Conforme afirmei aqui e em muitos outros lugares, o mundo não acabou.
Então está na hora de acabar com a paranóia e refletir sobre a renovação do
nosso comportamento social, começando por uma mudança de atitudes em relação a
nós mesmos e aos nossos semelhantes. Entenda-se por semelhantes todos os seres
humanos, sem discriminações.
Uma pesquisa divulgada recentemente mostrou que 93% dos brasileiros
acreditam que dinheiro
compra felicidade. A
relação direta entre dinheiro e felicidade aponta que a comparação com o
vizinho é determinante nesse comportamento. Ou seja: o dinheiro só traz
felicidade se a pessoa ganhar mais do que o vizinho ou colega de trabalho.
Não necessitamos de estudos ou pesquisas para perceber essa realidade
que está cada vez mais presente no nosso cotidiano. Começou com o fomento das
lutas entre as classes onde os ricos começaram a ser vistos como monstros.
Aquele trabalhador que via alguém passar num carro bonito, e dizia: “Vou
trabalhar muito para um dia poder ter um carro assim”; passou a dizer: “Aquele
canalha deve ter roubado muito para ter um carro assim”.
O que foi que fizemos a nós mesmos? Quando foi que passamos a ter
inveja, e não alegria com o sucesso do nosso semelhante? Quando foi que a
desgraça alheia passou a nos alegrar? Nestes últimos meses eu percebi em
algumas pessoas até um desejo mórbido de que o mundo se acabasse mesmo, porque
não suportavam mais ver tanta gente rica e famosa enquanto elas permaneciam no
anonimato.
Recentemente um médium espírita me disse que havia um espírito
alardeando que havia, por vingança, me tirado um olho. E eu lhe disse: Pobre
coitado. Tudo que nos acontece é resultado das nossas próprias ações, e não
pela ação dos outros, nem mesmo pela ação de um espírito vingativo. Ele faria
mais negócio se procurasse a luz de Jesus em vez de se preocupar comigo. Perdi
um olho e tenho outro. Posso perdê-lo também, e ainda assim haverá pessoas que
me amam e olharão por mim, porque fiz por merecer ser amado assim como fiz por
merecer perder um olho.
A felicidade e a tristeza devem ser compartilhadas por todos. Os cruéis,
mentirosos, enganadores, violentos, vingativos, serão julgados e castigados de
acordo com as leis universais. Não é tarefa que nos cabe julgá-los, condená-los
e puni-los. Está na Bíblia que o Senhor disse: “Minha será a vingança”! E Jesus
nos deixou um único mandamento: “Amai-vos uns aos outros”.
Comecemos então esta nova era pós fim do mundo, renovando nossas
atitudes. Vamos ser felizes com o que temos, pois é o que fizemos por merecer.
Isso não se pode mudar. Mas podemos merecer ser mais felizes, compartilhando da
felicidade dos nossos semelhantes.
Feliz Natal e um 2013 cheio de novas e boas atitudes!
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