É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes alegações não procedem de fonte pura.
Somente aqueles que visam determinadas
vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo,
adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a
propósitos egoísticos.
É indispensável muita prudência quando
essa ou aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos
assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido.
O
aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor
sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária.
Relativamente aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido
o espinho de nossa ingratidão, identificando-nos o recuo aos trabalhos
da nossa própria iluminação; todavia, nem mesmo verificando-nos os
desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a paciência do
Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando, abrindo-nos
misericordiosos braços para a atividade renovadora.
Se Ele nos
tem suportado e esperado através de tantos séculos, por que não
poderemos experimentar de ânimo firme algumas pequenas decepções durante
alguns dias?
A observação de Paulo ao tessalonicenses, portanto,
é muito justa. Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante
desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão
do mal de nós mesmos.
Emmanuel (Espírito) & Francisco C. Xavier
Livro: Pão Nosso
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