A Doutrina Espírita possui tríplice
aspecto: filosófico, científico e religioso.
O aspecto
filosófico ressalta em “O Livro dos Espíritos”. Trata, em sua parte primeira,
de Deus, dos elementos gerais do Universo, da Criação, do princípio vital.
Em sua parte segunda aborda os
Espíritos, a encarnação dos Espíritos, a volta do Espírito – extinta a vida
corpórea – à vida espiritual, a pluralidade das existências, a vida espírita, a
volta do Espírito à vida corporal, a emancipação da alma, a intervenção dos
Espíritos no mundo corporal, as ocupações e missões dos Espíritos, os três
reinos.
Fala, em sua parte terceira, da lei
divina ou natural, da lei de adoração, da lei do trabalho, da lei de reprodução,
da lei de conservação, da lei de destruição, da lei de sociedade, da lei do
progresso, da lei de igualdade, da lei de liberdade, da lei de justiça, de amor
e de caridade, da perfeição moral. Na parte quarta adentra as penas e gozos
terrenos, as penas e gozos futuros.
O aspecto científico advém de o Espiritismo ser uma ciência de observação e o “O Livro dos Médiuns” é o manual por excelência nesse sentido, aprofundando a parte segunda de “O Livro dos Espíritos”.
O aspecto científico advém de o Espiritismo ser uma ciência de observação e o “O Livro dos Médiuns” é o manual por excelência nesse sentido, aprofundando a parte segunda de “O Livro dos Espíritos”.
A essência do aspecto religioso da
Terceira Revelação está contida em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que
desenvolve a parte terceira de “O Livro dos Espíritos”.
Lembrando o triângulo isóscele, em
comparação com os três aspectos do Espiritismo, seus ângulos horizontais
representam o filosófico e o científico, enquanto o vertical, que aponta na
direção do alto, representa o religioso.
A Doutrina Espírita, em seu aspecto
religioso, revive o Cristianismo na sua pureza, tendo, portanto, como base, os
ensinamentos de Jesus, buscando levar o homem a se harmonizar com as leis
divinas.
O que caracteriza a revelação
espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua
elaboração fruto do trabalho do homem, afirma Kardec no livro “A Gênese”,
capítulo 1, item 13.
Todos os assuntos abordados por
Kardec no livro “O Céu e o Inferno”, e muitos dos tratados no livro “A Gênese”,
são de natureza religiosa.
No livro “Obras
Póstumas”, em mensagem que trata do futuro do Espiritismo (página 269, 12ª
edição FEB) vemos: o Espiritismo restaurará a religião do Cristo; instituirá a
verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai
diretamente a Deus. Extinguirá para sempre o ateísmo e o materialismo.
Nesse mesmo livro, à página 277,
tratando do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que Kardec escrevia
(inicialmente com o título “Imitação do Evangelho”), o codificador recebe a
seguinte instrução dos Espíritos que o orientam na tarefa: Aproxima-se a hora
em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a
todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se
a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é
a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente
divina e humana.
A Doutrina Espírita faculta, a quem
a estuda, a fé raciocinada, onde entendimento e sentimento caminham juntos,
promovendo a reforma íntima que renova o indivíduo, e, por extensão, a
sociedade e a humanidade, como meta a ser atingida, no curso do tempo e com o
planejamento do Alto.
Redação
de O Clarim - 2007
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