Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.
E
assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo
funcione regularmente, com mais forte razão faz-se preciso higiene do
coração, para que o Espírito ande bem.
É preciso limpar o coração
para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos
para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.
“A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos.”
Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.
Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?
É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração.
“Nosce te ipsum”, conhece-te a ti mesmo!
Saber
quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar
cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente
interno, tal é o início dessa tarefa grandiosa para a qual fomos
chamados à Terra.
A limpeza de coração substitui o culto externo
pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces, cantadas e
mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.
O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração.
Fazer culto exterior sem o interior é o mesmo que caiar sepulcros que guardam podridões!
Limpar
o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole
malfazeja! É pensar, estudar, compreender; é crer no Amado Filho de Deus
pelos seus ditames redentores!
É ser bom, indulgente, caridoso,
humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para
abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos
Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver
Deus!
Cairbar SchutelDo livro Parábolas e Ensinos de Jesus
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