A fixação desta data comemorativa representa o preconceito contra o sexo feminino, desde os tempos mais recuados.
As narrativas da Bíblia refletem o que o mundo antigo pensava da mulher. Eva, responsável pela queda de Adão e da humanidade, foi condenada com o parto doloroso para sempre. A filha de Lot embriagou-lhe para engravidar dele.
Dalila traiu Sansão. Salomé dançou para Herodes em troca da cabeça de João Batista.
Era permitido ao marido devolver a mulher, quando não agradasse.
Se a moça ou a senhora estivesse menstruada, não podia se aproximar de ninguém.
Nos ambientes religiosos, permitia-se à mulher entrar em poucos lugares e participar de raras cerimônias.
Na idade média foi bruxa, feiticeira, considerada sem alma e muitas vezes condenada à fogueira.
Para se “protegerem” de suas “seduções”, os religiosos se recolheram em eremitérios, monastérios, abadias, seminários. O passar dos tempos tratou de mudar alguns pontos de vista.
Em nossos dias, a mulher sucumbe à violência, à prostituição, ao aborto criminoso, à perda da função de mãe, à corrida louca ao mercado de trabalho, à jornada tripla, ao desejo de superar o homem para ser tratada igual.
Nem mesmo o tempo e a civilização foram capazes de fazer-lhe justiça.
Jesus, porém, deu-lhe destaque e revelou-lhe o papel na “nova humanidade” que hoje se ergue, devagarinho, a Civilização do Espírito. E a Doutrina Espírita vem dar execução às recomendações do Mestre.
Jesus, que poderia ter vindo ao mundo apenas em espírito, decidiu nascer entre nós do ventre de uma mulher caluniada.
Exaltou a fé da hemorrágica que, há 12 anos, sofria nas mãos dos médicos.
Fez reviver a filha de Jairo.
Corrigiu Marta, a irmã de Lázaro, com o maior carinho e encorajou as virtudes de Maria.
Promoveu à condição de mensageira de seu Evangelho a samaritana que trocara de marido 6 vezes.
Perdoou a pecadora arrependida que, de tão grata, lavou-lhe os pés com perfume e enxugou com os cabelos.
Agradeceu, com palavras ternas, à alma piedosa que chorou por ele na via dolorosa.
E apareceu pela primeira vez, depois da morte, à Madalena que Ele mesmo acolhera, quase apedrejada pelos amantes.
A Doutrina Espírita, inspirada nas atitudes do Mestre, revela o coração feminino como: Espírito assexuado plenificando o coração, médium sensível, educadora, evangelizadora, voluntária sempre disponível e “anjo da caridade”.
Sob os clarões da Doutrina Espírita, renascem novas profetizas, almas apostolares que se entregam ao Amor, a maior de todas as causas: Anália Franco, Adelaide Câmara, Meimei, Yvonne do Amaral Pereira, Maria Dolores, Benedita Fernandes. E se deixam guiar por outras valorosas mulheres, mártires do passado e vanguardeiras do presente: Joanna de Ângelis, Auta de Souza, Izabel de Aragão.
Bendita seja a mulher!
Louvado seja Deus, que é Pai, mas que incorpora os atributos de Mãe.
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( Inspirado em Lèon Denis – no Invisível)
8 de março, Dia internacional da Mulher.
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