"... Amai, pois, vossa alma, mas cuidai também do corpo,
instrumento da alma; desconhecer as necessidades que são
indicadas pela própria Natureza é desconhecer a lei de Deus.
Não o castigueis pelas falts que o vosso livre-arbítrio fê-lo
cometer, e das quais ele é tão irresponsável como o é o
cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa..."
(Cap. XVII, item 11.)
instrumento da alma; desconhecer as necessidades que são
indicadas pela própria Natureza é desconhecer a lei de Deus.
Não o castigueis pelas falts que o vosso livre-arbítrio fê-lo
cometer, e das quais ele é tão irresponsável como o é o
cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa..."
(Cap. XVII, item 11.)
Ele se densificou moldado por nossos pensamentos, obras e crenças mais íntimas.
Extensão da própria alma, ele é a parte materializada de nós mesmos e que nos serve de conexão com a vida terrena.
Há
quem o despreze, dizendo que todas as tentações e desastres morais
provêm de suas estruturas intrínsecas, e o culpe pelas queds de ordem
sexual e pelos transtornos afetivos, esquecendo-se de que ele apenas
expressa a nossa vida mental.
Foi considerado, particularmente na
Idade Média, como o próprio instrumento do demônio, que impunha à alma,
nele encarcerada, o cometimento dos maiores desatinos e desastres
morais.
Se cuidado e bem tratado, era isto atribuído aos vaidosos
e concupiscentes; se macerado e flagelado, era motivo de regozijo dos
tementes a Deus e cultivadores da candidatura ao reino dos céus. Essas
crenças neuróticas do passado afiançavam que, quanto maiores as cinzas
que o cobrissem e quanto mais agudas as dores que o afligissem, mais
alto o espírito se sublimaria, alcançando assim os píncaros da evolução.
Porém,
não é propriamente nosso corpo o responsável pelas intenções, emoções e
sentimentos que ressoam em nossos atos e atitudes, mas nós mesmos,
almas em processo de aprendizagem e educação.
Nossos pensamentos
determinam nossa vida e, conseqüentemente, são eles que modelam nosso
corpo. Portanto, somos nós, fisicamente, o produto do nosso eu
espiritual.
A crença em anjos rebeldes destinados eternamente a
induzir as almas a pecar, tira-nos a responsabilidade pelas próprias
ações, e ficamos temporariamente na ilusão de que os outros é que
comandam nossos feitos, atuações e inclinações, e não nós mesmos, os
verdadeiros dirigentes de nosso destino.
Corpo e alma unidos a serviço da evolução, eis o que determina a Natureza.
Nosso
físico não é apenas um veículo usável, mas também a parte mais densa da
alma. Não o separemos, pois, de nós mesmos, porque, apensar de sua
matéria ficar na Terra no processo da morte fisica, é nele que avaliamos
as sensações do abraço de mãe, do ósculo afetivo e das mãos carinhosas
dos amigos. Através dele é que podemos identificar angústias e aflições,
que são bússolas a nos indicar que, ou quando, devemos mudar nossa
maneira de agir e pensar, para que possamos percorrer caminhos mais
adequados do que os que vivemos no momento.
A lei divina não nos
pede sofrimento para que cresçamos e evoluamos; pede-nos somente que
amemos cada vez mais. Cuidemos, pois, de nosso corpo e o aceitemos
plenamente. Ele é o instrumento divino que Deus nos concede para que
possamos aprender e amar cada vez mais.
Hammed & Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: Renovando Atitudes
Obra: Renovando Atitudes
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