segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os seis fantasmas do medo

Medo É Apenas Estado de Espírito

1 Pobreza
2 Crítica
3 Saúde precária
4 Amor perdido
5 Velhice
6 Morte


Temores nada mais são que estados de espírito. O estado de espírito está sujeito a controle e direção.

Você Teme as Críticas?

            Exatamente de que modo o homem chegou a esse temor, ninguém o sabe com certeza – mas uma coisa é certa: ele o tem de maneira bastante desenvolvida.

            O autor tende a atribuir o medo básico à crítica a parte da natureza herdada do homem, que não só o encoraja a tirar os bens e objetos do seu semelhante, mas ainda a justificar a ação, criticando o caráter do seu semelhante. É fato conhecido que o ladrão crítica o homem de quem furta, que políticos procuram vantagens não expondo suas virtudes e qualidades, mas tentando manchar seus oponentes.

            Astutos fabricantes de roupas não foram lerdos em capitalizar esse medo básico à crítica, maldição de toda a humanidade. De estação em estação, mudam os estilos de muitos artigos de vestuários. Quem estabelece os estilos? É claro que não é o comprador de roupas, mas o fabricante. Porque os muda com tanta freqüência? A resposta é óbvia: muda os estilos para poder vender mais roupas.

            Pela mesma razão os fabricantes de automóveis mudam os estilos dos modelos, a cada ano. Poucos querem ter um carro que não seja do último tipo.

            Estávamos descrevendo o modo pelo qual as pessoas se comportam sob a influência do temor à crítica, no que se refere às pequenas e mesquinhas coisas da vida. Examinemos agora o comportamento humano, quando esse temor afeta as pessoas em relação a fatos mais importantes nas relações humanas. Tomemos como exemplo praticamente qualquer pessoa que tenha chegado a idade da maturidade mental (dos 35 aos 40 anos, como média geral). Se se pudesse ler-lhe os pensamentos secretos, encontraríamos, em geral, uma descrença muito decidida nas fábulas que inúmeros dogmáticos ensinavam há algumas décadas.

            Por que é que a pessoa média, mesmo nos nossos dias de esclarecimento, hesita em negar sua crença nas fábulas? A resposta é: “Medo da crítica”. Homens e mulheres já foram queimados vivos por ousarem manifestar descrença em fantasmas. Não é de admirar que tenhamos herdado uma consciência que nos faz temer as críticas. Houve época, e não muito distante, em que a crítica trazia severos castigos – ainda os traz, em alguns países.

            O medo à crítica rouba a iniciativa ao homem, destrói-lhe o poder de imaginação, limita-lhe a individualidade, tira-lhe a autoconfiança, causando-lhe danos em centenas de outras maneiras. Pais causam aos filhos, às vezes, ferimentos irreparáveis, ao criticá-los. A mãe de um de meus companheiros de infância costumava castigá-lo quase diariamente, com uma chibata, sempre completando a obra com a afirmação: “Você acabará na penitenciária antes dos vinte.” Mandaram-no a um reformatório, aos dezessete anos de idade.

            Crítica é uma forma de serviço que todos têm em demasia. Todos possuem um estoque dela, distribuindo-a, de graça, quer a pedido, quer não. Os parentes mais próximos são, às vezes, os piores ofensores. Deveria ser considerado crime (na realidade e crime da pior espécie) os pais criarem complexos de inferioridade na mente da criança, por críticas desnecessárias. Empregadores que compreendem a natureza humana conseguem o máximo dos homens, não através de críticas, mas por sugestões construtivas. O mesmo resultado pode ser obtido pelos pais, com relação aos filhos. A crítica implanta o medo no coração humano, ou então ressentimento, mas nunca amor ou afeição.


         

  Sete Sintomas que Demonstram Medo à Crítica

            Esse medo é quase tão universal quanto o medo da pobreza e seus efeitos fatais a realização pessoal, principalmente porque destrói a iniciativa e desencoraja o uso da imaginação. Os sintomas principais são:

1. Acanhamento: Geralmente expresso por nervosismo, timidez na conversação e em conhecer estranhos, movimentos desajeitados das mãos e membros, olhares desviados.

2. Falta de equilíbrio: Expressa por falta de controle da voz, nervosismo na presença dos outros, má postura do corpo, péssima memória.

3. Personalidade fraca: Falta de firmeza nas decisões, de encanto pessoal e capacidade de exprimir opiniões com firmeza. Hábito de desviar-se dos assuntos, em vez de encará-los. Concordância com os outros, sem antes examinar-lhes as opiniões, com cuidado.

4. Complexo de inferioridade: Hábito de expressar auto-aprovação oralmente e por ações, como meio de disfarçar o sentimento de inferioridade; usar palavras “grandiloqüentes” para impressionar os outros (muitas vezes sem conhecer-lhes o verdadeiro significado), imitar outros na maneira de vestir, falar e nos modos, jactando-se de realizações imaginárias. Isso dá, por vezes, a aparência superficial de um sentimento de superioridade.

5. Extravagância: Hábito de tentar “emparelhar com os Silva”, gastando além das possibilidades.

6. Falta de iniciativa: Fracasso em aproveitar oportunidades de progredir, medo de expressar opiniões. Falta de confiança nas próprias idéias, dando respostas evasivas as perguntas formuladas por superiores, hesitarão nas maneiras e no falar, falsidade nas palavras e feitos.

7. Falta de ambição: Lassidão mental e física, falta de auto-afirmação, lentidão em chegar às decisões, facilidade em ser influenciado; hábito de criticar os outros, nas costas e elogiá-los na frente; hábito de aceitar a derrota sem protesto ou fugir a um empreendimento, se encontrar oposição; suspeita imotivada dos outros, falta de tato nas maneiras e no falar, má vontade em aceitar a culpa dos erros.

Estudo completo dos medos: http://www.4shared.com/file/F5_Dglim/OS_SEIS_FANTASMAS_DO_MEDO.html


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