“O
casamento mais perfeito não é o que une pela lei dos homens, mas o que sela a
união pelo reencontro do amor”. (Pelo
espírito Leonel)
Para uma mulher, talvez não haja nada
que melhore mais a sua autoestima do que ser elogiada pelo marido. Ela se
renova como uma menina apaixonada e fica bonita, sua expressão facial se enche
de brilho e ela se encanta de novo com a vida. Eu costumo responder a um elogio
do tipo “você não envelhece. Qual o seu segredo?” É o amor. E quando digo isso,
estou revelando o que vem do meu coração. Amo e me sinto amada pelo meu marido.
Não nos cansamos de demonstrar isso quer seja através de palavras ou de
atitudes, em casa ou em qualquer outro lugar. Para nós isso é muito natural. Um
beijo, um abraço, um afago, um eu te amo! Você continua linda! Sai
espontaneamente e é retribuído.
Não é porque estamos juntos há 33 anos,
(comemorados neste dia 20 de junho) que devemos nos desleixar e deixar de
massagear o ego um do outro com palavras de carinho e gestos de amor. Isso nos
renova e revigora nosso relacionamento de tal forma que sinto como se estivéssemos
começando agora. Acredito que já passamos por todas as crises que um
relacionamento duradouro costuma ter. Agora, mais maduros, filhos criados, sem
aquele estresse do dia a dia, da jornada tripla de dona de casa e do pai de
família que sai cedinho e só retorna à noite, cansado, depois de enfrentar um
transito infernal e coisas do gênero, podemos usufruir melhor da companhia um
do outro com tranquilidade. Dialogar, trocar ideias sobre qualquer assunto e
não somente falar dos nossos problemas.
Claro que para chegarmos até aqui foi
preciso acima de tudo amor, além de companheirismo, cumplicidade, compreensão e
fé. Sim, fé. Porque se não acreditássemos que a vida continua em outra dimensão
e que nada acontece por acaso, que tudo faz parte do nosso aperfeiçoamento. Que
felicidade não é riso o tempo todo, que as lágrimas e o sofrimento também são
necessários, certamente não estaria aqui agora falando dessa união de três décadas.
Há quem pense que estou escrevendo essas
coisas para “me mostrar”, como dizem. Mas, não me importo com comentários desse
tipo. Eu apenas estou expressando meus sentimentos, dividindo a alegria desse
momento com aquelas pessoas que, como eu, ficam felizes com a felicidade dos
semelhantes. Quem me conhece sabe que eu jamais dividi meus problemas com
pessoas que nada podem fazer para resolve-los, especialmente os de
relacionamento com o meu marido. Nunca um amigo me pergunta como estou para que
eu não responda bem, graças a Deus! As vezes até digo que se melhorar estraga.
Sei que por conta disso, já despertei inveja de pessoas que não são felizes e
por isso querem atrapalhar a felicidade dos outros. Mas, sempre superamos tudo
e agora, mais do que nunca, tenho certeza de que “o que Deus uniu, o homem não
separa”.
Como Cristovam costuma dizer: “nosso
amor estava escrito nas estrelas”. E eu confirmo: estava sim. Nada, nem
ninguém, consegue atrapalhar um amor puro e verdadeiro como o nosso.
Quando se ama as formas perfeitas, a
plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se
esvai. Quando se ama aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba. Quando
se ama a transitoriedade, o amor morre quando as situações se alteram.
Mas, quando se ama a essência, nada
diminui o sentimento. Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o
outro se sinta bem, seja feliz. A sua preocupação é a de fazer a felicidade do
outro. Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da
multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.
É o amor que sabe envelhecer junto e
quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.
É assim o que eu sinto por você
Cristóvam Aguiar. Meu namorado, meu amante, meu amigo, meu companheiro, meu
cumplice, meu eterno amor!
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