, na obra “Educação e Vivências”, aponta-nos os comportamentos cristãos a serem exercitados nos variados segmentos da vida humana, que decorrerá da nossa autoeducação.

De conteúdo semelhante, temos ainda o livro “Conduta Espírita”, ditado pelo Espírito André Luiz ao médium Waldo Vieira, de forma que neste artigo procuraremos explorar as notáveis lições de ambas as obras, com o escopo de aprimoramento das nossas condutas nas lides diárias, que deverão compor a prática da lei de Deus.

Notaremos que em todas as situações do cotidiano poderemos agir aquém do esperado, dentro dos padrões de normalidade, ou fazendo o extraordinário, a revelar o nosso propósito cristão, tendo Jesus como modelo e guia de nossas vidas.
Na questão ambiental:

Inegavelmente, há Espíritos que reencarnam com relevantes missões no campo da ecologia, a fim de chamar a atenção da criatura humana acerca da importância da preservação da natureza em todos os seus aspectos.

Há indivíduos que despertam em si esse compromisso com a ecologia, mas há aqueles que continuarão a agredir o meio ambiente, jogando dejetos e objetos nos rios e oceanos, atirando papéis e lixos na via pública, emitindo gases e vapores que poluem o ar.

Há atos de grande e pequeno porte que afrontam o equilíbrio ecológico. Será que temos ajudado a conservar a natureza? Será que não temos desperdiçado água potável na hora do banho ou nas limpezas de nossas casas? Será que não jogamos papel na via pública? Temos contribuído para a reciclagem e a reutilização de alguns produtos?

O benfeitor Camilo adverte-nos para os contrassensos havidos nessa área, porque há muitos defensores da ecologia que se intoxicam com bebidas alcoólicas e cigarros, esquecendo que o corpo físico também é obra de Deus e merece todos os cuidados.

Também há aqueles que se abraçam às árvores e aos animais em extinção para evitarem sua destruição, mas são incapazes de abraçar o próximo e, algumas vezes, estão com o relacionamento tumultuado com os pais ou com os irmãos consanguíneos, não tendo coragem de abraçá-los.

Há outros idealistas da ecologia que, movidos por paixões neuróticas, utilizam-se de comportamentos agressivos e chulos (ficam nus, por exemplo) para promover a defesa de seus ideais.

O Espírito de Camilo ainda nos fala da poluição psíquica, porque com os nossos pensamentos de má qualidade (ódio, inveja, comodismo, calúnia, libido descontrolada etc.) impregnamos o ambiente em que estamos com vibrações asquerosas e grosseiras, que interferirão negativamente na vida daqueles que convivem conosco e que entram em sintonia com essas energias deletérias.
Vejamos a responsabilidade que temos no sentido de colaborar para o ambiente psíquico do nosso lar, do local de trabalho, do templo religioso ou de outros que frequentamos.

Por  Alessandro Viana Vieira de Paula
 http://www.forumespirita.net

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