Uma
orquestra é o exemplo vivo de como deveria ser a vida em sociedade, se
todos nós estivéssemos conscientes de quem somos, quais os nossos dons e
o que aqui viemos fazer.
Numa orquestra, existe uma variedade de
instrumentos diferentes, tocados por pessoas de diversas idades, muitas
vezes de nacionalidades diferentes, unidos pela partitura e pelo desejo
de executar uma música bela e harmoniosa.
A beleza é resultado
do trabalho de todos e de cada um. Para que surja uma bela sonoridade é
necessário que cada um daqueles instrumentos esteja muito bem afinado e
que cada músico saiba o que está fazendo, consciente da parte que lhe
cabe na execução da sinfonia! Se um deles desafinar, diminui a beleza do
todo.
O maestro rege, buscando atingir a perfeição, o mais
próximo disto e se dirige, com seus movimentos, a todos e a cada um em
particular.
Que genial é a capacidade de alguém criar movimentos
sonoros diversos para cada instrumento, que juntos se encaixam e
resultam num som que até parece executado por uma só pessoa, por um só
músico, tamanha é a integração entre todos.
Se cada um de nós
fizesse o melhor que pode, no local onde está, com a certeza de que tudo
que fizer é abençoado pela divino, pois faz parte de um todo
necessário, seria maravilhoso viver.
A inveja, o ciúme, não
existiriam, pois saberíamos que, embora o outro faça algo melhor que
nós, o que realizamos -da forma que podemos fazer- só cada um de nós
seria capaz de executar.
E a realidade seria outra, pois
respeitaríamos o próximo, fosse ele quem fosse, considerado importante,
ou não. Jesus, o espírito mais sábio que já passou pelo nosso planeta,
escolheu a profissão de carpinteiro e sabemos que poderia ter sido o que
quisesse. Certamente, naquela época, a corte e todos a ela ligados eram
muito respeitados. Nada disto interessou a Ele, nosso irmão maior.
Cada
função desempenhada por nós é um aprendizado, é uma forma de serviço
para o Todo. Se hoje somos conhecidos, homenageados pelo que fazemos,
nem sempre foi assim - em outras vivências - nem o será,
necessariamente, nas próximas.
O desempenho do que fomos chamados
a fazer é o que mais importa. Não devemos trabalhar apenas visando o
ganho material, pois este deve ser apenas a consequência de um trabalho
bem feito e se estivermos obedecendo aos anseios de nosso coração, em
primeiro lugar, com certeza realizaremos nossa missão de uma forma que
nos dará a grata sensação de paz, de uma vida bem vivida.
Estamos
na matéria, mas não podemos viver apenas para ela, pois somos espíritos
eternos estagiando numa escola planetária onde temos muito que aprender
e sempre estamos ensinando alguma coisa.
Tudo acaba se
reportando ao conhecimento de si mesmo, porta de abertura para uma vida
mais honesta, mas íntegra! Não interessa se o que fazemos parece sem
valor aos olhos da maioria, pois se o fizermos com o coração e da melhor
maneira possível, será uma nota de beleza e sonoridade, na sinfonia da
Vida.
Primeiro, procuremos saber o que viemos aqui realizar. Só
cada um pode se responder. Ninguém mais. O divino em nós, quando
consultado, vai nos apontando o caminho, através de sinais que vão nos
conduzindo. Uma "coincidência" aqui, outra ali e nossos passos se
dirigem numa dada direção.
Depois, afinemos nossos instrumentos,
aprendendo o mais possível, para que o que fizermos seja de qualidade,
claro que dentro das nossas reais possibilidades.
Com
comprometimento, alegria, entrega, dedicação e confiança no maestro
divino, sem dúvida, tocaremos o que nos cabe na Sinfonia da Vida, de tal
forma que não teremos dúvidas quanto ao nosso valor!
por Maria Cristina Tanajura - tinatanajura@terra.com.br
Fonte: Somos Todos Um
Fonte: Somos Todos Um
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