Alimentamos tantas ideias
equivocadas sobre o que é, de fato, sentir-se em paz… Normalmente,
atribuímos este sentimento ao sucesso das empreitadas que fazemos na
vida, aos fatores externos… Mas, na verdade, é um estado da alma que é
resultante das muitas lições que nos são ensinadas todos os dias… E
principalmente, de como reagimos a elas…
O texto de hoje nos fala sobre esses aprendizados…
Boa leitura!
“A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia…
Quando
se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se
quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou
uma decepção. Todavia, o tempo vai mostrando que a paz é resultado do
entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece. A paz
está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na
fé…
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou…
É assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida…
É ter ouvidos que ouvem, olhos que veem e boca que diz palavras que constroem…
É ter um coração que ama…
É não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas…
É aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer…
É ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade…
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer…
É admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências…
A
paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros
como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos…
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo…
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a ela tiver oferecido…
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em meu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
Lembre-se de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes,
quando alguém estiver irritado,
quando a maledicência lhe procurar,
quando a ofensa o atacar,
quando a crítica o ferir,
quando escutar uma calúnia,
quando a ignorância o acusar,
quando o orgulho o humilhar,
quando a vaidade o provocar.
O
silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso
é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz…”
(Redação do Momento Espírita)
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