sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ligar-se a Deus



  «... A forma não é nada, o pensamento é tudo. Orai, cada um, segundo as vossas convicções e o modo que mais vos toca; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras estranhas ao coração...»

—  No passado buscávamos Deus entre os:

  Cultos,
  Cantos,
  Incensos,
  Oferendas,
  E holocaustos.

Era necessária uma repre­sentação semimaterial, apropriada ao nosso estado de adiantamento e à nossa capacidade de entendimento espiritual.

Desde os velhos tempos do monoteísmo do grande Amenhotep 4º ou Akhnaton e o do iluminado Moisés.

—  Até as numerosas e antigas religiões politeístas, como a dos:

  Hindus,
  Gregos,
  Egípcios,
  Romanos,
  Germanos,
  E babilônios.

... A criatura humana atravessou uma longa fase de ama­durecimento espiritual.

Atualmente, as nossas relações com a Divindade têm caráter introspectivo. Se antes a nossa busca se concretizava na exterio­ridade das coisas, hoje, porém, a fazemos em «espírito e em verda­de”, ou seja, na essência.

  A introspecção - processo pelo qual prestamos atenção a nos­sos próprios estados e atividades internas - conduz as criaturas a se identificar com a maior de todas as fontes de poder do Universo:

Deus - Manifestação Onipresente em todas as suas criações. Voltar-se para dentro de si mesmo talvez não seja uma atitu­de constante, espontânea e natural na maioria dos seres humanos, por possuírem o hábito de ocupar mais seus sentidos com as impres­sões externas do que com as realidades interiores das coisas.
Muitos indivíduos vivem dentro de um círculo vicioso, na ân­sia desmedida de estímulos aparentes, mantendo-se constantemente ocupados com as impressões de fora e nutrindo-se energeticamente só desses estímulos físicos.

Contudo, não podemos ignorar ou des­valorizar as fases evolutivas do homem, pois viver para fora é ainda uma necessidade existencial de muitos na atualidade; e é dessa for­ma que farão pontes ou conexões entre o mundo interno e o exter­no, entendendo gradativamente que a vida exterior é um reflexo da vida interior.

  A busca às fontes de crescimento e renovação espiritual ini­cia-se vivendo para fora, e aos poucos tomando consciência da vida em si mesmo; portanto, tudo está perfeito na criação universal - viver exteriormente não exclui viver interiormente.

São etapas in­terligadas de um longo processo de aprendizagem evolucional. Perceber, no entanto, a verdadeira realidade do mundo que nos rodeia é fator imprescindível para vivermos bem na intimidade de nós mesmos.

—  Fazendo nossa vida:

  Mais lúcida,
  Mais Íntegra,
  Mais criativa,
  Mais prazerosa.

... E indissolúvel se desenvolve dentro de nós mesmos, nas atividades recônditas:

  Dos sentimentos,
  Dos pensamentos,
  Da imagi­nação produtiva,
  E da consciência profunda.

Interiorizar-nos na oração, vivendo cada vez mais a pleni­tude da vida por dentro, faculta-nos observar o que somos, quem somos e o que realmente está acontecendo em nossas vidas.

  Faci­lita também nossa percepção entre o “real” e o “imaginário”, dimi­nuindo as possibilidades de iludir-nos ou fantasiarmos fatos e ocorrências.

« Não sabeis que sois um templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?»

  Tomar contato com «Deus em nós» possibilita trazer à nossa visão atual uma translúcida consciência, que nos permite reavaliá-la convenientemente.

Faculta igualmente localizar os enganos e reformular percepções, para que possamos identificar a realidade tal qual é, pois viver ignorando o significado de nossos atos e im­pulsos é desvalorizar o nosso processo evolutivo, passando pela vida na inconsciência.

  Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos escutar a ver­dade que Deus reservou para cada uma de suas criaturas.

Também no cultivo desse reino aprendemos que a felicidade não é determi­nada por eventos ou forças externas, mas no silêncio da alma, onde a inspiração divina vibra intensamente.

Paulo de Tarso escreve aos Efésios:
«... Que Ele ilumine os olhos dos vossos corações, para saberdes qual é a esperança que o Seu chamado encerra...»

  Buscar a Deus com os «olhos do coração» na expressão paulina - é reconhecer que somente olhando para dentro de nós mesmos, descobrindo o que Deus escreveu em todos os cora­ções, é que conseguiremos alcançar a plenitude da vida abundan­te.

E entregarmo-nos a partir daí a Sua Orientação e Sabedoria, sem restringir-nos a
«resultados esperados».

  Essa a forma mais consciente de orar. mais alto sistema de intercâmbio com a Vida em nós e fora de nós é a oração - escutar a Deus no âmago da própria alma.

Renovando atitudes.
Ditado pelo Espírito Hammed.
Francisco do Espírito Santo Neto.


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