"Não,
eu não armei presépio, não montei uma árvore, não coloquei pisca-pisca no
jardim ou em qualquer outra parte da casa. Perdi a crença no Natal? Também não.
Desde criança sempre soube que o Natal é uma época especial para reunião da família,
para celebrar o nascimento do menino Jesus. Nunca acreditei em papai Noel e na
casa dos meus pais não havia troca de presentes. Em sua sabedoria meu pai, que
não tinha uma condição financeira das melhores, mas, o suficiente para dar a
família o essencial, nunca nos enganou com essa coisa de colocar o sapato na
janela para esperar o presente do velhinho. Porém, nos orientava a não revelar
isso para os amiguinhos que tinham esta crença e seus pais faziam questão de
alimentar"... Há um ano publiquei este artigo. (Clique aqui para ler artigo completo)
Hoje,
reforço esse sentimento publicando artigo do arcebispo metropolitano de Feira
de Santana, Dom Itamar Vian, que demonstra o mesmo sentimento.
Sequestraram Jesus
De novo é Natal. De tanto
ouvir e ver as mesmas coisas, o Natal
virou rotina. Propagandas
sem novidades,
velhas canções dizendo as mesmas coisas, as ruas
enfeitadas quase do mesmo
jeito. Natal
perdeu a graça. Por
que? E para piorar, surge o Papai
Noel, cansado e suado, com aquelas roupas
de inverno num calor
de 30 graus.
UM LIVRO
de Machado de Assis, pergunta:
mudou o Natal ou
mudei eu? Onde
está o Natal de outros
tempos, com
o pequeno presépio
feito em
casa, com
um espelho
parecendo um lago
e o pinheirinho com o algodão parecendo neve?
Onde está aquele
Natal que
enchia de encanto o coração
e as famílias?
É MUITO
grave, sequestraram Jesus. Ele nos foi
roubado e em seu
lugar tentam colocar
panetones, perus,
chocolates, presentes,
muitos presentes.
No lugar do Menino
pobre de Belém, querem nos impingir bonecas que
falam e dançam, carrinhos com motor, que andam e acendem luzes,
tênis iluminados e roupas
que vem do outro
lado do mundo.
Sem falar
dos gulosos jantares,
onde é quase
impossível escolher,
tantas são as ofertas.
Podemos, quem sabe, ir
ao Procon e pedir que
devolvam o Natal. Este
natal que
nos impingem está vencido, precisa ser retirado do mercado. É falsificado.
COMO ponto de partida, é preciso colocar Jesus no centro de nossa
festa. Não
é o Natal do Papai
Noel, distribuindo presentes para as crianças
ricas e brinquedos reciclados para os pobres. É o Natal de Jesus, que
veio trazer a
todos o grande
presente da salvação. É o Natal
daquele que veio
trazer a boa nova
aos pobres, excluídos e sem esperança.
NATAL é também lembrar que o Menino
cresceu e nos deixou um modo de viver. Um modo exigente, mas que inclui
a misericórdia. Natal
não é uma noite,
mas uma vida.
É uma atitude que
envolve todas as noites, todos os dias. Natal é a certeza
de que para
Jesus não existem casos
perdidos.
EM 1223, Francisco de Assis, o santo do presépio,
decidiu: “Quero, neste ano, celebrar o Natal mais bonito de minha vida”. Cada um de nós pode tomar essa decisão. Isso
significará reinventar um Natal, um Natal com menos
lampadinhas e mais luz.
Um Natal
com menos
festas e mais
paz, um
Natal onde
Jesus é a figura principal.
Troque seu natal
vencido por um
Natal novo, um Natal com Jesus.
+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
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